Capítulo IV

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A música estava baixa e abafada para os dois que estavam no jardim, mas aquilo não parecia importar tanto

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A música estava baixa e abafada para os dois que estavam no jardim, mas aquilo não parecia importar tanto. O marquês sentiu a mão firme do príncipe em sua cintura, o guiando com passos lentos e calmos, diferente do coração do mais novo, que parecia mais alto que a própria música para o Han por causa do seu nervosismo aparente. O cheiro suave das flores se misturava com o cheiro natural do príncipe, um cheiro adocicado, simples e leve.

— Fazia muito tempo que eu não o via. — Jisung murmurou, dando um aperto fraco no ombro do mais velho. — Senti saudades de ti.

A última vez que se viram foi em uma estadia de Jisung no castelo de Ziya há alguns meses, após o retorno do Han à sua própria residência não tiveram oportunidade de se verem novamente, comunicando-se por cartas que demoravam dias para finalmente chegar em seu destino. E durante todo esse tempo, o marquês guardou dentro de si uma enorme confusão, a sua estadia em Ziya lhe deu coragem o suficiente para entregar seus sentimentos ao príncipe, mas não tinha certeza sobre os sentimentos de Hyunjin. Mesmo após declarar-se para o Hwang, não recebeu algo definitivo do príncipe, a falta de resposta o deixou pensativo durante todo esse tempo e agora, em seus braços naquela dança lenta, Jisung sentia seu interior mais tranquilo em relação aquilo. Até porque ele deixou-se levar pela condução do príncipe e a proximidade o deixava inquieto o suficiente para não pensar em outras coisas.

Ao invés de dizer algo naquele momento, Hyunjin sorriu e só foi possível ver aquele gesto naquela escuridão por estarem tão próximos. O Hwang deu alguns passos à frente, obrigando o marquês confuso a recuar mais para o breu no jardim. Se sentindo protegido o suficiente ali, Hyunjin segurou o queixo do Han delicadamente, erguendo um pouco rosto do mais novo e tomando seus lábios para si, em um beijo profundo e necessitado. Desde que Jisung contou seus sentimentos para o Hwang havia sido daquela forma, Hyunjin não correspondia suas juras para o Han, mas o tomava para si, e tão rápido quanto tomava, ia embora.

Mas o pobre coração apaixonado do marquês, mesmo que não conformado com aquilo, acabava por se entregar ao príncipe.

A mão do mais novo subiu para o pescoço do Hwang, tentando fazê-lo ficar ainda mais próximo de si. Sentiu o contato da pedra gelada em suas costas quando o Hwang o fez ir contra um dos suportes do gazebo, a ventania fria também não parecia um incômodo para o momento. O som da orquestra foi substituído por respirações pesadas e desreguladas que vinham dos dois.

O corpo do príncipe se afastou, interrompendo o ósculo e deixando o marquês confuso pela ação repentina.

— É melhor voltarmos, não será educado ficar fora do salão por muito tempo. — Disse, soltando seus apertos do mais novo.

Han o observou com pesar se afastar com velocidade, logo no caminho de volta para o castelo. Desde que começaram aquilo em Ziya era daquela forma e todas as vezes, quando Jisung finalmente sentia-se feliz por estar nos braços do seu amado a separação acontecia, o deixando com o sentimento de estar sendo usado e abandonado por alguém que sequer olhava em seu rosto após separar-se.

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