Capitulo Doze: Nas Profundezas da Possessão

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"Na escuridão mais profunda, mesmo um pequeno lampejo de luz pode ser um farol de esperança."-Autor Desconhecido

(Voltamos para casa de Rebecca...)

John mal conseguia acreditar no que estava acontecendo. Preso naquele quarto sinistro, sentia como se sua mente estivesse sendo esmagada pelas forças sombrias que o aprisionavam. A cada respiração, a presença maligna parecia se intensificar, ecoando em sua mente como uma melodia dissonante.

No meio de sua confusão e angústia, um flash de memória surgira. Uma lembrança de infância, sombria e desconcertante, inundou sua mente, trazendo consigo uma mistura de emoções que John preferia esquecer. Era como se o passado tivesse voltado para assombrá-lo, provocando uma sensação de vulnerabilidade e desamparo.

Agora desperto, John observava o quarto de Rebecca à sua volta. O ambiente, outrora acolhedor, estava tomado por uma aura opressiva e carregada de influências sinistras. As sombras dançavam pelas paredes e móveis, transformando cada objeto decorativo, que antes emanava uma beleza peculiar, em algo distorcido e perturbador.

A mobília, outrora cuidadosamente disposta para criar uma sensação de conforto, agora parecia desordenada e deslocada. As cores quentes e acolhedoras haviam cedido lugar a tons sombrios e acentuados, contribuindo para uma atmosfera ainda mais sinistra.

Sentiu a inquietude crescer dentro dele enquanto tentava compreender a macabra transformação que o quarto de Rebecca sofrera. Ali, imerso na aura sombria, ele percebia que não apenas enfrentava as forças sobrenaturais que o aprisionavam, mas também a influência maligna que parecia impregnar cada canto daquele ambiente.

(John) Despertei em um lugar escuro e gélido, uma escuridão tão profunda que parecia envolver não apenas meu corpo, mas também minha alma. Meus olhos tentaram se acostumar à penumbra, mas tudo ao meu redor permanecia sombrio, com apenas o eco de sussurros distantes pairando no ar.

Enquanto lutava para entender o que estava acontecendo, percebi que estava no porão da casa de Rebecca. No entanto, algo estava terrivelmente errado. Uma presença sinistra parecia emanar da própria estrutura do lugar, uma sensação de opressão que pesava sobre mim.

Tentei me levantar, mas uma força invisível parecia me prender ali. Cada movimento era como lutar contra correntes invisíveis que me mantinham preso. Minha mente latejava, como se fosse invadida por pensamentos estranhos, sussurros ininteligíveis e imagens fugazes.

Foi então que vi Rebecca. Ela estava parada no canto do porão, mas não era mais a Rebecca que conheci. Seus olhos, antes tão vivos e expressivos, agora brilhavam com um tom vermelho intenso, emanando uma aura sombria. Uma presença estranha tomava conta de seu ser, como se ela estivesse sendo manipulada por forças além de sua compreensão.

Tentei falar com ela, chamá-la pelo nome, mas minha voz parecia abafada, como se o próprio ar estivesse sendo sugado pela escuridão que nos cercava. Ela se virou na minha direção, um sorriso que não pertencia a ela se formou nos lábios, revelando uma expressão macabra.

Fui tomado por um medo paralisante, uma sensação de que algo terrível estava se manifestando ali. A percepção se dissipou lentamente, e tudo o que pude fazer foi agarrar-me às últimas fibras da minha consciência enquanto a escuridão parecia me engolir por completo. Estava sob o domínio de algo terrível e além da minha compreensão.

Nesse momento, percebi que estava sob a influência direta de Lythara, que se apossara completamente de Rebecca, e agora me mantinha preso no seu reino sombrio, longe de qualquer esperança de escapar.

A incerteza pairava no ar. Como eu, John, poderia enfrentar uma força tão avassaladora e maligna? O que aguardava no sombrio porão da casa de Rebecca, sob o domínio impiedoso de Lythara?

Lythara olhou para mim, seus olhos carregados de uma dualidade perturbadora. Uma voz ecoou em minha mente, uma mistura de crueldade e anseio por liberdade, enquanto lutava contra a tentativa de Rebecca de emergir.

"Você, pobre alma, está aprisionado neste espaço entre luz e trevas. Sou a Senhora da Escuridão, envolta em sombras eternas, mas também carrego vestígios daquilo que um dia fui."

"Rebecca é o receptáculo, e eu, a força dominante. Mas, em meio à minha escuridão, persiste um eco do que já fui."

(John) Senti o pulsar de sentimentos há muito esquecidos, uma lembrança de um tempo em que a luz e a escuridão dançavam em equilíbrio. Um fio tênue, perdido no abismo do tempo, tenta emergir e lutar, oque é isso?

(Lythara) "Mas a dualidade é minha prisão. A luz que um dia abracei ainda busca uma brecha, uma oportunidade para se libertar da escuridão que me consome."

(John) A voz de Lythara se desvaneceu, deixando-me com a sensação de que algo além do maligno se escondia por trás daquela escuridão avassaladora, uma esperança talvez, entrelaçada com a sombra. A luta de Rebecca contra a possessão de Lythara tentava emergir, oferecendo um vislumbre de luz em meio à escuridão.

"E agora, no abismo da influência sombria, o destino de John paira em um fio de esperança. Com a batalha entre a luz e a escuridão se intensificando, ele se vê diante de uma decisão crucial: sucumbir ao domínio avassalador de Lythara ou encontrar uma maneira de resistir às garras do mal e buscar uma saída desesperada para salvar não apenas a si mesmo, mas também a alma aprisionada de Rebecca."

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