Mensagens, brigas...

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Não sei ao certo o que acontece, também nem quero saber. Vou me arrepender na manhã seguinte, mas estou matando o que me mata.

Uma rapidinha no carro sempre foi nosso vício.

Agora estamos indo pra minha casa, caladas. Pelo silêncio que está dentro desse carro, se arrepende tanto quanto eu do que acabamos de fazer. Não me olha, não me toca, sequer tenta puxar assunto.

Seu celular estava preso ao vidro, no suporte. Estava carregando, por isso, quando uma mensagem chega, assim que o celular acende para avisar sobre a notificação, posso ver o que lhe mandaram.

"Kamylla: Oi, Lila. Está em casa?

Kamylla: Sabe... Tô precisando de uma ajuda aqui no meu colchão, parece que ele tá ruim.

Kamylla: Você pode me ajudar, Lila? É rapidinho.

Kamylla: *foto de visualização única*"

Aquilo me subiu um ódio. Ela agora anda ajudando os outros a consertar colchão? Quem é essa vadia que está mandando mensagem? Eu vou te matar, Marília!

Ela não percebeu as mensagens, também não percebeu que eu as vi.

- É melhor você ir direto pra casa. Me deixe aqui. A Kamylla precisa que você ajude ela a consertar o colchão. - Digo olhando pela janela.

Ela revira os olhos e nada fala, mas bufa irritada.

- Você não revira o olho pra mim, Marília! - Dou um tapão em seu braço.

- Não começa, Maiara!

- "Não começa, Maiara?" O que você tem com essa puta dessa Kamylla? - Me sento de lado no banco, apenas para olhá-la. Quero que ela veja o tamanho da minha raiva. - FALA, MARÍLIA!

- O mesmo que você tem com aquele cantorzinho de buteco. - Aperta forte o volante.

- Para a sua informação, Matheus é muito melhor que você. MUITO MELHOR, OUVIU?

- ENTÃO FICA COM ELE, PORRA! SE ELE É MELHOR, O QUE FAZ NO MEU CARRO? - Perde a paciência, dividindo sua atenção entre mim e a pista.

- TEM RAZÃO. NÃO FAÇO A MÍNIMA DO QUE ESTOU FAZENDO AQUI. DEVERIA ESTAR COM ELE, DANDO PRA ELE!

Eu não deveria estar com ele. Eu tenho que estar com ela. Eu não deveria estar dando pra ele. Eu tenho que dar pra ela.

- CALA A BOCA! Aquele pinto murcho não faz metade do que eu faço.

- Se fosse tão boa, você não seria EX.

- Ah, você se esqueceu que foi você que terminou, né? Por um motivo TÃO IDIOTA quando esse seu namoradinho ridículo. Será que ele sabe que você está no meu carro agora? Sabe, Maiara?

Não, ele não sabe..

- A VIDA É MINHA, EU FAÇO O QUE QUISER!

Aquela discussão começou a ficar horrível, como todas as outras. É sempre assim, depois de uma noite incrível, a gente sempre briga. Um dos motivos pelo qual terminamos. Ela me ofendia, eu ofendia ela. Eu a xingava, e ela também me xingava. Eu batia nela, mas ela nem levantava a mão pra mim.

Com raiva, ela estacionou na porta da minha casa. Não quis saber de nada e sai batendo com força a porta do carro.

- VAI PRA PUTA QUE PARIU! VAI FODER AQUELA VADIA. ELA TA PRECISANDO DE AJUDA PRA "CONSERTAR O COLCHÃO".

- Maiara... - Diz entre os dentes.

Não respondo. Saio em passos pesados até minha porta. Escuto a porta do carro bater, mas nem olho pra trás, quero entrar o quanto antes. Quando consigo abrir a porta...

- Cala a boquinha, cala? - Diz pegando forte meus cabelos.

Seus dedos entraram por meus cabelos da nuca, puxando meu corpo pra ela. Fecho os olhos sentido meu corpo responder ao seu toque. Sua língua brinca em meu pescoço, enquanto ela me põe pra dentro de casa e fecha a porta com o pé. Me coloca contra a parede, subindo meu vestido e roçando seu pau na minha bunda.

- Você quer gritar? Eu vou fazer você gritar. - Sussurra com a voz rouca. - E depois você me diz se aquele playboyzinho é melhor que eu. - Ela solta uma risadinha ao final.

- Eu não... Eu não quero. Solta.. - Digo fraca.

- Não? - Sua língua agora brinca em minha nuca. - Então me diga, Dory... Por que suas coxas estão molhadas?

Eu não encontrei minha calcinha, por isso, estava sem ela por baixo. Mas eu estava tão excitada que escorria por minhas coxas. Não tinha como disfarçar.

- Eu... Odeio você. - Jogo minha cabeça para trás, apertando seus cabelos entre meus dedos.

- Mas ama quando estou no meio das tuas pernas, né?

Uma coisa não tem nada haver com a outra, loira.. não fode.

Ela me pega no colo e sobe as escadas comigo. Tento me soltar, mas não quero que me solte. Meu vestido fica no meio do corredor e, enquanto me pede para que eu fique quieta, me enche de tapas na bunda. Ela sabe como me deixar louca por ela.

Me jogou na cama e veio por cima, prendendo minhas mãos sobre minha cabeça. Olho em seus olhos, os vendo escuros como as nuvens em um dia tempestuoso.

- Mendonça... - Sussurro.

Ela murmura enquanto mordisca meu lábio inferior. Do bolso, ela tira as algemas, me prendendo com a velocidade de uma estrela cadente. Meu coração acelerou, porque sei o que vem pela frente. O fato de ela ser delegada me deixa tão excitada, principalmente quando ela mantém a mesma postura na cama.

Ela se ajoelhou ao meu lado na cama, me pôs a sua frente, também ajoelhada. Exalando sensualidade, ela joga os cabelos para um lado só, e vejo que ainda mantém o corte do lado. Puxo ela pela gola do terno, e ela me beija o pescoço. Fecho os olhos sentindo seus lábios molhados e macios percorrerem minha pele.

- Hoje quem manda é você, Dory. - Sussurra. - Mas eu não sei se irei obedecer.

- Tira essa roupa pra mim. - Digo em seu ouvido.

Ela sorriu, e se afastou de mim. Começou a abrir seu terno e logo tirou o mesmo. Logo após, foi desabotoando a camisa social, tirando também a mesma, ficando apenas de top. Se abaixa, tira a calça e a cueca e, em seguida, o top também se junta a todas as roupas no canto do quarto. Agora, vejo aquele monumento de mulher nua, com aqueles cabelos todos jogados para o lado direito, enquanto o lado esquerdo está levemente raspado. Seus lábios estão molhados, rosados por tantos beijos.

Aqueles olhos são tão sexys...

- Agora vem aqui. - Digo arrastado. Quero provoca-la. Ela me obedece, chegando bem pertinho da minha boca. - Me solte.

O sorriso foi imediato. Aquele sorriso filho da puta. Seus dedos entraram por meus cabelos, seus lábios tocaram os meus, mas ela sorriu, não me beijou.

- Eu disse que você manda, Dory... Mas não disse que obedeceria. Acho tão sexy você presa...

- Não fode, Marília.

Com uma pegada bruta em minha bunda, ela me puxou pra seu colo. Pude sentir ela tão dura quanto pedra.

- Fodo! Eu fodo com força!

Olho dentro dos seus olhos, preciono seus seios fartos com os meus medianos, boca a boca.

- Eu duvido. - Solto um sorriso desafiador no final.

Sei que ela é capaz. Ela também sabe que estou provocando. Seus dedos sobem por minha coxa, entrando por dentro da minha calcinha.

- Eu vou matar toda a minha vontade. Eu vou fazer você nunca mais esquecer dessa noite.

- Todas as nossas transas estão guardadas na minha memória. Cada detalhe. - Provoco.

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⏰ Última atualização: Jan 24 ⏰

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Dory, Ainda Te Amo | Mailila Onde histórias criam vida. Descubra agora