Maddison caminha em direção a seus aposentos enquanto pensa em todas as possíveis respostas que poderia ter de seus pais, a sensação de incapacidade a toma e seu olhar se afunda no nada enquanto caminha já sem lembrar seu rumo. Então inconscientemente, como um abrigo, ela muda sua rota para o escritório da Rainha.
Um leve limpar de garganta lhe tira de seus pensamentos. A mais jovem levanta seu olhar do chão até a Rainha, que estava até então com sua atenção na carta acima de uma mesa de canto.
— Já está pronta? – os calmos olhos cor de mel da Rainha se encontram aos dela.
Por poucos segundos Maddison cria esperanças, esperanças que diziam que ela poderia ir embora, porém as mesmas esperanças de antes fogem entre seus dedos quando vê a Rainha se referindo à carta.
— Ah...sim. Não está como eu queria, só que eu não quero escrever mais nada...– dá para ver a melancolia e o receio em seu olhar baixo e voz.
— Bom, acontece querida. Nem sempre acontece como queremos. Quer que eu vá entregar com você? Ou prefere ir sozinha? Talvez queira que eu mande alguém entregar...o que acha?
— Acho melhor alguém entregar, não estou me sentindo bem o suficiente para sair, ainda estou processando tudo.
Dioria concorda lentamente e vai até Maddison com toda sua compaixão e empatia e coloca suas mãos nos braços da mais nova.
— Escuta, eu sei o que ouve, sim, eu sei o que ouve há sete anos atrás, sei que você lembra, afinal não é algo simples de esquecer, sei como você deve ter se sentido, sei os danos causados, pessoas envolvidas, sei cada detalhe. E sei como você deve se sentir com aquilo e...com nós ou meu filho. Posso dizer que passei por algo parecido, e por mais que eu tenha um filho com o cara que eu dizia odiar...o que eu quero dizer é: Você pode contar comigo, sempre. Para tudo, eu tô aqui com você, por mais sozinha que você se sinta, estou sempre aqui.
A mais jovem só a olha, admira e aproveita o conforto que precisa, seus olhos marejados e silenciosas lágrimas descendo por seu rosto.
— Mãe, eu... – Castiel entra na sala sem bater fazendo Maddison se afastar rapidamente e secar as lágrimas que escaparam.
Ele para de falar quase que imediatamente ao ver a menor ali e examina a cena, logo depois de nada maior que sete segundos o maior volta a falar, cuidadosamente.
— Eu...Você estava...
— Castiel, estou tendo uma conversa com a Princesa o que de tamanha urgência fez você entrar sem bater? – a Rainha o olha com tamanha quantidade de seriedade enquanto o questiona de tal ato.
A mandíbula do jovem se tenciona, porém ele dá um passo à frente e prossegue.
— Eu...eu vi. – A Rainha ergue uma sobrancelha sem compreender o que ele quer dizer – As Leis, li todas as leis a respeito dessa situação, espero que aquilo esteja errado.
Confusa, Maddison olha para ambos enquanto a Rainha permanece em silêncio pensando em como prosseguir.
— Na verdade, sim, está errado. – Castiel relaxa como se antes não conseguisse sequer respirar, então ele respira fundo e fecha os olhos passando uma de suas mãos por seu cabelo. – Em termos.
A Princesa permanece sem entender o assunto do diálogo deles, contudo, não só Castiel, mas agora ela, apresenta sinais de tensão.
— Maddison é uma Princesa, não pode ser morta nem presa, isso causaria um caos enorme, o que me leva a conclusão de que como dificilmente a realeza invadiria, só deve haver regras ou termos de condições nas documentações de trégua ou guerra entre os reinos. E pelo o que me lembro sei como isso pode ser resolvido, porém não acho que irão gostar muito...sentem-se.
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Minha Guarda Real
FantasyA querida - mas fora do padrão - Princesa de Delilha se encontra em sua fase mais curiosa e então começa a explorar seu reino. Só não esperava que isso poderia causar um grande problema ao acabar cruzando a fronteira com o reino vizinho, se vê presa...