𝓯𝘈𝘯ú𝘯𝘤𝘪𝘰.

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Washington, Seattle
16:27.

Depois de todo aquele surto que eu tive achando que tinha deixado Antonella na mão em relação a sua roupa, estou agora rindo demais com o meu pai cantando suas músicas esquisitas que só ele entende.

— Como você consegue cantar isso? coloca uma das brabas da Lana Del Rey aí. - Pego o celular dele entrando no aplicativo de músicas.

— Graças a Deus já estamos chegando, meus ouvidos não vão sangrar ouvindo essa poluição sonora. - o mesmo fala com deboche olhando pro trânsito.

— Pai! poluição sonora é isso que você ouve, que coisa tenebrosa. - digo e o mesmo me da um leve tapa na cabeça.

Deixa uma risada escapar e é minha vez de colocar as minhas músicas. Coloco em um volume ótimo pra mim gritar cantando e abro o teto solar ficando em pé no banco.

De longe vejo o condomínio de Antonella, a mesma colocou um pisca pisca na janela dela, então de longe consigo ver a casa dela só por conta dessa breguice que ela fez.

Meu pai estaciona na entrada do condomínio e desce do carro para abrir a porta pra mim, coisa típica do meu fazer depois da mamãe falecer. Seguro minha bolsa e desconecto bluetooth do carro, sinto que meu pai não está nada afim de ouvir Taylor Swift o caminho todo sem parar.

— Se comporta, qualquer coisa me liga, tá bom? - o mesmo me abraça e deixa um beijo no topo da minha cabeça.

— Pode deixar, papai. Te amo! - retribuo o abraço e dou um tchauzinho com a mão vendo ele ir embora com o carro.

Sinto o vento quente vir na minha cara e já vou andando em passos rápidos até a portaria.

— Oi! Maicon, quanto tempo que não te vejo. Vim ajudar a Antonella a escolher a roupa pra um encontro dela. - converso com o porteiro como se fosse um grande amigo meu, ele já está acostumado comigo literalmente todos os dias aqui e é até ironia falar "quanto tempo não o vejo" vejo ele sempre.

— Boa tarde senhorita, Antonella já me ligou umas vinte vezes perguntando de você. - o mesmo ri e liga para a ruiva avisando que cheguei. - pode ir indo, ela está a espera.

— Boa tarde! - ele abre o portão pra mim e logo sigo a caminho pra casa da ruiva.

Enquanto andava em direção a residência de Nella, observo o quão bonita é as casas daqui, todas são muito bonitas e bem coisa de gente rica sabe? Antonella tem muita sorte de nascer rica do berço.

Me perco do meu pensamento ouvindo Antonella me gritar da janela dela fazendo uma vizinha fofoqueira nos olhar com cara de bunda e logo fico observando ela também a vendo revirar os olhos e entrar na casa fedida dela.

— Você demorou muito pra vir, pensei que você tinha esquecido de mim. - ela tenta vir me abraçar, porém me afasto indo pra frente do ar- condicionado.

— Você acha mesmo que eu ia esquecer desse seu evento importante? ainda mais que você não sabe nada de moda, até minha vo se veste melhor. - falo me sentando no sofá. - Que Deus o tenha.

— Qual é? minhas roupas não são tão feias assim. – ela cruza os braços me observando brava.

— São sim, ou você acha que eu trouxe meu guarda roupa todo pra você provar pra quê? - me levanto novamente e puxo minha bolsa jogando pra ela.

A garota bufa, escuto ela resmungar dentro do banheiro e isso tirou risos meus, confesso. Antonella odeia que mandem nela, principalmente quando falam pra ela fazer uma coisa que provavelmente ela já iria fazer. Eu sei que se não fosse por mim, ela iria colocar uma blusa florida verde com amarelo e um short saia de academia rosa. HORRÍVEL!!

Pego meu celular e começo a rodar no Instagram, só aparecia viagens e mais viagens para o Canadá de tanto que eu pesquisava. Fico mais um tempo rodando e rodando, até que aparece um anúncio sobre intercambio e nisso me fez me ajeitar no sofá curiosa.

No vídeo explica tudo perfeitamente, era só entrar no site, colocar suas coisas mais pessoais e por fim seu nível de inglês e se suas notas são boas. Salvo pra não perder o anúncio e volto a guardar o celular no bolso vendo a garota aparecer toda torta presa no vestido.

— Me ajuda aqui, acho que estou presa. - ela senta perto de mim tentando se mover pra puxar o zíper.

Não aguento segurar a risada, mas consigo me acalmar e logo volto minha atenção pra Antonella que não sabe nem fechar um vestido.

Essa menina veio de uma caverna?

— Você vai fazer maquiagem pesada? está muito calor pra você sair toda pintada. - fico atrás dela vendo ela se olhar no espelho.

— Faz, mas faz pouca. Daquele jeito que eu gosto, sabe? - concordo com a cabeça e ela volta a deitar sua cabeça me deixando começar o meu trabalho.

Antonella confia tanto em mim pra essas coisas que ela só falta dormir igual uma cavala, só não ronca pois nisso a princesa não se garante. Graças a Deus.

Ficamos ali por uns longos minutos, mesmo sendo uma maquiagem muito simples, Antonella sempre quer aumentar algo e isso acaba demorando um tempinho.

— O que achou? - digo sorrindo feliz pelo meu trabalho.

— Muitíssimo obrigada, gata. Vou pedir pro Christopher te levar, está tarde e eu já já tenho que sair. - concordo com a cabeça e ajuda ela arrumar suas coisas.

Antonella termina de se arrumar toda animada, é bom ver ela assim alegre, sorridente e muito, muito bonita. Porém, o cara que ela quer se envolver não presta pra absolutamente nada, nem pra jogar basquete ele serve, ele quer usar a ruiva pra fazer ciúmes a ex namorada que é do mesmo clube de líder de torcida que Nella, o problema é que ela não me ouve e prefere fingir que não sabe de nada.

— Já deu a hora, vou indo. Obrigado mesmo! você é incrível, Milla. - a mesma me abraça e dessa vez eu retribuo o abraço dela sorrindo.

— Se divirta! - Aproveito que ela sai do quarto pra pegar algumas coisas que ela me roubou, a menina é podre de rica e fica pegando meus cremes que compro na promoção.

A empregada da ruiva bate na porta avisando que o Christopher está a minha espera e assim só taco tudo na bolsa saindo do quarto correndo.

CONTINUA..

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⏰ Última atualização: Nov 21, 2023 ⏰

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𝓐  𝐈𝐍𝐓𝐄𝐑𝐂𝐀𝐌𝐁𝐈𝐒𝐓𝐀.Onde histórias criam vida. Descubra agora