Anomalia

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Davi- Oi? - Indagou, já adentrando o local. - Mãe, o que está acontecendo aqui?

Bellatrix- Se olhasse a caixa de mensagens saberia. Onde está seu celular?

Davi- Eu acho que perdi ele...

Bellatrix- Por Serviatã, já é o segundo deste ano! - Deu um tapa na própria testa em sinal de decepção. - E o que aconteceu com vocês? Porque estão imundos assim? Quando falei que era para se divertir como quisesse, eu imaginava uma balada, mas andando pela rua desta maneira você vai acabar sujando a imagem da família! - Ela fez o garoto revirar os olhos.

Ranielle- Eles foram sequestrados, senhorita Bellatrix!

???- Mai, minha filha, é por isso que você está com essa aparência? Você está imunda! - Uma voz rouca, porém sedutora, soltou.

Mai- Ah, precisarei de horas no SPA!

Coraline- Vocês foram sequestrados por quem? - Ela olhou a humana de cima a baixo, jugando-a com o olhar.

Davi- Uma Arachne e um Basilisco...

???- Mas esses seres não estavam extintos?

???- Impossível...

Coraline- Bellatrix, como consegue se sentir confortável falando desses assuntos com uma humana presente? - Após a indagação, Eduarda recolheu sua visão para dentro, apreciando meticulosamente o perfil de cada ser presente. O pai de Mai, imponente e esnobe, com seus cabelos obsidianos, corte impecável, e a pele parda que resplandecia, ostentava uma face imaculada e incontestavelmente bela. Seu físico esculpido pela perfeição se harmonizava com o terno preto que vestia com justa elegância. Ao dirigir seu olhar para Bellatrix, Eduarda experimentou uma irresistível atração. A dama, envolta em um vestido alvo que fluía com a suavidade de sua aversão, complementado por um salto igualmente puro, exibia um cabelo adequadamente aparado à altura do pescoço, meticulosamente arrumado, enquanto sua expressão revelava um desgosto cuidadosamente articulado. Da cozinha, uma outra figura emergiu, surpreendendo com sua estatura imponente e uma pele escura. Seu corpo era oculto por um capuz que velava cada centímetro de seus traços, ela observou o grupo com admiração, interagindo em sussurros consigo mesma. No ápice da situação, um momento de êxtase se materializou quando os olhos da garota encontraram os de Caroline. Eduarda, ainda à margem do cenário, estudou delicadamente a figura. A pele pálida, pura como porcelana, destacava-se em contraste com os lábios finos, levemente rubros. Os cabelos longos, lisos e ébano harmonizavam-se com olhos profundos e negros. O vestido preto, adornado com detalhes carmim, fluía em sua majestosa magnitude, suficiente para roçar o solo e ocultar delicadamente os pés. Diante do reconhecimento da presença, Eduarda inclinou-se reverentemente, permanecendo à soleira do apartamento, emanando uma aura de respeito inquestionável.

Eduarda- Sua presença é um privilégio, minha rainha. - Ela esbravejou, deixando até mesmo José boquiaberto, o compartimento necessário para um vampiro que respirava o mesmo ar que a rainha dos vampiros.

Davi- Pode entrar, Eduarda, você é bem-vinda aqui! - Ele lembrou de permitir sua presença, já que vampiros não podem entrar onde não são bem-vindos. Os olhos de Bellatrix se cerraram em direção ao garoto, completamente enfurecida com o fato da vampira que feriu Ranielle estar na frente de sua porta.

Bellatrix- Quero explicações, Davi. Sei que seu destino é ser um ser de pura empatia, mas deixar uma vampira sanguinária entrar na sua própria casa já é demais para mim! - Coraline a olhou com deboche. Envergonhado com as palavras de sua mãe, o garoto mal conseguiu formular sua resposta, então sua única reação foi mostrar seus pulsos, que ainda tinham a marca do infinito. A moça suspirava boquiaberta com a situação, essa foi uma das poucas vezes que Davi conseguiu fazer sua mãe ter essa sensação de surpresa.

Minha Querida Reencarnação - Vinho De Coloração Scarlet Onde histórias criam vida. Descubra agora