— Por que você está aqui? Estou perguntando.— Eu preciso ganhar dinheiro. — Respondo.
— Então, se eu oferecer um pagamento, você vai embora? — pergunta ele.
— Por quê? Você vai pagar para me expulsar? — Questiono, levantando uma sobrancelha.
— Se eu pudesse. — Ele afirma com um tom resignado.
Você quer se gabar da sua riqueza? Agradeço pela oferta, mas não estaria aqui se isso fosse uma solução viável para mim.
— Mesmo que você me expulse, outra empregada vai chegar e ficar aqui no meu lugar. — Falo, encolhendo os ombros.
— Eu também a expulsarei.
— Então, outra virá, de novo. — Movimento a vassoura, perdida em pensamentos.
— Você gosta desta mansão? — Seth pergunta, seus olhos fixos no teto.
— Bem, eu ainda não parei para pensar sobre isso.
— Então pense. Não é o lugar certo para se alimentar de ilusões. — Penso por um momento, mas então dou de ombros. Eu sei que aqui não há lugar para mim.
— De onde você é? — Pergunta, curioso.
— Sou de Hell's Heaven.
— Se é Hell's Heaven... você está bastante longe de casa.
— Não é tão longe. É só subir a montanha ao norte. — Respondo, desviando o olhar para não revelar a inquietação.
Houve momentos em que fui além disso por causa das tarefas impostas por meu pai. Depois de dias caminhando, minhas panturrilhas ficavam inchadas e a dor tornava difícil continuar. Mesmo quando eu estava doente e queria descansar, meu pai e Alicia não me permitiam descansar, pois eu era a única que sabia realizar as tarefas domésticas. Assim, eu encontrava um certo alívio ao estar longe de casa.
— A primeira vez que subi a montanha foi mágica, como se eu estivesse embarcando em uma aventura, semelhante àquelas descritas em contos de fadas.
— Parece um sonho. — Seth responde, esboçando um sorriso vazio, quase desiludido.
— Exatamente. Uma aventura tão linda é algo que só se encontra em histórias. Mas foi uma experiência marcante. Quando eu era mais nova, trabalhei por um tempo em uma livraria antiga da cidade. O dono, um velho gentil, me deixava ler muitos contos de fadas, o que eu apreciava profundamente.
— Parece que ele alimentou os sonhos de uma criança. — Ele responde, com um toque de melancolia na voz.
— Talvez. — Concluo. Mas eu sempre amei livros.
À medida que crescia, meu apreço por contos de fadas se dissipou, dando lugar a um gosto por histórias mais complexas, fantasiosas e intrigantes. Cada livro oferecia uma visão de um mundo desconhecido, um universo que eu nunca havia imaginado. Não importava se a narrativa era verdadeira ou inventada; a imaginação desses mundos era minha única fuga, minha única alegria e conforto, embora ninguém parecesse entender isso.
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SOCIETY OF PSYCHOS (EM REVISÃO)
Fanfic⚠️ ESTE LIVRO É UM DARK ROMANCE DE ÉPOCA ⚠️ Confinado em um anexo sombrio, um mestre cego, arrasado por traumas do passado, se recusa a viver. Debilitado e amargurado, ele rejeita a ideia de se alimentar, trocar suas roupas ou permitir que alguém se...