3 - Pra onde todos foram?!

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...Koow pov....

Eu simplesmente não estou nada bem. Tipo, nem um pouquinho.

Desde ontem eu não consegui dormir NADA. Eu passei a noite em claro depois da cena ridícula que aconteceu lá em cima... Tudo culpa daquele vampiro nojento disfarçado!

Eles já deveriam estar acordados agora, mas eu sequer tinha coragem de sair do meu cantinho e encarar eles. Céus, eu nunca fiquei assim antes por um motivo tão besta.

– Já falei que aquilo não foi nada, esquece! – em meio aos meus surtos, escutei as vozes dos indivíduos alí por perto, sobre o que os idiotas falavam?

– Como não foi nada? Eu vi você literalmente EM CIMA dele! Não foi de repente. – não é possível... NÃO É POSSÍVEL. Eles ainda estavam falando disso?! Ridículos! Saí enfurecido do cantinho que estava, mas antes me alongando um pouquinho, eu não aguentava mais ficar nesse chão duro, meu corpo inteiro dói!

– Sinceramente, eu só não mato você agora mesmo porque me recuso sujar minhas mãos com esse seu sangue... – xey o ameaçou, e antes que pudesse continuar os interrompi.

– Já estão prontos pra ir? Não temos o dia todo.

– Ah, a donzela resolveu aparecer? – maldito Xey, já disse o quanto detesto esse cara?!

– Não enche minha paciência, Xey! Não tô pra suas brincadeiras hoje, vampiro nojento.

– Você vai continuar com esse papo até quando, ein?

– Você mesmo disse que foi mordido, MORDIDO. E você, oh Jhony, esse é seu nome né? – ele concordou – não acho muito confiável andar com esse daí. Ele pode muito bem sugar todo seu sangue enquanto você dorme!

– QUÊ?! Ai moço, por favor, eu tenho muito o que viver e aprender ainda, não suga meu sanguinho.. – o medroso praticamente correu pro meu lado, tremendo igual um imbecil. Às vezes eu esqueço desse detalhe...

– Seus burros do caralho, acham mesmo que se eu fosse vampiro eu estaria andando NO SOL?! Eu ainda questiono seriamente a inteligência de vocês, se é que podem chamar assim. – ele revirou os olhos e cruzou os braços. Ok.. ele tinha um ponto.

– Tá legal, você até que está certo. Mas... – me aproximei um pouco, o olhando de cima a baixo com os olhos semicerrados. Se ele não era um vampiro, então ele... Arregalei os olhos e me afastei brutamente.

– EU SABIA! VOCÊ É UM DAQUELES LOBISOMENS PULGUENTOS! – eu sempre soube! Ok... Não exatamente. Olhando de mais perto pude perceber que ele tinha pelos demais pra uma pessoa normal, sem contar naqueles reflexos e força ontem. Estava óbvio! Como eu não notei?!

– Ah, sim, claro. Eu sou um lobisomem, nossa. – ironizou, e eu senti uma imensa vontade de socar o rosto desse desgraçado. Ele acha que é brincadeira?! Eu só quero ver quando chegar noite de lua cheia.

– Vai brincando, vai. Na primeira oportunidade que eu tiver, vou matar você, maldito pulguento.

– Oh gente, tem como vocês me explicarem o que tá acontecendo por aqui..? Eu tô confuso, você é um lobisomem, você é aliado do tal Conde Drácula...

– Eu não sou aliado daquele monstro! Diga isso novamente e eu te jogo pro Xey na primeira transformação dele. – o ameacei. Ele estava louco? Nunca, nunca, que eu seria aliado ou qualquer coisa daquele desgraçado. Sinto enjôo e ódio só de escutar esse nome.

– Vem cá, o estressadinho. Pra quê todo esse ódio do Drácula? – fiquei calado na mesma hora, não que o motivo fosse da conta deles, mas já que vamos estar juntos, dane-se.

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