Byakuya Togami

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Nós trocamos olhares atônitos, como se quiséssemos falar por expressões. Era sempre assim, desde que chemaos aqui, todos se empenham para ajudar uns aos outros, motivar uns aos outros. Mas ele é diferente. Insiste em dizer e deixar claro que vamos todos morrer, e que vamos trair uns aos outros, sucumbindo ao desespero. Ele pensa ser a ultima bolacha do pacote, e isso me deixa furiosa. Mas ao mesmo tempo, quero me aproximar, e ouvir suas criticas a respeito do mal comportamento de Ishimaru, ou as reclamações sobre a má qualidade dos quartos onde estamos hospedados.

- (seu nome).. Esta tudo bem? - Naegi se sentou ao meu lado. Como estava destraída não percebi sua aproximação.

- Ah.. Sim, estou bem Naegi... - voltei a encarar Togami, que não tirava seus olhos de mim por um segundo.

- tem certeza?... Vocês dois não parecem muito bem.. - ele apontou pro Togami. - parece que estão se matando por pensamento...

- você sabe.. Ele insiste em me dar um gelo.... Idiota, panaca de uma figa... - cochichei a segunda parte.

- pois acho que vocês dois devem se acertar logo... Não podemos perder o foco, assim, podem acabar perdendo a esperança... E isso me preocupa.. - pousei minha mão sobre o ombro dele.

- esta tudo bem Naegi.. Não se preocupe, é passageiro... Nós vamos sair daqui.. Todos juntos! E eu vou estar ao seu lado quando isso acontecer! - finalmente um sorriso. Eu e o garoto moreno ficamos nos olhando por alguns segundos, sorrindo. Então senti uma mão forte agarrando meu braço, e em seguida me arrastando pelo corredor. Quando vi aquela cabeleira loira logo percebi. Byakuya! Tentei me soltar dele, mas o garoto é muito mais forte do que eu. Acabei desistindo de resistir. Nós paramos no corredor que dava na biblioteca.

- sobre o que vocês dois estavam conversando?

- agora você fala comigo?? - cruzei os braços.

- me responda!

- Togami! Você já percebeu a situação em que nós nos encontramos? Pelo que estamos passando?.. Não é hora pra esse tipo de besteira.

- quer saber pelo que estamos passando?? Eu te digo.. É tudo um jogo (seu nome)!!! Um jogo!! E eu vou sair daqui como vencedor! Como um verdadeiro Togami faria! Então não me importa o que os outros fazem...

- então por que quer saber o que eu e o Naegi estávamos conversando?

- por que eu tenho direito!

- você não tem direito a nada aqui! Somos todos iguais, nossas habilidades não importam neste momento.

- você não pode simplesmente responder a minha pergunta, como uma pessoa inteligente?!

- admita logo que você sente ciúmes do Naegi, e que não consegue tirar os olhos de mim por uma segundo... Por que VOCÊ SENTE ALGO POR MIM!

- eu diria o contrário.. Quem me come com os olhos aqui é VOCÊ!

- pare de ser convencido! Já passou dos limites!

- você vive falando de mim! Mas só sabe pensar em você mesma! Já parou pra pensar nesse lado????

- você não é obrigado a me suportar!!

- me admira que ninguém se cansou de você e ainda não te matou!!

Neste momento eu dei alguns passos pra trás, sentindo meus olhos se enchendo de lágrimas. Como ele pode ser tão ignorante? Arrogante? Estupido? Sai correndo dali. Precisava esfriar a cabeça.
Eu caminhei sozinha pela escola, ouvindo meus passos ecoarem pelo imenso local. Com as lagrimas incessantes, insistindo em correr pelo meu rosto, e pingando no chão de concreto.
Destraida, acabei batendo de frente com a Fukawa. Seus óculos voaram pro chão.

- me desculpe Fuka-chan... - recolhi seus óculos, devolvendo a proprietária.

- tudo bem (seu nome)... V-Você estava chorando?

-.......

- é por causa do Togami?

- está tão óbvio assim?

- digamos que uma pessoa com a sua "personalidade forte", não choraria por outro motivo...

-......

- Byakuya é um garoto difícil... Mas de uma chance a ele... Todos tem um lado bom por dentro...

- obrigado Fukawa.. - ela correu pra longe de mim. O esperado dela. Me surpreende ela ter falado comigo. Fuka não é uma garota muito sociável. Mas se ela me deu um conselho, acho melhor acatar.

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Quando o sinal do horário noturno estava prestes a tocar, ouvi uma voz me chamando do quarto ao lado do meu.

- (seu nome).. Entre aqui.. Rápido!!

Tentando fugir da vista de Monokuma, obedeci, e entrei no quarto do garoto que algumas horas atrás me fez chorar como uma condenada.

- senta ai... - ele apontou pra cama.

- isso é errado... - ele colocou o dedo indicador sobre meus lábios.

- sshhhhhhh... Eu chequei as regras... Não se preocupe.

-........... - mesmo vendo o meu silencio, ele não parecia nada desconfortável. - o que queria comigo?

- isso.. - o garoto loiro inclinou-se pra frente, segurando meus cabelos com certa força. Logo a seguir tocando seus lábios aos meus. Por estar assustada, acabei sem reação, apenas esperando ele se distanciar. - vamos... Me diga que não era isso que você queria desde o princípio.. Relaxe... E aproveite... Eu te devo essa.. - ele apertou meus ombros, parando de frente para as minhas costas, e massageando tudo por perto do meu pescoço. Não pude deixar de gemer algumas vezes. Eu estava realmente tensa. - shhhh eu disse relaxe. - Togami disse no meu ouvido, fazendo um calafrio correr pela minha espinha. Em seguida beijando meu pescoço.

- T-Togami...

Seus beijos foram descendo, em quanto ele abaixava o ombro da minha blusa, que era de certa forma, frouxa. Suas mãos passaram pelo meu quadril, ajeitando ele rente ao seu. Vendo o quão longe as coisas poderiam ir, alguém resolveu intervir.

- Puh puh puh puh puh como é lindo o amor... - monokuma apareceu de dentre uma fumaça, dentro do quarto. - vocês vivem mesmo entre tapas e beijos...

- não é uma boa hora urso... - Byakuya disse, com certa raiva na voz.

- oh! Não, eu não vou interromper sua noite de amor juvenil cheia de calor e intensidade... - ele colocou ambas as patas em frente ao fucinho, soltando aquela risada irritante novamente. - mas não esqueçam, eu vou estar observanduuuuuu.. - e como apareceu, ele também sumiu em meio a fumaça.

- bom, onde estávamos..

- Togami... Eu não me sinto bem em fazer isso... Principalmente com ele assistindo.

- tudo bem... Tenho outras maneiras de te recompensar... - ele me virou, me colocando sobre seu colo. Em seguida me beijando novamente.

Não posso negar, foi a melhor noite da minha vida. E por um momento, toda aquela raiva, e o desespero sumiram. Não queria pensar no amanhã. O tempo parou. E eu peguei no sono, ao lado do chato insuportável que eu tanto amo.

Por uma noite, aquele colégio voltou a ser o topo da esperança...

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⏰ Última atualização: Jul 29, 2015 ⏰

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