Criminal

¥ Nós ¥

No dia seguinte, meu celular desperta e logo saio da cama pra não dar chance para preguiça. Me alongo e abro a janela do meu quarto, o dia está tão lindo. Respiro fundo e deixo o ar puro entrar em meus pulmões. Saio do quarto e vou até a área de serviço buscar minha toalha e depois sigo pro banheiro. Como hoje eu entro um pouco mais tarde no trabalho aproveito pra dar aquela caprichada no banho, passo esfoliante por todo o corpo, hidrato meu cabelo. Saio com uma toalha enrolada no cabelo e outra no corpo e vou pra frente do espelho fazer minha skincare. Coloco uma máscara hidratante e deixo agir por alguns minutos. Meu Deus eu preciso fazer isso mais vezes.
Já com a roupa do trabalho, faço meu café com torradas no capricho e estou tão de boa com o tempo, que até sobra uns minutos pra lavar a louça do café.

O trânsito está calmo e tranquilo está até parecendo um dia de feriado. Ligo o rádio e curto a música que está tocando, não sei o nome mas é boa.

Entro com o meu carro no hospital e deixo no estacionamento dos funcionários bem na sombra.

- Bom dia. - Uma das tias da limpeza me cumprimenta.

- Bom dia Dona Arlete. Hoje o dia está bem bom né? - Comento.

- Sim, bem agradável não está muito quente. - Ela responde se escorando na vassoura.

- Sim, sim. Quando o dia está muito quente, fica ruim de trabalhar né? - Dona Arlete concorda com a cabeça. - Vou indo se não vou bater o ponto atrasada. Até. - Digo me afastando.

- Até. - Ela responde já voltando a fazer o que estava fazendo.

Chego no setor, a máquina do ponto fica dentro da ilha dos enfermeiras. Bato o ponto e entro pro vestiário pra por meu jaleco. Estou ajeitando minha bolsa no armário e ouço alguém entrar, a pessoa entra e tranca a porta. Me viro pra ver quem é e me dou de cara com Fábio.

- Oi. - Diz.

- Oi.

- Porque ele não eu? - Já pergunta em tom de ataque e simplesmente do nada.

- Bom dia Fábio. - Respondo séria.

Ele não diz nada.

- Você ainda está nessa? Por favor... - Digo colocando a mão na cintura.

- Porque ele? - Pergunta de novo.

- Porque eu amo ele Fábio. Simples. Não é porque a gente ficou junto um tempo que eu tenho que ficar com você pro resto da vida.

- Ele é um merda. Juro que se eu não tivesse no trabalho eu ia dar um soco nele quando ele te usou pra me provocar.

- Fábio. Deu. Chega. Já foi. - Digo calma pra não inflamar mais a situação.

- Ok, eu vou te deixar em paz, mas se aquele cara não me provoque de novo.

- Tá Fábio, tenho que trabalhar. - Passo por ele, destranco a porta e saio do local.

...

Jungkook tirou a tala há uma semana. Já está tudo normal, está trabalhando e fazendo outras coisas sem maiores problemas.
Hoje vamos a um barzinho bombado aqui da cidade. Fiquei meio com receio de ir de moto por conta do acidente que ele sofreu mas ele está sem medo algum, então se ele que caiu não está com medo, porque eu vou ficar?

Escolho um vestido de poá preto que vai até os joelhos, e visto um all star. No cabelo prendo um rabo de cavalo e amarro uma fita vermelha. Adoro me vestir de pin-up pra sair.

Logo escuto o barulho da moto dele. Já destranco porta de casa.
Ele dá 3 batidas e entra me procurando. - Ele está com uma blusa preta junto com sua jaqueta de couro, está usando um Jeans claro e uma bota preta. Seus cabelos estão molhados e sua franja cobrindo seu olhos.