Floresta Encantada
Alguns dias antes...
- Uau, tem tipo, um milhão de coisas aqui. - Snow falou olhando a sala.
- Seu pai era um acumulador.
- Não me lembro da última vez que entrei nesse lugar.
- Nenhuma vez enquanto eu estava aqui, pelo menos. Mandei trancarem a sala para que você não entrasse.
- Por que? Guardava coisas importantes aqui?
- Eu não. Mas o seu pai jogava todo o tipo de tralha aqui, algumas delas mágicas. E eu não queria que você acabasse encostando em algo e morrendo por acidente.
- A, que lindo, você queria me matar pessoalmente. - Snow fez uma piada.
- Humor negro?
- Talvez. - deu de ombros, rindo.
- Não tinha nada a ver com vingança. Pra ser sincera, mandei trancarem pouco depois do casamento. Naquela época você ainda era criança, e eu passei um bom tempo tentando me livrar do... Você sabe, da raiva. Até que Rumpestiltiskin fez tudo voltar a tona.
Snow ficou um pouco surpresa. Sempre tinha acreditado que Regina a queria morta desde o primeiro momento, e que foi atrás da magia das trevas por conta do ódio.
Não imaginava que a madrasta tinha feito um esforço para se livrar daquilo, e que Rumplestiltiskin era quem tinha levado a magia das trevas pra ela primeiro.
Ela estava começando a juntar as peças sobre algo que vinha pensando a muito tempo.
- Cuidado! - Regina exclamou. - Não toca nisso. - ela tirou uma pequena planta vermelha e brilhante do alcance de Snow. A princesa viu quando um dos espinhos furou a mão dela e ela apenas limpou o sangue na saia como se não fosse nada.
- O que é isso?
- Uma rosa, a chamam de doce-morte. Não se engane com a aparência bonita, é uma arma mortal, e única também. Um furo nesses espinhos e você morre em poucos minutos.
- Mas Regina, você... - Snow se desesperou.
- Fique tranquila, não funciona em mim. Foi feita com mágica. Ela contamina o sangue humano, mas não tem nenhum efeito sobre sangue mágico. Foi criada por alguém que não gostava muito de humanos, acredito. - Deu de ombros.
- Oh... Por que meu pai teria uma coisa dessas?
- Leopold era um homem bem estranho, mas ele gostava de proteger o povo. Talvez tenha achado que seria mais seguro trancar isso aqui e deu um jeito de achar.
- Bom, se não funciona em mágicos, imagino que não é o que vai nos ajudar a derrotar Zelena.
- Não. - Regina deixou a planta sobre a mesa. E então ela e Snow continuaram rodando na sala.
- Ei, meu pai não era um homem estranho. - Snow franziu as sombracelhas.
- Ha, ele era querida. Um pouco mais de tempo com ele e teria percebido isso.
- Eu acho que vivi mais tempo com ele que você.
- Você era uma criança.
- Você não era exatamente tão mais velha que eu.
O que começou como um comentário de reboot de repente se tornou uma lâmpada acesa na mente da princesa. E tudo só ficou pior quando ela olhou nos olhos de Regina e aquele tom conhecido de uma tristeza irônica estava lá.
VOCÊ ESTÁ LENDO
The Missing Year - All Our Memories
FanfictionO que realmente aconteceu no ano perdido? Até onde uma maldição pode ir? E até onde o amor pode impedir que essa maldição chegue? De volta a Storybrooke, nossos heróis precisam deter a ameaça até então desconhecida, enquanto tentam recuperar suas m...