DEGUSTAÇÃO - E se não fosse com você?

Capítulo 4

Lá estamos nós, no aeroporto de Seattle para receber a Milena. Lucas se ofereceu para dar carona, e a gente não poderia recusar devido ao horário.  

Ficamos no portão de desembarque, estava com uma blusa fina amarela, calça preta, e meu vans.

Léo estava todo de preto e isto deixava seus olhos azuis mais vivos, seu cabelo preto estava úmido, pois tinha tomado banho recentemente.

Mas quem estava me tirando a paz era o Lucas, o que aquele cara tinha de chato, tinha de beleza. Devido ele ter acabado de sair do seu treino de luta, ele estava com uma camiseta branca e short de moletom preto. Aquelas tatuagens em seu braço, deixava ele mais atraente. 

O voo da Milena já estava chegando, eu e o Léo apreensivo para ver a nossa amiga depois de 1 ano longe. 

Lucas vendo minha apreensão, vem até o meu lado e diz: 

- Nervosa? 

- Um pouco, estou morrendo de saudades dela! - respondo apertando minhas mãos para sanar a ansiedade. 

E de repente, o número do voo da Milena consta como desembarcando, era questão de minutos para ela estar com a gente. 

Léo chegou mais perto de mim, e decidimos que aguardaria os familiares falarem com ela primeiro para depois irmos matar a nossa saudade. 

Depois de 15 min, lá estava ela, chegando com seus cachos castanhos escuro bem definidos, com um sobretudo preto, segurando suas malas. 

O primeiro a ir correndo abraçá-la foi seu irmãozinho, ele chorou nos braços dela. 

Eu e o Léo esperamos todos falarem com ela e partimos para abraçar a nossa querida amiga. 

- MEEEEEEU, QUE SAUDADES DE VOCÊS! Tenho tanta coisa para contar, e com certeza quero saber de tudo. 

Voltamos a abraçar Milena, e entregamos uma lembrancinha que tínhamos comprado para ela. 

Fomos para sua casa, pois a mãe dela tinha feito uma recepção para comemorar a sua chegada. 

Já estava ficando tarde, e precisava voltar para casa. Pedi ao Léo para irmos embora, e fiquei surpresa com a resposta dele. Fui notificada que ele não voltaria para casa, pois teria um encontro com uma suposta ficante. 

- Como é? Está ficando com quem? - Pergunto super curiosa. 

- Não é ninguém importante, somente uma transa casual!

- Então vai deixar eu ir embora sozinha por causa de uma transa casual? 

- Claro que não! Lucas está indo para casa e vou pedir para ele te deixar na sua. 

- Nossa, esta transa tem que ser muito importante mesmo para tu me deixar voltar SOZINHA com seu irmão.

Ele dá risada e responde: 

- Sei que tu não farás nada que estrague a nossa amizade. - Ele fala colocando uma mexa do meu cabelo atrás da orelha. 

- E se ele tentar se aproveitar da situação, é um homem morto. 

Ele conclui a fala se despedindo de mim. 

- Por favor, me avisa quando chegar em casa. 

Ele acena com a cabeça e vai em direção a rua. 

Agora precisava localizar o Lucas para pedir uma carona até em casa, e espero que ele já não tenha ido embora. 

Ele estava conversando com uma amiga da Milena e para sua infelicidade, teria que atrapalhar a prosa que ele estava tendo. 

Cutuco o ombro dele com o meu dedinho indicador e ele vira até o meu encontro: 

- Oi, será que podemos ir embora? Amanhã preciso acordar cedo e o Léo já foi. Ele falou que eu poderia pegar carona com você. 

- Carona comigo? Hmm, vou pensar no seu caso! 

Ele ri e vira para a ruiva com quem conversava antes de eu interromper, e se despede com um beijo no rosto. 

E para minha 0 surpresa, a mulher anota o número de contato em um papel e coloca no bolso da calça dele. 

Despedimos da família de Milena e dela. Seguimos em direção ao carro do Lucas e eu inicio um diálago: 

- É, você faz mesmo sucesso com a mulherada, hein! Todo canto que você vai, a mulherada vem atrás.

- Normal, seria surpresa se não tivesse nenhuma atrás de mim - Ele deu risada.

- Convencido! 

Chegamos em minha casa, Lucas estaciona o carro e coloca o antebraço em cima do volante e olha para mim dizendo: 

- Nem sempre quantidade significa qualidade - ele disse passando o seu dedão em meu queixo. 

- Então por que você fica com todas elas? 

- Maluzinha... enquanto a correta não chega, a gente aproveita com as erradas. 

Balanço a cabeça negativamente e abro a porta do carro. 

Lucas puxa o meu braço e fala: 

- Não vai nem se despedir de mim? - Ele questiona segurando gentilmente o meu braço. 

Olho para ele e me inclino para beijar seu rosto, e de repente, ele gira a face fazendo com que os nossos lábios se encontrassem. 

Naquele momento entrei em êxtase, não sabia o que fazer, sentir os seus lábios foi uma das melhores sensações que eu tive.

Lucas era vaidoso, apesar de ser um lutador que treinava quase todos os dias, seu cheiro sempre estava agradável. 

Ao perceber que já tínhamos saído do selinho para um beijo com língua, eu me afasto e saio de seu carro correndo. 

Entro em casa fechando a porta, fico ali estagnada nela até minha mãe perguntar o que tinha acontecido, pois estava com o rosto pálido. 

E respondi: 

- Aconteceu algo que nunca poderia ter acontecido - sai de lá e subi diretamente para o meu quarto.