ooo... PROLOGUE; act one

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Tallahassee , Flórida
5 anos atrás

── Vamos, Luke, eu juro que vi Amaltheia por aqui! ── uma voz feminina no fim do túnel fala, a adaga que recebi de presente do deus Ares aparece em minha mão, meu mecanismo de defesa. Me preparo caso precisar atacar.

── Ela não tá aqui, Thalia! ── outra voz, dessa vez masculina, responde. - Ei! Pera! Você não vai me deixar aqui, vai?

── Eu vou achar aquela cabra! ── passos vindo em minha direção, me escondo atrás de uma parede, prendendo minha respiração.

Quase tomo um susto quando a cabra aparece ao meu lado.

Ela estava ali, de boas, como se fossemos melhores amigas. Tinha chifres espiralados como um carneiro e era fêmea, sem dúvida. O pelo cinza e longo parecia refletir luz no túnel escuro, raios de luz saíam de seu corpo, fazendo ela parecer desfocada e fantasmagórica. A cabra, Amaltheia, como a voz feminina tinha falado para o outro estava comendo grama que crescia das rachaduras do chão.

── Tudo bem? ── a mesma voz feminina fala ao meu lado, quase dou um pulo para trás, seguro a adaga com força, apontando na direção da garota. Ela tinha cabelos pretos, olhos azuis elétricos e um estilo meio punk, é isso que posso dizer.

── Tudo. ── respondo, ainda meio desconfiada.

── Ela estava falando com a cabra, não com você. ── o garoto chega atrás dela, apoiando as mãos nos joelhos, sem fôlego depois de correr, a menina dá uma cotovelada no braço dele. ── Foi mal! Só fiz uma brincadeira!

── Desculpa pelo meu amigo, ele é um pé no saco as vezes. ── diz a garota naturalmente, não parecendo assustada após eu apontar a minha adaga em direção dela. ── Meu nome é Thalia e ele é Luke. ── ela aponta a cabeça para o garoto moreno agora ao lado dela. ── E o seu? ── Thalia parece nervosa, olhando para a cabra atrás de mim como se fosse desaparecer a qualquer momento.

── Júlia, Júlia Collins. ── respondo, a adaga desaparecendo da minha mão.

── O que é isso? ── Luke pergunta ao olhar para minha mão vazia, onde antes havia uma adaga de bronze celestial. ── Um presente de algum deus ou algo do tipo?

── É, Ares. O anel se transforma na adaga quando sinto perigo. ── levanto a mão direita, mostrando o anel de prata que fica no meu dedo anelar com um desenho de um capacete medieval gravado nela.

Luke e Thalia não dizem nada, parecem surpresos.

── Espera... Você não é a filha daquele ricasso dessa cidade que desapareceu? Fugiu, na verdade. ── Luke começa a falar, minha respiração prende.

── Luke! ── Thalia o repreende.

── O que? Precisamos saber! Ela se parece com a menina dos jornais! ── ele fala, dando de ombros.

Antes que eu possa responder, sinto a cabra mordendo a manga do meu casaco, puxo meu braço, soltando da boca da cabra.

── Aliás, que animal é esse? ── pergunto a Thalia.

── É um animal sagrado... ── o moreno responde por ela.

── Do meu pai. ── Thalia completa.

── Mas Amaltheia.... ── paro por um tempo ── Na mitologia grega ela era o animal sagrado de Zeus. Então você é filha de Zeus?

Thalia confirma com a cabeça, Luke suspira e a cabra, se vira e sai andando.

── Droga. ── ela diz, correndo atrás da cabra, o moreno a segue.

E eu também os sigo.

BORN TO DIE ━ luke castellanOnde histórias criam vida. Descubra agora