005| Morte às babás

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   A manhã estava fria, havia uma pequena névoa sobre o asfalto, a TV ecoava um som baixo no noticiário das seis, o local era um cômodo único, havia uma cama de solteiro encostado na parede, um balcão na cozinha com um fogão e uma geladeira, em ci...

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   A manhã estava fria, havia uma pequena névoa sobre o asfalto, a TV ecoava um som baixo no noticiário das seis, o local era um cômodo único, havia uma cama de solteiro encostado na parede, um balcão na cozinha com um fogão e uma geladeira, em cima era presente um armário de parede com uns pratos e uns copos, um pouco mais ao lado tinha uma mesa de dois lugares, um pouco mais a frente da cama havia uma TV de tubo pequena da onde saia o som baixo, do lado da cama havia uma porta para o banheiro.

  Lizzie estava sentada na pequena mesa com uma tigela de cereais enquanto lia um arquivo da faculdade, ela estava vestida com um short de pijama, uma regata que deixava um pouco da sua barriga a mostra e uma blusa xadrez um pouco maior que ela, seus cabelos sempre impecáveis estavam presos em um coque feito com um lápis, seus olhos estavam profundos, trabalhar, estudar e caçar a deixava cansada.

   Assim que se mudou, Lizzie começou a reparar em coisas estranhas na cidade, ela nunca conseguia fechar os olhos e seguir em frente, conhecer o mundo sobrenatural era uma maldição, era cansativo, nada a fazia não desconfiar que uma luz piscando, uma morte mal contada ou um sumiço repentino não poderia ser um simples acontecimento mundano. Mas ela gostava, sabia que sempre haveria alguém a ser salva, alguém esperando que essa pessoa volte e a abrace. A faculdade de manhã, o trabalho na cafeteria de tarde e o trabalho de babá a noite eram o suficiente para cansar muita gente, ainda mais quando se investiga e estuda de madrugada, dormir no momento havia se tornado banal. Mas era necessário, os trabalhos a ajudavam a pagar a parte que a bolsa não cobria, e além do mais o aluguel sempre chegava sem atraso. Seu orgulho não permitia pedir a mãe, muito menos contar que dormia oito horas por semana e não por um dia, as conversas com a mãe sempre foram ótimas, Jo apesar de relutante começou a ligar e atender também, há pouco tempo também havia se mudado, sua jornada de trabalho era melhor que da irmã, mas mesmo assim ambas se sentiam exaustas.

  A leitura e os cereais foram interrompidos pelo despertador ao lado da cama, Lizzie se levantou e caminhou calmamente até o relógio, 6:10, a garota suspirou voltou até a mesa, pegou a tigela e a lavou, caminhou até o banheiro e tomou um banho frio, precisava despertar, ela suspirou novamente e encostou a testa na parede deixando a água cair sobre seus ombros, o som do telefone tocando a despertou, ela desligou o chuveiro, se enxugou e se cobriu com a toalha, pressionou seus pés no tapete e caminhou até o celular

- Alô - Atendeu antes de ver o identificador de chamada

- Oi Lizzie, bom dia - A voz um pouco robotizada pela ligação disse - Sou eu Jo - A mais velha brincou do outro lado

- Ah, sim, bom dia - Disse com a voz cansada, mas com um sorriso nos lábios ao escutar a voz da irmã

- Está tudo bem? - Jo percebeu a desanimação na irmã

- Sim, tudo ótimo e com você? - Respondeu deixando a voz chorosa de lado, ela nunca imaginou que estar longe seria tão triste

- Eu estou ótima

Heaven - Dean WinchesterOnde histórias criam vida. Descubra agora