E agora Colin?

Uma constrangedora reunião familiar

Apesar de o corpo de Penélope ainda estar congelado no lugar, a mente dela trabalhava a mil por hora. Mesmo não conseguindo formar nenhum pensamento coerente sobre como se livrar daquela situação, de uma coisa ela tinha certeza, ela precisava tirar Colin da casa sem que sua mãe percebesse.

Para isso, ela precisava saber onde a mãe estava, e claro, ela também precisa saber se as irmãs estavam em casa e onde cada uma delas estava.

Uma ideia começa a se formar em sua mente perspicaz, quando alguém tentou abrir a porta de seu quarto, nunca antes ela havia ficado tão feliz com o fato de ter trancado a porta, o que havia se tornado um hábito desde que ela passara a receber Colin em casa.

— Penélope, eu já falei que não quero que você entre no meu quarto, e muito menos que mexa nas minhas coisas. — A voz estridente de Prudence vinha abafada pela porta.

Revirando os olhos ela respondeu, — eu não entrei no seu quarto nem mexi nas suas coisas, além disso, você não tem nada que eu queira.

— Então onde está o creme que eu trouxe da última viagem à Paris?

— Prudence, eu já disse que não entrei no seu quarto, e também não peguei seu maldito creme. Se o seu quarto não se parecesse tanto com uma zona de guerra, você saberia onde as suas coisas estão.

Penélope podia sentir sua paciência se esvaindo de seu corpo, toda vez era a mesma coisa, sempre que Prudence ou Philippa não sabiam onde algum de seus pertences estava, elas sempre davam um jeito de acusar Penélope. Afinal era sempre mais fácil pôr a culpa na irmã, que arrumar a própria bagunça.

— Penélope, abre essa porta, eu não confio em você, eu mesma vou procurar o meu creme.

Penélope tinha cada vez menos paciência para o drama da irmã, é claro que Prudence não aceitaria a palavra de Penélope, ela iria querer ver por si mesma que o tal creme não estava com a terceira filha Featherington, sem contar a bagunça que ela deixaria para Penélope arrumar depois.

Não sabendo exatamente o que dizer para a irmã, Penélope optou pela verdade, ou pelo menos parte dela. Ela jamais admitiria estar nua na cama com um garoto igualmente nu, muito menos que esse garoto era ninguém menos que Colin Bridgerton.

Não que ela fosse acreditar, — afinal além de ser extremamente popular, Colin era considerado o mais gato da escola, — a própria Penélope mal podia acreditar.

— Eu não posso abrir a porta agora, e porque eu iria querer o seu creme?

— O que é que você está fazendo que não pode abrir essa porta?

— Eu estou sem roupas Prudence, eu estava indo tomar banho quando você quase pôs a minha porta a baixo. E eu já disse que não peguei o se creme.

— Você acha mesmo que eu não sei o que se passa nessa sua cabecinha nerd?

Penélope revirou os olhos, ela não sabia mais o que dizer à irmã, estava a ponto de lhe dar um resposta grosseira quando ouviu os saltos da mãe pelo corredor.

— O que está acontecendo aqui?

— Penélope pegou o creme caríssimo que eu trouxe de Paris. Tudo porque ela tem um crush em um dos membros do time de futebol da escola, — um sorriso convencido estava começando a se espalhar pelo rosto de Colin, — ela acha que ninguém percebe, que ela não consegue tirar os olhos do tal do Stirling.

Colin deixou escapar um som de indignação do fundo de sua garganta, imediatamente, Penélope cobriu a boca dele com uma das mãos.

— Prudence, presta bastante atenção que eu não vou me repetir. Primeiro, eu não peguei o seu creme, se você fosse um pouco mais cuidadosa com as suas coisas, você não estaria aqui me acusando de algo que obviamente eu não fiz. Segundo, eu não tenho crush nenhum no Stirling, nem nele, nem em ninguém.