Capítulo Quatro: Joaquim, o Detetive

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Joaquim, o Detetive

"Entre o tic-tac do tempo implacável, segredos ocultos e mistérios imersos na cidade, um detetive imponente segue o rastro da verdade, pronto para enfrentar o desconhecido."-Autor Desconhecido


O relógio na parede não dava trégua, suas agulhas apressadas marcavam o tempo implacavelmente. O som de sua marcha constante ecoava pelo escritório empoeirado de Joaquim. Era o aniversário de sua filha, e ele estava atrasado. Sua filha, com olhos da mesma tonalidade que os dele, esperava ansiosamente sua chegada à festa. "Preciso ir", Joaquim murmurou para si mesmo enquanto seus dedos folheavam arquivos e fotografias antigas de casos não resolvidos. A cidade, normalmente tranquila, estava passando por uma série de eventos sinistros. Dois corpos foram encontrados na orla da praia, e, na última semana, um estranho rapaz era incapaz de formular frases completas ou coerentes. Joaquim estava convencido de que havia uma ligação obscura que unia esses eventos. Ele se ergueu da cadeira de couro gasta e fechou a pasta com um estrondo, resoluto.
Joaquim era uma figura impressionante, com sua altura imponente e um nariz pontiagudo que parecia esculpido para farejar a verdade. Enquanto seu rosto revelava marcas do tempo e das sombras sombrias que percorriam sua carreira como detetive, exibia uma carranca perpétua, como se carregasse o peso dos segredos que desvendara. Joaquim era calvo, uma característica que o irritava profundamente. Chamá-lo de "careca" era uma afronta que poderia levar alguém a uma discussão ou, às vezes, a uma briga. No entanto, ele cuidava do cabelo restante com zelo, mantendo-o curto, como se quisesse desafiar o tempo e se recusar a reconhecer seu avanço. Sua personalidade era tão intensa quanto sua aparência. Era um homem de poucas palavras, preferindo ação à conversa fiada. Seu olhar penetrante, que escondia um profundo conhecimento de cada canto sombrio da cidade, e seu estilo direto de investigação o tornaram um detetive respeitado, mas também temido. Após um suspiro profundo, Joaquim deixou sua mesa para trás e se dirigiu à porta. A cidade estava em suspense, e ele estava decidido a desvendar os segredos que ameaçavam abalá-la.

O misterioso rapaz e os corpos na orla da praia eram apenas o início, e Joaquim estava pronto para enfrentar o desconhecido

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