Não é uma escolha

31 4 0
                                    

Narradora Pov

Triz: tem certeza que quer ficar? A gente pode ir embora

Luana: não, eu já passei muito tempo evitando

Triz: mas não compensa ficar aqui desse jeito

Luana: eu presciso lidar com isso

Triz: desse jeito? Você não ta conseguindo nem ficar só

Luana: quer ir embora? Então vai, eu disse que não prescisa vir

Luana: eu tô tentando lidar com tudo isso, se você não quer ver, então vai, volta pra São Paulo, eu me viro sozinha

Triz: então é assim que você vai me tratar?

Luana: não escultou?

Triz: você tá mal - desvia o olhar

Luana: mas eu ainda sei pensar!

Luana: eu tô falando sério, lá no banheiro você me apertou mais que o normal

Triz: porque eu tava preocupada Luana!

Luana: então não fica

Beatriz sai pela porta, Luana fica só no quarto sentada na berada da cama. O resto da tarde passa e Luana conta tudo em uma chamada de vídeo com Guaxinim, ele disse que se ela tiver voltado pra São Paulo ele estaria aqui amanhã.

Ela comeu dois piscoitos e depois se deitou, ficou rolando na cama por muito tempo até que pegou no sono.

A dia amanheceu, Luana não dormiu muito essa noite, mas chegou a hora da falar com a sua mãe. A campainha toca duas vezes, ela respira, deixa o celular em cima da mesa e vai até a porta, destranca e puxa.

Guaxinim: oiii

Luana: oii - se abraçam

Guaxinim: você quer ir agora?

Luana: vamos

Luana Pov

Nós saímos, pedimos um Uber direto para casa da minha mãe, mandei uma mensagem pra Izabel falando que estava indo pra lá.

Quando chegamos vou direto pra o quarto onde está Sofia, já que pelo visto estão todos na cozinha.

Luana: oii, o Rafa pode entrar?

Sofia: claro, ele tá aqui?

Guaxinim: oiii Sofia

Sofia: oiii Rafa, quanto tempo

Guaxinim: muito

Sofia: esse é o Henrique

Guaxinim: oii, prazer

Henrique: oii - apertam as mãos

Vejo que meu celular vibra e olho a notificação do Guaxi "eu cunhado é um gostoso", antes que eu possa espressar alguma coisa a porta abre.

Izabel: oi Lua - me abraça

Izabel: a Vitória e a Verônica estão vindo aqui colocar as meninas pra dormir

Não deu 5 minutos e elas entram pela porta, minha mãe me olha, depois que deita a Sara vem onde nós.

Vitória: oi Rafael - se abraçam

Minha mãe sei do quarto e eu vou atrás dela, entra no quarto e fecha a porta, senta na cama e eu na frente dela.

Vitória: acho que eu presciso de explicações

Luana: o que você quer saber?

Vitória: dês de quando?

Luana: acho que eu tinha uns 12 anos - ela coloca a mão na testa

Vitória: porque?

Luana: eu não sei, não tem como mudar

Vitória: eu sabia, devia ter te levado mais pra igreja naquele tempo. Agora eu não posso mais fazer nada

Vitória: onde eu errei? Porque você fez uma coisa dessa? Ainda fala na frente de todo mundo

Luana: eu já falei! Não tem como mudar, eu já nasci assim. Você quer que eu esconda quem eu sou?

Luana: as meninas já sabiam disso a muito tempo, na verdade foram as únicas pessoas que eu tive coragem de contar, já que eu sabia como você ia reagir

Vitória: porque eu sou sua mãe Luana

Vitoria: e aquela menina que veio com você?

Luana: isso não vem ao caso. Estou te falando isso porque eu quero e não porque você tem que saber, aí você faz sua escolha, aceita ou não

Vitoria: o que seu pai disse?

Luana: ele tá de boa, falou comigo ontem e disse que me amava - minha mãe revira os olhos

Vitoria: eu não vou brigar, já que você já é maior de idade e se cuida, não vou impedir seus escolhas

Luana: isso não é uma escolha

Vitoria: tanto faz, agora eu tenho coisa pra fazer - fala saindo

Sabor de cereja - Triz Pariz Onde histórias criam vida. Descubra agora