Dragões?

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O outro dia começou com milhares de botons a favor de Cedrico e xingando o Potter.

Não que eu gostasse do garoto, mas não tinha nada contra ele, e não achava que era necessário aquilo já que eu desconfiava fortemente que não fora ele quem colocou o nome dele lá.

Minhas primeiras aulas foram monótonas, assim como o almoço. Estava começando a me irritar com Draco falando o dia todo sobre Potter.

Fomos para os jardins e eu suspirei quando me deitei sob a grama sentindo a luz do sol na minha pele.

Fiqui lá de olhos fechados por algum tempo até voltar a conversar com o grupo novamente, dessa vez entrando no assunto do próximo treino de quadribol com Blasio, Draco e Nott.

- Hella, será que podemos conversar? Ced aparece e eu apenas estico meus braços para que ele me ajudasse a levantar.

- Depois terminamos o assunto. Eu viro para os garotos e Blasio mostra a língua pra mim, provavelmente por tê-los trocado.

- Vai arrumar problema com os grifinorios que continuar a rouba-la assim. Blasio diz me fazendo corar por saber justamente de quem ele falava.

- Por mais que isso te deixasse feliz, eu espero não ter problemas com aqueles brutamontes. Cedrico repete o que ele disse noite passada, fazendo Blasio rir.

- Vamos logo, o que você queria? Eu digo puxando o braço dele para sair de perto deles antes que me constrangessem mais.

- Eu preciso de um favor, o Potter me falou sobre qual vai ser a primeira tarefa. São dragões. Ele diz me olhando e eu me viro para encara-lo.

- O que? Eu pergunto realmente embasbacada.

Ele começa a retirar o casaco e estende no chão apontando para que eu me sentasse e logo o faço.

- Um para cada participante. Eu não sei muito mais do que aprendemos nas aulas e não acho que seja suficiente para sobreviver a um. Ele diz me olhando e eu penso sobre.

- Certo, sabe qual pode ser? Eu pergunto com minha cabeça a mil.

- Não tenho certeza, mas acho que será um diferente para cada campeão. Ele diz. Me olhando novamente parecendo realmente nervoso.

- Okay, dragões são complicados mas não são impossíveis. Fique tranquilo sobre isso, o máximo que puder, eu posso te ensinar tudo que sei. Eu digo afagando suas costas enquanto ele concorda com a cabeça.

Passamos o restante da tarde até o entardecer ali e depois seguimos para a biblioteca onde eu mostrei em livros os dragões para ele.

Por minha mãe trabalhar com criaturas mágicas eu entendia consideravelmente sobre o assunto, ainda mais sobre dragões que eram criaturas imensamente interessantes e as favoritas do meu irmão, então tinha muito o que falar para ele.

Como fugir, como distrair, qual parte mais perigosa, qual espécie mais perigosa. Tudo que eu podia citar eu falava para ele, tentando o máximo fazer ele captar as informações. Eu só sabia disso pois mamãe fez questão de que eu decorasse tudo antes de poder ajudar ela, afinal seria péssimo se um dos dragões se soltasse enquanto manejavamos eles e eu não soubesse qual parte mais eu devia ficar mais atenta.

Lembrava da minha mãe falando conosco e me sentia feliz em me parecer com ela, já que eu a admirava muito.

Quando já estava noite, no horário do jantar eu dispensei Cedrico para que ele pudesse jantar e se preparar melhor para o próximo dia, assim como eu que segui direto para minha comunal.

A primeira coisa que fiz ao entrar no quarto fora ir me banhar, aproveitei para lavar meu cabelos e só então saí com o pijama a fim de me deitar.

Porém ao sair do banheiro, o cheiro de comida que estava no quarto me atingiu em cheio fazendo meu estômago roncar.

- Achei mesmo que pudesse estar com fome. Ouço a voz de George e me assusto ao ver ele sentado na poltrona que tinha no quarto.

- Por Merlin George. Eu digo com a mão sobre o peito o sentindo acelerado. - Como entrou aqui? Eu pergunto me referindo não só ao quarto mas também a comunal, já que ele era um grifinoro.

- Blasio me trouxe. Ele diz simples e eu ergo uma sobrancelha, estranhando. - Depois que eu passei todo o jantar pedindo para ele que o fizesse. Ele conclui e eu rio.

- Agora faz mais sentido. Eu digo e me aproximo dele o abraçando.

Por ele estar sentado eu abraço quase só sua cabeça que dica contra meu peito, e ele abraça fortemente minha cintura.

- Te procurei a tarde toda. Ele diz baixinho, parecendo envergonhado.

- Desculpa, Ced me pediu ajuda para estudar sobre a possível tarefa do torneio. Eu nem vi a hora passar, já que o assunto é algo que gosto. Eu digo sendo sincera e ele sorri para mim.

- Posso fazer uma pergunta? Ele diz e seu rosto cora.

Eu franzo as sobrancelhas mas concordo com a cabeça.

- Por favor não fique brava comigo, mas você tem vergonha de mim? Ele pede com cara de cachorrinho que caiu da mudança, meu rosto se franze mais e eu dou dois passos para trás antes que ele pegue meu braço e me puxe novamente para perto.

- De onde você tirou isso? Eu pergunto seria, querendo uma resposta dele.

- A gente não tem muito contato na frente das outras pessoas, só nos encontramos a noite. Angelina me viu procurando você o dia todo e colocou em minha cabeça que você talvez pudesse ter vergonha de mim. Ele diz corado baixando a cabeça.

Meu sangue ferve e eu tenho vontade de ir até a grifinoria socar a cara da garota.

- Eu não tenho vergonha de você George, espero que fique ciente disso. Se quiser se aproximar de mim pode fazer isso em qualquer horário e com quem eu tiver. E eu só não o faço por que sempre tem garotas ao redor de vocês e por que sempre que piso na mesa da grifinoria me olham como se fosse conjurar a marca da maldição sobre eles. Ru digo seria o olhando e ele parece ainda mais cabisbaixo.

- Sinto muito. Ele diz subindo o braço e me puxando para sentar em seu colo.

- Georgie, eu gosto de você. De forma alguma teria vergonha, independente do que você possa pensar. Você é bem inseguro pra alguém tão corajoso. Eu digo fazendo carinho em seu rosto.

Ele fica me olhando por alguns segundos em silêncio, mas logo me abraça mais forte.

- E você é bem compreensiva pra uma cobrinha. Ele fala com um sorriso de canto e eu logo bagunço seus cabelos.

- Quieto, Wesley. Ele sorri mais de canto e me arrepia.

O efeito que George tinha sobre mim era até estranho.

Slytherin Girl - George WeasleyOnde histórias criam vida. Descubra agora