A Garota

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A algumas quadras de distância de casa. Charlotte para. Olha para trás.

 Olha para trás

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"Será que devo continuar…?"

· •  ★  • ·

Fim de tarde. As ruas estavam um pouco mais movimentadas do que de costume por conta das férias escolares. Charlotte sai da padaria e caminha lentamente em direção a sua casa. Pensando se ainda poderia chamá-la de "sua casa".

Charlotte — Já se passaram dois meses… — Sussurra para si mesma.

Charlotte era uma jovem de 13 anos. Tinha cabelos loiros e olhos azuis escuros. Não tinha amigos que considerasse próximos, apenas colegas de sala.

 Não tinha amigos que considerasse próximos, apenas colegas de sala

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Charlotte — Cheguei. — Anuncia ao entrar na casa.

Pai — Por que não foi jogar o lixo que pedi? — Diz saindo do quarto e indo em direção a sala.

Charlotte — Eu esqueci, já vou–

Pai — Eu levo. Já vou sair mesmo… — A corta, com um tom ríspido e reprovador. E sai.

Charlotte solta um suspiro e sente uma leve irritação pelo ocorrido. Ela caminha até a cozinha.

Charlotte — Trouxe os pães. — Os coloca em cima da mesa.

Mãe — Por que não fez o que seu pai pediu?

Charlotte — Eu já disse que esqueci.

Mãe — Você vive distraída e esquecendo das coisas. O que você tem? — Questiona de forma crítica.

Charlotte — Eu só esqueci! — Se altera um pouco. — Toma o troco. — Deixa o dinheiro na mesa e vai para o quarto rapidamente.

Mãe — Charlotte!

A garota fecha a porta e deita em sua cama. Virada para o teto, sente aquela raiva se transformando, sem motivo aparente, em uma vontade de chorar. Mas havia sim, motivos.

Charlotte — Eu estou cansada disso… Eles sempre reclamam e me criticam. Eu não aguento mais essa vida… Eu tô de saco cheio deles! — Se vira para o lado, olhando para a janela. — … Eu queria poder sumir. Ir para um lugar onde não fosse criticada. Um lugar onde eu pudesse ser feliz… — Solta um leve sorriso inconsciente. — Como quando eu passava as férias na casa dos meus avós…

A garota recorda dos bons momentos na casa de seus avós, que moravam em outra cidade. Ela pensa por um tempo e acaba tendo uma ideia.

Charlotte — … É isso! Assim não vou sofrer mais e poder ser feliz de novo… Eu vou fugir! Preciso me afastar dessa casa e dessa vida.

De noite…

Tudo estava em silêncio. Todos estavam dormindo, exceto Charlotte. Ela pega sua mochila com alguns pertences, roupas e dinheiro de sua mesada.
Ela abre sua janela e a pula. Do lado de fora, ela caminha rapidamente para o fundo da casa, onde fica a lavanderia. Naquele estreito corredor descoberto, a garota escala o muro, que delimita seu terreno, e pula para o terreno de uma pequena lanchonete. Verifica se não havia ninguém a observando e deixa o local.
A algumas quadras de distância de casa. Charlotte para. Olha para trás.

Charlotte — Será que devo continuar…? — Se questiona preocupada.

Mas logo ao lembrar o motivo de sua fuga, toda sua insegurança some e ela segue em frente.

As ruas estavam vazias e silenciosas. Charlotte já estava longe de casa. Passava por uma rua estranha com, o que parecia ser, uma floresta, com cercas de arames farpados a delimitando. Começou a sentir uma estranha sensação de estar sendo vigiada.

Olhou para os lados mas não viu ninguém. Continua andando mas olhando para trás. Não há ninguém. Quando volta para frente…

"Está perdida?"

 Uma mulher aparece à sua frente

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Uma mulher aparece à sua frente. Tinha longos cabelos escuros, com uma franja que parecia cobrir seus olhos. Usando um tipo de jaleco branco.

Charlotte — Eh… Um pouco…

Mulher — Está sozinha?

Se sente vigiada novamente.

Charlotte — Eu… Preciso ir.

Mulher — É perigoso você ficar andando sozinha a essas horas. Está muito frio. Está com fome? Venha para minha casa, pelo menos para pegar algo para comer.

Charlotte pensa se deveria aceitar aquele convite. Sua barriga roncava desde que saiu. A mulher misteriosa, que Charlotte presumiu ser uma médica, parecia gentil, como se quisesse realmente ajudar. Parecia confiável.

Charlotte — Está bem…

A mulher a leva até a entrada de sua casa. Uma pequena casa de madeira aos fundos de uma terreno descuidado (e abandonado).

 Uma pequena casa de madeira aos fundos de uma terreno descuidado (e abandonado)

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Quando Charlotte entra na casa…

*Som de golpe*

É atingida por algo na cabeça e fica inconsciente.

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