8. Convivência e Rotina

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Olá!
Mais um capítulo quentinho!

vão deixando um votinho e comentário!

Boa leitura!


🎷


Jungkook estava em seu ateliê desde cedo.

Vestia apenas uma bermuda. O cabelo longo — até demais — estava preso para que os fios não atrapalhasse na pintura. O tronco nu encontrava-se manchado de tinta, assim como suas mãos, braços e rosto, e claro, o chão coberto por jornais.

Aquela era das partes que mais gostava em ser um artista. Poder extrapolar à vontade sem medo de se sujar, de errar. Sabendo que qualquer traço seu seria arte.

Abaixou o pincel para visualizar o desenho que se formava ali. Conhecia bem, pois já o fizera antes, meses atrás.

Era seu corpo.

O desenho do qual seu namorado tanto gostou e que não pôde ter, pois fora vendido. Agora Jungkook se esforçava para recriar a obra com ainda mais paixão, afinal aquilo seria para seu homem. Seu Jimin.

Teve que abandonar o quadro quando a campainha de sua casa tocou.

Buscou por um lenço para tirar a maior parte da sujeira que a tinta havia deixado, também vestindo sua regata folgada para enfim abrir a porta.

— Nam!

Não esperou mais nenhum segundo para pular nos braços do amigo que lhe acolheu gargalhando.

— Aish! Você está quase maior que eu, Jungkook. — O acastanhado reclamou quando sentiu as costas pedirem arrego.

Só assim para que Jungkook se afastasse, murmurando uma desculpa e puxando o amigo para dentro.

— Me diz, como foi em Seul? — Questinou, sabendo que a estadia do mais velho na capital era o motivo de ter ficado tanto tempo longe de Busan. — Conseguiu resolver as coisas?

Namjoon sentou-se junto do Jeon no sofá quando se pôs à dizer:

— Infelizmente não. Minha mãe é irredutível, não quer se mudar nem morta e ameaçou me jogar uma panela quando insisti.

Ambos riram da fala do Kim. Jungkook relembrando de como aquela mulher era difícil.

Quando os amigos eram crianças, o maior desafio era convencer a progenitora do Kim à deixá-lo brincar até mais tarde da noite. Quase nunca conseguiam. E aquele comportamento ácido ainda acompanhava a mulher mesmo após certa idade.

— Poxa... que pena, Nam. — Jungkook falou após os risos, sendo honesto em sua reação.

A Kim vinha apresentando sinais de que sua saúde piorava a cada dia, e nem mesmo isso fazia com que ela viesse para perto do filho.

— Não tenho o que fazer. — Namjoon deu de ombros, derrotado. — Ela escolheu ficar perto da família tóxica que tem.

Os parentes maternos do Kim nunca foram lá aquelas coisas. Sempre buscando humilhar e implicar com qualquer um que fosse mísera coisa a mais que eles. Namjoon não suportava aquilo. Mas infelizmente a senhora Kim já estava presa àquela família eternamente.

— Não tem como ajudar quem não quer ser ajudado.

Jungkook concordou levemente com a cabeça, lembrando que sua psicóloga dizia a mesma coisa para ele no início das sessões.

Jazz in Korea (Jikook)Onde histórias criam vida. Descubra agora