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Domingo
18h38minO SOL DO ENTARDECER banha a quadra de basquete com um lindo tom alaranjado, lançando longas sombras sobre o chão onde a pintura já se descasca. Conforme me movo pelo piso escorregadio, o som constante de tênis ecoa no ar, enquanto a atmosfera competitiva paira.
— Droga! — exclamo ao ver a bola cair fora da cesta de basquete. Imediatamente aparo a mesma e vou driblando-a pela quadra enquanto corro novamente em direção ao alvo e tento acertá-la mais uma vez. — Isso! — comemoro com os caras do meu time.
Acertei em cheio.
Os garotos do time adversário, que costumam vencer praticamente todos os jogos, ficam incrédulos por terem perdido para nós por apenas um ponto no último minuto. Como esperado, apresentam desculpas para justificar a derrota. No entanto, a verdade é que tenho praticado e, sinceramente, um dos melhores jogadores do time deles não está em quadra hoje.
— Vamos jogar mais uma rodada? — diz Jae-beom, meu amigo de infância. A animação em seu rosto é evidente. Entendo, afinal, ele fez bonito na frente de sua “torcida”.
— Ok, só mais uma e eu vou embora. — ele afirma em resposta e então começamos a partida.
Por sorte, a namorada veio torcer por ele justamente no dia em que o jogo estava mais fácil.
Passaram-se alguns meses desde aquele dia em que eu finalmente aceitei as coisas e parece que estou me sentindo melhor. As pessoas dizem que é bom chorar porque isso tira um peso de você. E é verdade. Depois de chorar aquele dia na cafeteria, me senti um pouco mais aliviado. Parece que, quando você aceita a situação, tudo fica melhor.
Melhor. Não fácil.
Continua sendo uma luta para eu viver a minha vida como antes, o que é impossível, porque antes ela estava aqui. Mas eu finalmente deixei o meu orgulho de lado e conversei com alguém que realmente me sentisse à vontade, que fosse confiável.
E essa pessoa foi a minha psicóloga.
Foi difícil ir até ela, eu não queria parecer fraco e não queria expor o que eu sentia. Tocar no assunto, principalmente em voz alta, era doloroso demais. Eu não conseguia terminar uma frase sem que minha voz ficasse trêmula e fraca. Mas eu vi que eu precisava seguir a minha vida e que sozinho eu não iria conseguir, eu precisava de instruções.
Depois de pensar bastante por alguns dias, eu finalmente marquei uma consulta, e com algumas conversas, finalmente percebi o que eu deveria fazer.
Aprendi que não devo me sentir culpado por não ter dito o que eu sentia a ela. Eu não estava pronto, e está tudo bem. Também entendi que eu não deveria ter ficado com raiva, ou deixado qualquer ponta de ódio por ela crescer em mim. Ela fez uma escolha e não me avisou por um motivo. Eu não sei de todos os fatos e não devo ficar criando eles na minha mente. Preciso perdoá-la, me perdoar, agradecer os momentos bons que tivemos juntos e criar novas memórias.
Não quero perder o resto da minha vida me lamentando.
Eu amo jogar basquete. Mas antes eu estava tão esmorecido, que mal levantava da cama. Fiquei um bom tempo sem fazer as coisas que eu gosto. Mas já estou mudando isso. Ultimamente eu tenho me distraído com o trabalho e com as coisas que gosto, sem focar no passado e sem pensar muito no futuro, apenas focando no presente. Isso faz eu me sentir melhor.
Aos poucos o meu coração está cicatrizando.
Eu estou frequentando lugares diferentes, conhecendo pessoas novas e me distraindo de diversas maneiras. O trabalho costumava me deixar muito estressado e isso acabava piorando o meu psicológico, mas, como é preciso pagar as contas, permaneci lá. No entanto, agora consigo lidar melhor com os prazos e apresento um desempenho significativamente melhor.
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Coffee ☕️ Min Yoongi
FanficMagoado após sua amiga o abandonar sem explicações e arrependido por não ter dito a ela o que sente, Min Yoongi se vê perdido e sem vida. Com o passar do tempo, ele percebe que os seus sentimentos não mudam e entende que precisa de auxílio para muda...