31 - Meu Pecado 1;

532 72 5
                                    

"A luxúria e a devassidão fazem parte da tua impureza." Ezequiel 24:13

🔪

Sua chamada está sendo encaminhada para a caixa de mensagem. Estará sujeita a cobrança após o sinal...

Terceira tentativa para ao menos ouvir a voz rouca do mais velho... Jeon desistiu, deixando o celular em sua mesa, encarando sem vontade alguma o monitor diante de si que exibia novamente todas as fotos das vítimas do Serial Killer; a chuva caia como um dilúvio, de sua sala era possível ter uma visão panorâmica de NYC — Uma visão acolhedora, no entanto, sua mente não estava na mesma sintonia. As preocupações não param de deixar o policial em eterno sofrimento e sevícia.

A porta fora aberta depois de leves batidas, o homem ruivo de aparência quase infantil olhou-o de modo que Jeon ficou de pé, sem uma palavra sequer, este entregou o relatório da perícia junto a uma das balas que foi retirada dos corpos — Lendo com extrema atenção, suas mãos tremeram e o ódio incendiou suas veias.

— Isso é algum tipo de brincadeira?! — Crispou, largando os papéis na mesa, retirando a bala do saquinho o olhando diante da luz.

— Não senhor. Esse projétil não tem numeração. Ele foi feito. Comparamos com diversos outros tipos de balas até chegarmos a esta conclusão. — Respondeu firme.

— Merda! — Praguejou cansado. — Obrigado Luther. Pode ir.

— Sim senhor. Com licença.

Sozinho, Jungkook voltou a tela do computador, encarando com raiva, procurando alguma maldita pista, tentando comparar com o que já havia encontrado... cogitou a hipótese de descartar a única pista que ao seu ver parecia apenas um alarme falso, conquanto o deixaria. Talvez em alguma ocasião irá servir.

— Um assassino perfeito. — Resmungou para si mesmo. — Não existe isso. Impossível.

Os lumes escuros se fecharam por alguns segundos, os abriu ao ouvir o vibrar de seu aparelho.

— Oi. — Atendeu no segundo vibrar sem ver quem era.

"Aconteceu alguma coisa?"

A voz intensa soou, trazendo junto arrepios e frio no estômago do policial que engoliu em seco, ajeitando a postura na cadeira de encosto alto.

— Não. Você sumiu. Tá tudo bem? Você está bem? — Perguntou sem parecer desesperado.

"Estar bem é algo relativo, Jungkook. Só estava ocupado."

— Claro. Eu e Jimin estávamos preocupados e... — Parou por um momento, não sabendo ao certo como se expressar, pois jamais fora bom isso, do contrário do namorado que era super comunicativo. Entretanto, optou por ser sincero. — Sentimos sua falta. Queríamos te ver.

Por quase dez segundos não houve respostas, Jungkook pensou que a ligação havia caído, porém o suspiro pesado viera, esperou conforme analisa as fichas.

"Não sei se é o melhor, por agora Jeon."

O timbre era frígido e ríspido.

— Fizemos algo que não o agradou? — Uma pontada em seu peito, deixou o policial levemente agoniado com um possível acontecimento.

"Só quero ficar sozinho. Tchau."

— Tae... — Ligação encerrada.

Jungkook ponderou retornar, conquanto desistiu, era óbvio que o mais velho não queria conversar consigo... ainda que suas ações fossem impensadas e completamente incorretas, Jeon rastreou o número de Kim, não demorou muito para encontrar o endereço, que ao ser pesquisado no Google, mostrou a imagem de um edifício luxuoso que ficava quase uma hora e meia de distância — Taehyung não estava bem, que mal faria se surgisse de surpresa? Pensou, mandando uma mensagem rápida ao namorado.

VIGILÂNCIA NOTURNAOnde histórias criam vida. Descubra agora