Neve,Nevasca!

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Acordei naquele frio, e minha mania de estralar meu corpo depois de acordar.. mas lembrei que não tinha como, já que estava paraplégica chamei então a pessoa mas próxima do andar de cima:
-Pai? Alison?
Então meu pai abriu a porta, me pegou no colo e me colocou na cadeira de rodas, desceu comigo as escadas e me dirigiu até a mesa da cozinha, sentou-se na cadeira e olhou para mim e Alison e disse:
-Olívia.. não dá mas pra mim cuidar de vocês nesse estado.. Preciso deixa-las na avó de vocês...sinto muito não sabia que séria tão difícil sem sua mãe
Olhei para ele e peguei em sua mão e respondi:
-Pai..vai ficar tudo bem aposto que a vovó irá cuidar bem da Alis..gente, eu sei que é difícil e vamos nós virar okay?
Ele balançou a cabeça e continuou a tomar seu café, minutos depois de tomar o café me retirei da cadeira de rodas e me dirigi até a entrada de casa, peguei o casaco e abri a porta de entrada fui para varanda e apoiei na pilastra que havia perto dali, sentei no banco e fiquei admirando a rua.. Fechei meus olhos e comecei a chorar pensando novamente no acidente, um momento me toquei e parei de chorar..abri os olhos e limpei as lágrimas, naquele instante eu precisava ter fé que iria está tudo bem.Voltei a admirar a rua, foi quando Jackson chegou na varanda e se sentou ao meu lado e perguntou:
-O que você admira tanto ai mocinha?
Dei uma risada e respondi:
-As crianças.. Brincando, correndo..uma coisa que acho que nunca mas irei fazer Jack.
Ele olhou para mim e pegou na minha mão e disse:
-Oli.. Você precisa ter fé que irá ficar tudo bem e você um dia irá voltar a andar..tudo tem seu momento difícil ou bom e no final acaba se tornando uma lição de vida ou algo importante.
Balancei a cabeça e a encostei em deu ombro e perguntei:
-Jack..promete que irá ficar tudo bem?
Ele sorriu e respondeu:
-Prometo Oli..sempre!.
Então o abracei muito forte e pedi então:
-Me ajuda a entrar?
Ele balançou a cabeça e me pegou pelo braço e o apoiou em seu ombro, me colocou na cadeira e abriu a porta me empurrei para dentro e acenei para Jackson e fechei a porta, me dirigi até a sala e encostei minha mão em meu pai e disse:
-Pai me ajuda a subir para o quarto?
Ele se levantou do sofá e me pegou pelo colo e me levou até o quarto, colocou-me sentada na cama e trouxe a cadeira de rodas e disse:
-Bom..arrume suas coisas acho que o dia irá ser longo amanhã.
Balancei a cabeça e ele beijou minha testa e se retirou do quarto fechando-lhe a porta, apoiei no meu guarda-roupa e consegui abri-lo pegando a mala mas próxima e fácil de pegar, apoiei ela na cama e a abri suspirei, e voltei para o guarda-roupa peguei várias roupas que iria usar na casa da minha avó.. Sempre que ia para a casa dela, ela me vestia que nem uma princesa adorava colocar laços e vestidos em mim..mas depois que a Alison veio as coisas mudaram..e claro que odiava usar vestidos.Fechei a mala e a guardei ela no canto, Fechei o guarda-roupa e sentei na cama me apoiando nela..bufei a mim mesma e me joguei na cama e falei:
-Aí que saudade das minhas pernas!
Levantei novamente e peguei um livro que estava jogado em minha cama e vi que era aquele que o diretor havia me dado..mas espera eu não havia jogado no lixo? Peguei e olhei estranho para ele e comecei a ler..o começo não era tão ruim assim foi quando meu pai entrou no quarto com a bandeja do almoço e colocou sobre meu colo, Fechei o livro e falei:
-Ah obrigada pai, hã.. Já é hora do almoço?
Ele deu uma risada e respondeu:
-Sim querida, que bicho te mordeu?
E riu sozinho depois de sair do quarto, achei meio estranho a hora ter passado e eu nem ter percebido,comi meu almoço sem deixar um grão de arroz e coloquei a bandeja encima do móvel perto da minha cama, voltei a ler o livro e minutos depois Alison entrou no meu quarto e começou a gritar e brincar com seu pequeno ursinho "Bob":
-CUIDADO BOB, CHEGAMOS NO INFERNO!
Olhei para ela e disse:
-Alison! Saia daqui já.. É particular!
Eu queria usar minhas pernas agora e naquele exato momento, então ela começou a rir e respondeu:
-Pelo menos eu to brincando e correndo Olívia!
Sim aquilo havia me ofendido.
No dia seguinte, estava muito frio e praticamente estava nevando acordei naquela névoa e naquele frio e como não estou acostumada, me levantei da cama com tudo e acabei caindo no chão foi quando comecei a chorar e lembrar o que Alison disse..Papai entrou no quarto e me encontrou chorando e viu que estava no chão, correu para me levantar e me colocar na cadeira de rodas e foi isso que ele fez, e perguntou:
-Querida..por que está chorando?
Limpei minhas lágrimas e respondi:
-Pai..não negue mas tudo isso foi culpa minha.. Se eu não fosse tão rude isso não teria acontecido.. Eu não estaria nessa porcaria de cadeira de rodas e a mamãe estaria com a gente.. Eu odiei vocês.. Só quero que isso acabe e voltei ao normal.
Ele chorou junto comigo e me abraçou e disse:
-Filha isso não é culpa sua, mas você está viva pense nisso.. Sua mãe está se recuperando fique calma e tenha fé está bem..vamos se troque que irei descer as malas e já venho descer você!
Balancei a cabeça e ele saiu do quarto, me apoiei na parede e abri novamente o guarda-roupa peguei uma calça bem quentinha, meu cachicol e uma blusa de manga comprida vesti a roupa e calcei a bota.. Fiz uma trança em meu cabelo e me dirigi ao banheiro, escovei os dentes direito com aquela pia alta e meu reflexo só a cabeça.Empurrei a cadeira de rodas para o quarto novamente e chamei meu pai:
-Pai!
Ele correu rapidamente e me pegou no colo e desceu comigo pela escada, levando junto a cadeira de rodas me colocou sentada novamente e me empurrou para fora, estava nevando foi quando Jackson se aproximou e perguntou:
-Oli..pra onde você vai?
Olhei para ele e respondi:
-Hã..vou pra casa da minha velha reclamona..não te falei ontem Jack?
Ele balançou a cabeça em sinal de não e me ajudou à me colocar no carro, coloquei o sinto e ele fechou a porta e finalmente papai entrou, abri o vidro e acenei para Jackson e pegamos a estrada.
Era a mesma estrada da onde eu sofri o acidente, me dava agonia só de olhar, Alison ficava chutando meu banco e como eu não estava aguentado gritei:
-DÁ PRA PARAR DE CHUTAR?
Papai se assustou com o grito, e começou a rir..não havia entendido a graça então Alison finalmente parou de chutar.Faltando 3 horas para chegar à casa da velha reclamona, a neve estava aumentando cada vez mas, olhei para a janela e adormeci naquele instante..quando acordei papai estava dirigindo já para a casa da velhota estávamos perto, eu dormi tanto assim?.Chegando na casa da velha, ela estava esperando nós em frente à casa, papai estacionou à frente e desceu do carro, abriu a porta de Alison e ela saiu correndo para abraçar a velha, papai pegou a cadeira de rodas no porta-mala e a estendeu, abriu a minha porta e me pegou e colocou na cadeira, empurrou-me até minha velha e ela comprimentou:
-Otivia.. Que aconteceu com você minha cara?
Lá estava ela, falando meu nome errado e eu a comprimentei de volta mas com um pouco de grosseria:
-Olá velh..vovó e é Olívia.. Bom a senhora já deve ter se atualizado que eu sofri um acidente certo?
Ela riu e respondeu:
-Haha, muito engraçada..vamos entrar!
Papai empurrou-me para dentro e deixou-me na sala e dirigiu até a velha para dar instruções, olhei para a sala parecia as mesmas coisas velhas que estavam de enfeite.Alison chegou correndo e derrubou o vaso azul, tentei pega-lo mas era cedo demais.. A velha correu para a sala e viu seu vaso quebrado e falou:
-Aí meu Deus...meu vaso denovo né Ortiguia?
Olhei para Alison com uma cara de raiva e respondi para a velha:
-Eu não fiz nada, foi Alison que correu e derrubou!
Ela nem deu ouvidos e disse:
-Não coloque a culpa na sua irmã.. Até sem pernas você consegue estragar, limpe essa bagunça agora.
Me senti magoada, quando ela disse aquilo e deu uma raiva em mim quando ela me tratou como sua empregada e ainda sem pernas então ignorei o que ela disse e todos saíram da sala, peguei a vassoura que havia perto e tentei varrer aquela bagunça e pensei:
Começou o inferno!.

Minha Droga de Vida Volume IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora