Minha Guarda Real

Capítulo 5

Maddison Holden, Atualmente
// La réunion
19 Anos de idade.

    — Ei! Eu sei andar sozinha, ok?

Os guardas meio humanos me seguram firmemente pelos braços enquanto me empurram escada acima.

Ao chegar no topo eles me deixam nas mãos de guardas humanos – grandes guardas humanos –, eles me levam até uma sala que é supostamente para esperar e ser "atendido", falaram que logo eu iria falar com a realeza.

Meus dedos formigam e as palmas das minhas mãos soam, inquieta eu olho ao redor, com a nostalgia não tão boa de correr pela última vez neste mesmo castelo.

Uma sensação de nervosismo me toma quando eu penso no que falar para a Rainha ou para o Rei, ao mesmo tempo que eu não falo com eles a sete anos eu sinto uma imensa saudade deles e não quero desapontá-los.

Meu coração afunda com o medo da reação deles ao ver que a tão queridinha princesa deles invadiu o reino...

Sinto-me observada, mas receosa eu hesito ao olhar para quem quer que esteja atrás de mim. O rei sempre foi bem severo, mas muito amoroso, como um pai. E a Rainha é e sempre foi um amor de pessoa e eu não queria que isso tivesse mudado.

Suspiro e me preparo emocionante para olhar para trás, me viro ainda olhando para baixo e então levanto a cabeça.

Em um disparo meu coração tenta sair do meu peito ao assimilar quem é o dono desses cabelos pretos e olhos avelã, essa grande e charmosa altura, esses ombros largos na medida certa, essa rosada palidez e...essa expressão impassível e indiferente com a vida.

Finco meus pés ao chão quando o mundo tenta me dar uma rasteira e me derrubar.

Acho que esse reino tem algo com me fazer cair.

Forço minha mente a deixar o pânico e a nostalgia de lado, ambos ruins. Minhas pernas que pareciam gelatinas agora estão sobre minhas rédeas, não vou deixar que ele veja que estava em pânico ou êxtase.

Finalmente depois de longos ou até infinitos minutos nos encarando ele ergue aquela maldita sobrancelha desdenhosa e abre a boca em um sorriso tão idiota quanto ele para dizer:

    — Que surpresa agradável, holney.

"Holney."

Meu coração dispara com a nostalgia do apelido.

Idiota, para, é uma provocação ruim.

Reuno fôlego e devolvo:
    — Não posso dizer o mesmo, Castiel. – transpareço neutralidade – Realmente estou me sentindo ofendida, agora que parei para pensar.

    — O que te deixa ofendida, querida?

Ignoro o jeito como ele diz e continuo meus pensamentos de deboche em voz alta.

    — Pelo o que me lembro, Os casos importantes são levados ao rei ou a Rainha. E bem, os chatos e simples a você. – brinco sarcástica.

    — Ah, não se incomode, você não é chata nem simples, só existem coisas mais importantes a ser tratados pelo rei e pela rainha. Além de que eu fiz questão de ver o caso da "Garota louca que disse ser princesa e irmã do príncipe", sabe, não tenho nenhuma irmã.