XVIII.

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Fazia cerca de três dias que Hel estva em seu quarto, descansando o corpo e se recuperando de sua quase morte, mais uma vez

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Fazia cerca de três dias que Hel estva em seu quarto, descansando o corpo e se recuperando de sua quase morte, mais uma vez. Kid ia visitá-la todas as noites, conferindo se ela estaria lá para recebê-lo, para ver que ela não fugiu de seus braços mais uma vez. No fundo, ele já sabia o que era aquilo e passou um bom tempo negando a si mesmo, esperando que tudo aquilo fosse uma mentira e que ele nao tinha se apaixonado por Hel. Mas sentia seu coração disparar e um calor incomum esquentar seu peito toda vez que ela sorria de uma forma tão radiante para si... Ele não teve escolha a não ser constatar que estava doido por aquela mulher. O ruivo sabia que postergar a situação não ia mudar em nada, ficar escondendo e tentando sufocar a emoção não serviria de nada mais do que atrapalhá-lo em seus planos de tornar-se o Rei dos Piratas. Era melhor aceitar e admitir, do que se machucar continuamente por algo que poderia ser resolvido imediatamente. Seu interior gritava todos os dias por aquela mulher, não se via sem ela em momento algum. Queria que ela reinasse os mares ao seu lado, que pudesse chamá-la de sua.

Por outro lado, ficava hesitante sempre que a encarava. Tinha medo de que não fosse retribuído e amado da mesma forma que amava. Seu coração batia loucamente contra sua caixa torácica a medida em que se aproximava do quarto de Kawamari.

-— Hel...? -— bateu na porta levemente, abrindo-a uma fresta, apenas colocando a cabeça para dentro, olhando para dentro do cômodo.

Ela estava de costas para o ruivo, o vestido branco lhe caía tão bem, assentuando-se a pele dela, dando um charme a mais. O vestido era de ombro a ombro, as mangas eram véis esvoaçantes, assim como a parte inferior do vestido, o busto tinha um leve decote e era colado, marcando a cintura fina de Kawamari, o cabelo branco, camuflando-se no vestido branco, descendo pelas costas como uma cascata branca.

A luz da lua brilhava sobre a pele pálida e ela admirava a vista do oceano da janela de seu quarto. O local estava escuro, sem nenhum outra iluminação além da luz suave e sedutora da lua. A mais velha de virou em direção a Kid, sorrindo de uma forma radiante para o ruivo, ele estava se acostumando à aquilo ainda, a forma calorosa da qual ela o recebia há um tempo o tinha pego de surpresa. Ele não imaginava que isto fosse acontecer um dia.

— Oi! — foi até ele entusiasmada como uma criança.

Era diferente, já que ele não sabia como reagir. Ela agia tão adoravelmente gentil e pura como uma criança, contudo, na presença de outras pessoas, era a mesma coisa de sempre. Era assim com ele.

— Podemos conversar?

— Claro. Entra.

Assim que os dois estavam sentados, Eustass mal conseguia olhá-los nos olhos de tamanha vergonha que sentia pelo que ia dizer. Agradecia aos céus por não ter quase nada de luz no quarto, assim poderia esconder o quão vermelhas estavam suas bochechas.

— E então, o que é?

— Vou ser o mais sincero possível com você... — começou, ficando internamente feliz por não ter gaguejado. O poder que essa mulher exercia sobre si era surreal. — Eu gosto de você. Não. Estou apaixonado. Não, ainda não. Estou amando você. Tá, sei que é loucura... Mas é a verdade. E eu não sabia o que fazer. Talvez, eu já estivesse apaixonado por você quando entrou na tripulação, acho que foi amor a primeiro soco. — brincou, rindo de nervoso, não ouvindo nada vindo dela, apenas o mais puro e desesperador silêncio.

Perdição | Eustass Kid.Onde histórias criam vida. Descubra agora