#Capítulo 15

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𝐄𝐌𝐌𝐀 𝐑𝐎𝐋𝐋𝐈𝐍𝐒

- Kaleb quando era criança teve um dia que foi dia das mães e tínhamos que fazer uma apresentação na escola e ele mijou nas calças no meio de todo mundo e a mãe dele tratou ele com um bebezinho, dizendo que “tudo bem meu bebezinho” - ele diz rindo.

- Ai Meu Deus, filhinho de mamãe - rio junto.

- A mãe dele sempre foi assim super protetora, o defendia de tudo.

- Ele deve sentir falta dela - digo seria.

- Sente… Ela era incrível, muito talentosa - diz Jasper cabisbaixo.

O garçom entrega as comidas e bebidas.

- Obrigada - digo.

- Obrigado - diz Jasper.

O garçom se retira.

- Teve um dia que eu e Kaleb entramos na sala onde ela vivia desenhando. Tinha obras lindas, era uma baderna, tinha telas e tintas para todo lado, mas nos quadros e cadernos dela tinha artes lindas. Até que nós decidimos pintar também, mas aí eu quebrei sem querer um pincel de sua mãe… Kaleb ficou bravo e começou vir para cima de mim, como duas crianças brigando normal. Até que sua mãe chegou e nós separou e perguntou o que tinha acontecido. E Kaleb disse todo bravo “ele quebrou seu pincel, mamãe” e eu comecei a chorar pedindo desculpas e mostrando para ela o pincel quebrado.

- Vocês só aprontaram - digo rindo.

- Sim - ele ri - Mas aí a mãe dele não se importou com o pincel e pediu para que Kaleb pedisse desculpas e ele todo bravo pediu e a partir daí, ela passou a nós deixar pintar e nos ensinou.

- Ela devia ter sido incrível mesmo - digo terminando de comer - Por que não seguiu artes?

- Não era o que eu queria, eu acabei me apaixonando por música e acabei seguindo música.

- Entendo - digo.

- Mas sou grato a Catarina por ter me ajudado tanto e por ter sido meu primeiro passo ao meu sucesso. Eu vivia dizendo que seria músico de uma banda foda e então ela me apresentou para uns amigos músicos dela o que me ajudou muito - ele diz sorrindo de canto se emocionando.

- Ela era um amor de pessoal! Você está chorando, sinto muito esse assunto é delicado…

- Tudo bem - ele limpa as lágrimas - Depois que ela partiu, Kaleb não falava com ninguém, vivia preso em seu quarto, ele estava destruído. Não sei se ele visita ela. Kaleb desandou muito também.

- Imagino o quão difícil devia ter sido para ele e para você.

- Catarina era como uma mãe para mim…

- Vamos mudar de assunto, se não sou eu que vou começar a chorar - rio.

- Certo. Lembro agora que tinha uma menina que Kaleb gostava quando mais novo, ele nunca ia falar com ela, sempre ficava pelos cantos a observando e desenhando ela.

- Nossa, era tímido? - arregalo meus olhos.

- Vai ver que era só vergonha não sei, ele não fazia o tipo "tímido" - ele diz fazendo aspas com os dedos - Ele sempre foi cheio de amigos e garotas no seu pé. Não sei mas sobre essa garota, ela parece ter mudado de escola e nunca mais a vimos.

- Entendi, será que aconteceu algo?

- Não acho que não.

- Kaleb já teve namorada? - pergunto.

- Não, sempre foi de ficar com várias. Está interessada nele?

- Não - rio - até parece - debocho.

- Entendi.

- Me conta como conheceu Bella? - o encaro curiosa.

- Ah, eu conheci ela no club devido que eu já toquei lá e nesse mesmo dia conheci Bella, ela não parecia muito bem e era seu primeiro dia no clube. Ela estava chapada, então só a ajudei, ela acabou desabafando comigo e diferente de todas as outras ela não sabia de eu ter fama e nem dava em cima de mim. Eu fui eu mesmo com ela e ela não era interesseira. Depois disso passei frequentar mais vezes o clube e a gente passou a se falar mais no clube e ela foi legal comigo. Até que passei a gostar dela e uma noite nós beijamos e ela passou agir estranho comigo… - ele toma seu suco - …Talvez eu não devesse ter a beijado aquela noite e poderia hoje estar falando com ela normalmente e conquistado seu coração aos poucos.

- Que história, hein! Que coisa, não sei o que se passa na cabeça dessa garota - suspiro - Ela é muito bipolar! Não se culpe.

- Tudo bem - ele sorri - Eu a amo e farei de tudo para vê-la bem, colocaria minha mão no fogo por isso!

Que fofo!

- Isso é lindo, não desista, ela se paga de durona, mas não é tudo isso.

- Ta - sorri.

Terminamos de comer e chamamos o garçom para o pagamento.

Pagamos e nos retiramos do restaurante.

Foi bom conversar com ele.

- Então foi isso, tchau Emma - diz o mesmo acenando.

- Tchau, obrigada pelo almoço - digo.

- Magina - ele sorri.

- Ah lembrei que tenho trabalhos para Kaleb fazer a professora disse para mim entregar a ele. Seria muito incomodo eu pedir para você entregar para ele?

- Eu até entregaria, mas tenho estado muito ocupado, posso acabar esquecendo... Mas te passo o endereço dele, daí você entrega para o pai dele.

- Ta, certo.

Entrego meu celular a ele para que ele anotasse nas notas. E ele pega e anota.
Ele me entrega o celular.

- Muito obrigada! - digo.

- De nada, Tchau - ele diz acenando e sorrindo.

- Tchau - digo o vendo entrar em seu carro.

Sigo para onde está estacionado meu carro, abro a porta e entro.

Vou à casa de Kaleb e deixar os trabalhos lá, desse jeito assim que ele chegar já faz.

Chego no endereço que Jasper escreveu.

É uma casa enorme, preta, com vários vidros e um portão elétrico enorme.

Falou da minha casa, mas a dele é maior ainda. A minha é só o básico e fica em um condomínio.

Clico no interfone.

- Oi, quem é? - diz um homem de voz grossa.

- Oi, sou Emma uma colega da faculdade de Kaleb, vim entregar uns trabalhos - digo.

- Entre e espere na porta da casa - diz o homem.

O portão gigante abre e sigo para dentro, seguindo um caminho de pedras que dá pra a casa. Subo as escadas e bato na porta de madeira preta.

Vejo a porta abrir e um homem de cabelos pretos de barba feita e bem alto atende.

- Olá senhor - digo, estende minha mão para um comprimento.

- Olá - diz o mesmo cumprimentando - Prazer Richard Brown.

- Prazer Emma Rollins.

Entrego os trabalhos em sua mão.

- A senhorita é amiga do Kaleb?

- Só uma colega da faculdade, a professora me pediu para vir entregar esses trabalhos por ele ter faltado.

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Gostaram de conhecer um pouco do Kaleb de antes?

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𝐋𝐨𝐯𝐞, 𝐀𝐫𝐭, 𝐌𝐚𝐬𝐤 Onde histórias criam vida. Descubra agora