No extremo oriente

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No dia seguinte, Eric desembarca em Tóquio e fica admirado com a paisagem urbana que se desenrola diante de seus olhos. Os arranha-céus imponentes e a agitação da cidade contrastam vivamente com o ambiente do Santuário. Ele absorve a atmosfera exótica e a riqueza cultural do Japão, maravilhando-se com a fusão de tradição e modernidade que Tóquio oferece. É uma experiência totalmente nova para o jovem cavaleiro, imerso em um mundo distante do seu lar grego.

Ele passeia pelas movimentadas ruas de Tóquio, maravilhado com a fusão de tradição e modernidade. Seus olhos capturam os contrastes da arquitetura, desde templos antigos até reluzentes arranha-céus. Ele se deixa envolver pelo zumbido da cidade, pelos aromas tentadores das barracas de comida de rua.

No entanto, seus pensamentos o alertam para não se perder no encanto da cultura japonesa. "Foco, Erictônio", ele murmura consigo mesmo, decidindo retomar a missão. O desafio agora é como encontrar uma criança com o potencial para manipular a cosmo-energia.

Optando por uma abordagem mais prática, ele decide buscar assinaturas de cosmo-energia. Com a agilidade de um cavaleiro, ele salta até o topo de um prédio, isolando-se do bulício urbano para concentrar-se em detectar as pulsantes energias ao redor.

A cidade, pulsante de vida e movimento, revela-se diante dele. Arranha-céus se destacam, lojas iluminadas piscam como fireflies eletrônicas. O vento frio sopra, acariciando seu rosto, e Eric mergulha na busca pelas energias vitais dos seres ao seu redor.

De repente, em meio à vastidão de cosmos adormecidos, ele percebe uma presença poderosa, uma chama latente, aguardando para ser despertada. Seus pensamentos se agitam, consciente de que encontrou o recruta destinado a se tornar um cavaleiro.

A trilha de cosmo-energia leva Eric até um orfanato na cidade. Ao chegar, ele nota que algo parece fora do comum. As portas e janelas estão fechadas, as luzes apagadas, e um silêncio anormal paira no ar.

Intrigado, ele questiona se o orfanato encerrou suas atividades.

Os pensamentos de Eric ecoam em sua mente enquanto ele observa o aparente fechamento do orfanato "Levar uma criança? Não tenho idade nem pra dirigir, muito menos pra adotar...", murmura consigo mesmo. A incerteza sobre a situação do orfanato se intensifica, fazendo-o ponderar se seria mais sensato voltar no dia seguinte.

Contudo, sons abafados de gritos dentro do prédio rompem o silêncio da noite, despertando a preocupação do cavaleiro.
"Não posso ignorar isso. Preciso agir agora" - ressoa a voz interior de Pégaso, decisiva.

Em um impulso de coragem, Eric concentra sua cosmo-energia em um chute poderoso, destruindo a porta e revelando a escuridão que envolve o interior do orfanato.

Ele adentra o orfanato e se depara com uma cena aterradora: dois homens armados, submetralhadoras em punho, arrastam uma menina indefesa de oito ou nove anos. Outros capangas, ameaçando os funcionários e crianças, tentam impor o silêncio sobre a situação.

Os mercenários, ao notarem Eric, trocam olhares de desconfiança e, em tom ameaçador, um deles profere: "Você aí, moleque, deveria sumir daqui se sabe o que é melhor para você."

Eric, destemido, responde com um sorriso de deboche: "Armados até os dentes, hein? Espero que essas armas de brinquedo aí não estejam com defeito. Deixem a garota agora, ou vão se arrepender."

Um dos mercenários dispara a submetralhadora, mas o pégaso se move com agilidade surpreendente, esquivando-se de cada bala sem sequer sair do lugar. Com um único soco, ele emite uma onda de choque no ar que derruba o atirador ao chão. Os outros mercenários, alarmados, descarregam suas armas na direção de Eric, que se esquiva habilmente, avançando em direção a eles.

Saint Seiya: Blood WarsWhere stories live. Discover now