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Bru💗
8 meses depois

Nesses 8 meses posso confirmar que aconteceram muitas coisas.

Anna fez 3 anos e está falante, meu avô finalmente arrumou alguém que faça ele feliz e meu pai também está com a mesma moça daquele dia da ligação.

Lucas e Yas vão ser papais e eu madrinha, estamos super felizes.

E o Hugo? Bom, nos primeiros meses ele não deu muitas expectativas, mas começou a reagir aos remédios e o local dos tiros está quase 100%

Todos os dias eu vou lá visitar ele e sempre conto tudo que acontece, tanto no morro, quanto em casa mesmo.

Inclusive, que a Lua começou a me chamar de mamãe e aprendeu a falar papai.

Ainda não me acostumei muito, porque tenho medo da reação dele.

Esses dias ele apertou minha mão, depois que eu falei que deram em cima de mim, ciúmes? Talvez.

E eu? Eu estou bem, vivendo minha vida de um jeito que nunca imaginei e com um pressentimento muito bom nesses últimos dias.

Minha chefe entendeu super meu lado e me deixou ficar um tempo longe, até tudo se ajeitar.

Não fiquei com ninguém, até porque, não me enche os olhos e eu também quase não tenho tempo.

Outra coisa importante também é que eu acho que tô gostando do Hugo, o que é meio estranho, já que ele tá acamado, mas enfim.

Yas- Meu Deus, tô isso aqui pra surtar com o Lucas- falou entrando na minha casa e fez um gesto com a mão e eu ri- vontade de bater nele até cansar.

Bru- O que ele fez dessa vez?- olhei pra Lua que brincava no chão da sala.

Yas- O que ele não fez né, amiga- sentou do meu lado e colocou os pés em cima de mim, folgada- porra, tem dias que tô pedindo ele pra comprar sabonete e shampoo lá pra casa e nem isso ele faz, uma coisa simples véi.

Bru- Poxa amiga, não é querendo defender, nem nada disso, mas ele tá de frente no morro e você sabe que não é fácil, imagina você lá?- ela parecia pensar- e tipo, se ele não fez ainda, é porque tá muito ocupado e você também pode muito bem ir ali no mercadinho e comprar.

Ela ficou calada por uns minutos e os olhos encheram de lágrimas. Hormônios a flor da pele.

Yas- Porra, eu nem pensei nisso- limpou as lágrimas- a gente não tem tempo pra nada mais amiga, quando a gente tenta ter um dia comum, acontece alguma coisa que ele precisa sair pra resolver.

Bru- Isso faz parte, essa vida que eles levam sempre vai ter alguma coisa pra atrapalhar- ela me olhou- essa é a nossa realidade.

Ficamos conversando e tendo um dia das meninas e lá pra umas 16:00 ela foi embora e levou a Lua e eu fui me ajeitar pra descer no postinho.

Tava descendo o morro e vi meu avô e a mulher dele que quando me viu abriu um sorrisão. Não posso reclamar de nada dela, ela é doidinha pela Lua e ama ficar comigo batendo papo e eu também.

Meu talismãOnde histórias criam vida. Descubra agora