Capítulo 2: Um resgate implacável

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No dia escuro seguinte, Dean se encontrava deitado olhando o teto novamente já que dormia sempre cerca de trinta minutos todas as noites e não conseguia dormir mais. Quando se levantou, notou que a casa estava silenciosa, então apenas se vestiu e analisou sua espada na parede e foi quando a paz foi quebrada quando a porta de seu quarto se abriu.

- Salút, Dean! - disse Hecaya.

- O que você quer?

- O papai mandou vir te chamar para almoçar.

Ela entrou no quarto e fechou a porta atrás de si. Hecaya era a mais velha da irmãs, com dezoito anos e Milena com quinze.

- Você sabe muito bem que eu não como a mesa com vocês - lançou um olhar frio.

- Bem... Na verdade era mentira, eu só queria falar com você.

Dean permaneceu em silêncio até que ela se sentou na cama ao seu lado.

- Ei, você pode guardar um segredo?

- Porque está pedindo pra mim?

- Por favor! Eu não posso contar isso a minha mãe!

Na cabeça dele começou surgir vários pensamentos sobre os tais "problemas femininos".

- Acho que não posso ajudar com isso.

- Você nem sabe o que é, me deixe explicar.

- Está bem, o que aconteceu dessa vez?

Ela se levantou e ergueu a manga de sua blusa até o ombro onde havia uma cicatriz no formato de um cristal de gelo.

- Não me diga que...

- É, isso apareceu a dois dias e eu não sei o que fazer... Se a mamãe souber ela vai me entregar aos clérigos e eu vou ter que viver na igreja e nunca poderei me casar... - ela começou ter uma crise e andar no quarto inteiro enquanto falava e podia ver a ponta de seus dedos ficar esbranquiçadas.

- Se acalme!

- O que eu vou fazer Dean?

- Só se acalme por enquanto, vai ficar tudo bem se você se controlar.

- Mas eu não sei... - as lágrimas começaram escorrer de seus olhos.

- Olha, controle seus sentimentos para que não perca o controle e vai ficar tudo bem é só você ficar calma.

Ela enxugou os olhos e respirou fundo algumas vezes.

- Relaxa, aconselho você usar luvas até se acostumar.

- Obrigada, Dean - logo que se recuperou resolveu sair do quarto antes de alguém os ver.

Agora Dean tinha mais uma coisa para se preocupar. Pensou em contar a ela sobre a sua marca, mas não era uma boa ideia, pelo menos não por enquanto e pensou que seria uma boa ideia deitar na neve para esfriar a cabeça.

(...)

Dean cruzou as ruas cheias de neve da cidade e andou até seus limites quando chegou a beira de um lago inteiramente congelado onde costumava caminhar sempre que estava estressado. Já era possível ver o céu ficando mais claro, logo que o sol saísse era considerado um novo recomeço e seriam mais seis meses de luz.

Logo a voz de Dylan surgiu atrás de si.

- Hallo, Jen!

Ele apenas se virou com um olhar mortal a ele e se quer ousou responder.

- Nossa como você é bem mais mal educado fora do seu serviço - debochou.

- Stör mich nicht - se virou novamente.

Reino dos Céus - Solís Aureum Onde histórias criam vida. Descubra agora