Capítulo 24 - NANON

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"Todo lo mío lleva tu nombre; Te siento tan parte de mí; Me quema este frío, no encuentro el remedio; Estando contigo, me matas. 

Y sin ti, me muero, sin ti desespero; Me duele aceptar que nuestro amor no sea eterno; Me ahoga el silencio en un mar de recuerdos; Quisiera gritar, pero me falta el aliento."

RBD - Más Tuya Que Mía

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Ainda estou tentando processar todas as coisas que ele disse, sei que nem chega 1% de tudo que está entalado em sua garganta, quando vejo ele começar a andar sem olhar pra trás. Inferno, eu sei que fui covarde, sei que não dei chance dele me explicar seus sentimentos ou se aproximar novamente, eu tinha medo, primeiro dos meus pais não aceitarem, depois das fãs e da imprensa perseguirem e maltratarem ele. Eu sou a porra de um covarde, Ohm! Eu te amo tanto e não consigo dizer, eu te quero, te desejo loucamente, o sentimento nunca parou, só ficou maior e maior, e ameaça me afogar todos os dias. Mas não sei como me aproximar, só sei te amar de longe, foi assim desde que te conheci.

Droga, não é o momento e preciso ser forte para quando a noite chegar. Ele tem razão, não dá pra continuar desse jeito, eu quero pelo menos ser amigo dele, se for só isso que ele quiser, acompanhar suas conquistas e sua vida. Não sei se suportaria se um dia ele casasse e construísse uma família com outra pessoa, mas quero estar ao seu lado até lá.

Andando pelos corredores até o escritório de P'Amp, percebo que não há um único segurança e as câmeras são insuficientes. Vejo também a porcaria do labirinto, quem constrói isso em uma escola? Tenho tido pesadelos constantes com essa porcaria desde a primeira vez que me colocaram lá dentro e eu não consegui sair. Foi Ohm que ouviu meu choro desesperado e foi atrás de mim, mesmo com os professores ameaçando suspendê-lo. Eles nunca fariam isso, ou teriam que lidar com o furacão Lilah, que com toda a certeza destruiria a escola pra proteger seus irmãos. Além disso, que tipo de psicopatas colocam crianças dentro de labirintos para que saiam sozinhas?

Já parados em frente a porta do escritório, vejo que Ohm percebeu também a falta de segurança e olha pra mim.

- Eu também percebi, não há tantas câmeras, eu observei pelo caminho e do jeito que estou "disfarçado", eles teriam que verificar ao menos minha identidade.

- Isso é uma brecha na segurança que facilitaria a entrada e saída de qualquer pessoa. É uma das primeiras coisas que temos que conversar com a P'Amp.

Ohm bate na porta e uma voz feminina diz pra entrar, ele abre a porta e entramos

- Bom dia, vocês vieram conversar com a P'Amp? Tem horário agendado no nome de quem? – Ela sorri pro Ohm, parece calculado demais a porcaria do sorriso.

- Bom dia, sim temos horário marcado e está em nome de Pawat Chittsawangdee.

Ela abaixa a cabeça e parece verificar no tablet, levanta a cabeça pouco segundos depois e olha apenas pro Ohm e dá o sorrisinho falso novamente.

- Ok, senhor Pawat, se puder me acompanhar eu vou leva-lo até P'Amp.

Filha da puta! Me ignorou e está dando em cima do Ohm descaradamente. Mas que inferno está acontecendo com essas mulheres hoje? É culpa do Ohm e desse maldito sorriso dele, atrai todo mundo! Sem contar o rosto, o resto do corpo, e essa aura de "eu sou foda, sou policial durão". Inferno, não posso ter ciúmes, ele não é meu. Vou enfartar de ciúmes. Foda-se, vou sentir ciúmes sim, ele sempre foi meu e vou lutar com unhas e dentes pra ser meu para sempre.

Andamos pelo corredor e chegamos na frente da porta ao fundo, ela continua sorrindo pra ele e ignorando minha existência. Querida, se você pudesse imaginar o dia horrível que estou tendo, você não estaria sorrindo e olhando assim pro meu homem. Eu estou prestes a arrancar o sorriso sínico da cara dela, quando ouço P'Amp dizer que podemos entrar, então ela abre a porta.

The Labyrinth of ShadowsOnde histórias criam vida. Descubra agora