003 : kmj + hdg (deukae)

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TW: Angst, Sangue, Muito descritivo.



O objeto escorregou das mãos trêmulas, caindo no chão, que era inundado pelo líquido que lhe dava enjoos. As pernas trêmulas perderam o equilíbrio, ela deu alguns passos para trás antes de cair no chão; não demorou muito para que o líquido nojento sujasse suas botas e, eventualmente, sua calça. Seus olhos odiavam a visão com todas as forças, mas não conseguia parar de olhar para o rosto que, um dia, sorriu para si.


Se algum dia ela se perguntou como era o inferno, teve a sua resposta naquele momento. O estômago se revirava, a respiração não conseguia se regular e as mãos tremiam. Sua mente era uma bagunça, uma parte de si queria que tudo aquilo acabasse, e a outra, tinha medo de morrer, mas as duas carregavam dois sentimentos em comum: culpa e dor. Apesar disso, no fundo, sabia que havia feito a coisa certa, ou poderia ser pior, tanto pra ela, quanto pro seu amor.


Levantou-se, usando as mãos sujas para se apoiar nas paredes, já que suas pernas não queriam sustentá-la em pé. Não suportaria ficar mais um segundo ali, vendo o rosto esbelto sem vida do seu amor, e o sangue, que lhe faria desmaiar se lhe encarasse por mais tempo. Ao mesmo tempo, não conseguia sair, nem ao menos deu um último abraço nela, e agora era tarde demais.


Pouco se preocupou em pegar de volta qualquer coisa, apenas saiu dali o mais rápido que podia. Os olhos, acostumados com o escuro, vasculhou o seus arredores, simplesmente por costume, já que não se importava mais com a própria segurança; se importaria, se ainda a tivesse ao seu lado. Infelizmente, não era o caso.


Se permitiu chorar, enquanto usava o resto de sua força para sair do estabelecimento. Estar ali já lhe trazia memórias ruins, que nunca esqueceria, nunca se permitiria esquecer; ou superar. Na porta do local, suas pernas vacilaram mais uma vez, e então, ela caiu de joelhos, fazendo a sua calça, recentemente suja, também sujar o chão.


Tossia, não tinha mais lágrimas pra molhar seu rosto. Se sentia horrível; um monstro, sentia que nunca mais seria digna de ter alguém de novo, de ser amada, romanticamente ou não. Olhou pra cima, observando as estrelas com sua visão embaçada, sabendo que o céu escuro, ainda escuro, era enfeitado por mais uma estrela, dentre várias outras. Nunca se perdoaria por tal ato, nesse ponto, se sentia desumana.


Não se preocupava com mais nada além de apenas chorar, em descontar sua tristeza inacabável através de lágrimas. Não se preocupava se o sol não voltaria aquela manhã, assim como as outras, ou se avistaria uma luz, que lhe cegaria ou lhe fizesse louca, assim como ela. Ela só se importava com o seu amor, que agora estava morto, e que levou uma parte de si junto. 


Kim Minji perdeu o seu único raio de sol em meio a escuridão imensa, Han Dong, e consigo, a chinesa levou a sanidade da que lhe amou, e que lhe amará por toda a eternidade, independente do que aconteça.

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