2.Tudo fica mais confuso em Manhattan

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-Capítulo anterior-



– Senhor. – disse Percy – onde está a Sra. Dodds e a sua assistente?

– Quem? – respondeu a ele com uma expressão vazia.

– Nossa professora de matemática que veio da Gerógia junto com uma assistente, Margareth. – digo estranhando aquela situação – que chegou nesse semestre.

Ele nos encarou por alguns segundos, parecendo verdadeiramente confuso.

– Garotos, não tem nenhuma Sra. Dodds em nossa escola. Nunca existiu alguém com esse nome. A professora de matemática se chama Sra. Kerr e ela veio da Inglaterra, não da Geógia. – disse ele preocupado.

Eu não sei o que tá acontecendo aqui e o porquê de todo agir como se ela não existisse. Olhei para o lado e vi Nancy ainda com o rosto completamente corada e tomando água, parecia que tinha percorrido uma maratona de tanto que ofegava.



-Capítulo atual-


-Artemus Pierce on-



Par ser sincero, estou achando que fiquei louco. Durante o passeio ao museu eu fora atacado por fúrias assim como Percy, inclusive que disfarçavam-se de professoras. Agora, ninguém nunca ouviu falar de uma Sra. Dodds, me sinto um louco em meio a todos os alunos e professores. Pelo menos Percy está ainda está comigo, ele se lembra da nossa professora chata de matemática e de sua assistente enjoada. Se estou mesmo perdendo a sanidade, ao menos ele iria para o hospital psiquiátrico junto comigo.

Eu sei que Grover também se lembra dela, seu olhar nervoso e olhos girando ao ser questionado o entregava. Sempre foi péssimo para mentir e guardar segredos. Durante todo o caminho de volta ele parecia inquieto – dessa vez sentei-me em outro assento – como se sua alma tivesse saído de seu corpo e voltado assim que sobrevivemos.

Falando em ambos os meus amigos, Grover havia sumido pelo colégio e Percy estava uns nervos com os exames finais. Já tinha alguns dias que ele tentava estudar para as provas desde que voltamos do passeio, sem sucesso. Eu entendo ele, demorei para me acostumar com a dislexia e ainda assim eu errava as vezes. Era bem incomum certo? Duas pessoas com dislexia e TDAH se encontrando e serem amigos, eu sempre ria quando pensava nesse fato.

– Cara eu não to conseguindo nem diferenciar dois nomes idiotas! – reclama Percy.

– Relaxa, ainda temos alguns dias. Eu posso te explicar a matéria. – digo sorrindo. Ele parecia aliviado, mas logo balançou a cabeça.

– Não posso depender tanto de você, preciso aprender sozinho também. – disse determinado, mas logo murchando vendo que tinha mais 10 páginas para ler sobre Latim. Eu apenas ri.

– Boa sorte então, eu vou na máquina comprar um chá gelado, quer algo? – ele me olhou por alguns segundos e apenas respondeu "Coca", eu assenti saindo.

Durante o caminho estava pensando no que aconteceu, a sensação de quase morte e o sentimento que aquela Katana me deu estão martelando na minha cabeça. Tanto que nem estudei para as provas – não que fosse um problema eu já sabia a matéria – mas mesmo assim não conseguia me sentir seguro em Latim. Assim como Percy era a matéria mais difícil para mim. Bem mais que estudar arquitetura em um livro de faculdade que comprei.

Aquele que Superou o OlimpoOnde histórias criam vida. Descubra agora