#Capítulo 17

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𝐄𝐌𝐌𝐀 𝐑𝐎𝐋𝐋𝐈𝐍𝐒

Olho ao redor e está tudo muito elegante.

Um garçom passa oferecendo doces e pego um e como.

Nas paredes da escada tem fotos. Vejo uma foto de Kaleb quando mais novo. Ele parecia ser tão bagunceiro. Seu pai sério na foto e ele fazendo umas caretas.

- Que fofo - digo para mim mesma.

- Quem é fofo, loirinha?

Pulo de susto e olho para o lado.

É o Kaleb.

- Você toma susto muito fácil - diz o mesmo.

- E você além de tomar o chá de sumidão, quando aparece chega do nada como quer que eu não me assuste?

- E quem é fofo? - diz o mesmo.

Ele simplesmente ignorou o que eu disse.

- Ninguém - digo.

- Você falou que fofo, então tá se referindo a algo ou alguém.

- Te interessa? Para de ser curioso.

- Você estava olhando essas fotos e disse que fofo, então se refere ao meu pai ou a mim que está nas fotos - ele me olha - presumo que meu pai não é, então sou eu? para um babaca passei a ser fofo? - ele sorri e passa sua mão em meu cabelo.

- Para de ser idiota, tô falando de uma criança, não sabia que era você, se soubesse não falaria isso.

- Ta, vou só fingir que acredito, porque teria foto de outra criança?

- Não enche, eu sei lá vai que você tem um irmão.

- Ta, e o que anda fazendo aqui? por a caso tava me procurando?

- Que? Não! Acha que o mundo gira em torno de você?

- O mundo não, mas você sim, loirinha.

Balaço a cabeça.

- Foi a Lalissa que me convidou.

- Entendo. Mania querer conhecer todos que conheço. E como foi conheceu seu sogro? - diz com sorriso de canto.

Tá querendo me provocar esse babaca.

- Que sogro? - arquei minhas sobrancelhas.

- Meu pai.

- Ele não é meu sogro nem a pau, mas ele parece ser uma boa pessoa.

- Ata.

Lalissa se aproxima com Richard.

- Oi Kaleb, que bom que veio - diz a mesma o cumprimentando com um abraço.

- Oi Lalissa - ele abraça.

- Como você está?

- Bem, você?

- Ah, que bom, estou ótima!

- Oi filho - diz Richard - Como foi lá?

- Oi pai - ele nem se quer o cumprimentou - Bem!

- Vamos nos retirar, mas fiquem a vontade, tá? - diz Lalissa sorrindo.

- Ta bom - ele sorri de volta.

E eles se retiram.

- Você é tão seco com seu pai - digo.

- Não se intromete, loirinha. Se estivesse no meu lugar entenderia - ele diz sério.

- Tá bom, não está mais aqui quem falou, ignorante. Tchau.

Me viro para sair.

Ele segura meu pulso, me impedindo de sair.

- Desculpa - ele diz ainda segurando meu pulso.

- Solta, não me deve desculpas! E ainda some do nada e quer vir de ladainha pro meu lado como se não tivesse acontecido nada?

- Te devo desculpas sim! Fui ignorante e ainda tudo aquilo que aconteceu aquela noite e sumi do nada, fez parecer que sou só um idiota que queria te usar. Mas não sou assim, Emma - diz o mesmo.

- Ata, e qual sua explicação para isso, babaca?

- Minha vó - ele para e suspira - ...ela está muito doente, fui rapidamente vê-la quando soube.

- Ah, eu sinto muito! - digo tocando em seu ombro como consolo - não precisa falar, se não quiser.

- Não tudo bem... vamos para um lugar mais calmo.

Sigo ele logo atrás, indo em direção que ele vai.

Chegamos em um lindo jardim, todas as flores bem cuidadas e belas, um chafariz iluminado em volta com luzes.

- Que lugar lindo! - digo, admirando cada detalhe deste lugar. A Lua brilha como nunca iluminando este lugar. O vento batendo em meu rosto, fazendo meu cabelo mexer.

- É lindo mesmo! - ele sorri - Mas sua beleza se destaca em todas elas.

Por que ele disse isso?

- Não é para tanto! - digo, desvio o olhar, sinto minhas bochechas queimarem.

- É sim! - ele sorri.

- Tá, obrigada.

- De nada - ele sorri e vai para um banco de madeira para dois que tem no jardim - Gostou do jardim?

Me sento ao seu lado no banco.

- Eu amei! - digo.

- Sabia que iria gostar. Então vamos para o que viemos conversar.

- Ah, sim.

- Minha mãe e minha avó fizeram muita parte da minha vida e depois que minha mãe partiu, minha vó cuidou de mim e me ajudou muito, mas eu devia a minha mãe. Então tive que vir morar com meu pai, ela sempre quis que eu pudesse estar junto com ele e tentasse ter uma relação boa...- ele suspira e continua - ...Então eu vim, mas tem sido complicado, eu não aceito o simples fato de ele nunca estar disposto a nada e minha mãe tinha que se virar sozinha! E agora ela morreu, ele não foi no seu enterro e ainda tá casada com outra. Tipo ele não se importou com a morte dela? - ele me olha com um olhar triste - E agora minha vó está muito doente e ela é a única pessoa que tenho. Sou o azar próprio, todos que amo morrem agora?

- Talvez seu pai tenha seus motivos para não ir ao enterro, vai ver que era difícil para ele e ele uma hora ou outra tinha que seguir sua vida. Ele não tinha que simplesmente ficar sofrendo e não seguir a vida, você devia conversar com ele e resolver isso. E você não está sozinho, estou com você! E vou estar torcendo para que sua vó melhore logo, adoraria conhecê-la.

Ele me olha e vejo lágrimas saírem de seus olhos que só emitem uma escuridão de tristeza e ódio.

- Não deixe-se abalar, sei que é difícil. Meu passado não foi nada legal, bem problemático, então somos dois azarados, estamos juntos nessa - dou um empurrãozinho no seu ombro com meu ombro.

- É - ele ri, mesmo com seus olhos vermelhos e com lágrimas.

- É desse sorriso que eu gosto!

- Você me impressiona cada vez mais, Rollins.

- E você revela e deixa de ser misterioso cada vez mais.

- Então isso é bom, está me conhecendo. Você sabe de mais Rollins, se eu fosse você tomava cuidado - ele diz com sarcasmo.

- Aah que medo! - digo.

Olhamos as estrelas por um tempo e lembro daquela noite, preciso perguntar o que aconteceu.

- Afinal de contas, o que aconteceu naquela noite? - digo olhando para o mesmo.

⊱⋅ ─────────── ❴ • ✿ • ❵ ─────────── ⋅⊰

Então né, Emma...

𝑻𝑶 𝑩𝑬 𝑪𝑶𝑵𝑻𝑰𝑵𝑼𝑬𝑫...
𝑶𝒃𝒓𝒊𝒈𝒂𝒅𝒂 𝒑𝒐𝒓 𝒍𝒆𝒓❤️
𝑵𝒂̃𝒐 𝒆𝒔𝒒𝒖𝒆𝒄̧𝒂 𝒅𝒆 𝒅𝒂𝒓 ★ 𝒗𝒂𝒊 𝒎𝒆 𝒂𝒋𝒖𝒅𝒂𝒓 𝒎𝒖𝒊𝒕𝒐!!

𝐋𝐨𝐯𝐞, 𝐀𝐫𝐭, 𝐌𝐚𝐬𝐤 Onde histórias criam vida. Descubra agora