Capítulo 12 🤍

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DRAGO

15 ANOS ATRÁS

Dentro daquele carro, com meu pai, por uma fração de segundos eu senti que talvez ele pudesse me levar para fazer algo entre nós dois, e o que ele disse dentro de casa fosse só uma de suas piadas maldosas, no fundo eu queria ter sua atenção, além das coisas da favela, porra, eu sou um adolescente, quero viver coisas além disso

Depois de algumas horas chegamos até uma casa afastada, de longe conseguimos observar alguns seguranças fazendo a ronda, imaginei sua fosse algum esconderijo que vamos ter que ficar por um tempo

Drago - Aonde estamos? quem são aqueles seguranças, nunca os vi

Betão - Eu mandei você abrir a porra da boca?

Fiquei em silêncio após o seu corte seco, caralho que cara arrogante toma no cu

Betão pegou seu rádio no bolso e chamou os caras pra frente, saiu do carro de fininho e ficaram todos eles observando aquela casa um pouco afastada, mas não tanto pra que não desse para vê seus detalhes, na frente da casa tinha uma cadeira branca de balanço e um pequeno cavalinho rosa, as janelas com grades reforçadas na cor de ouro, em volta algumas árvores frutíferas, parecia uma casa antiga, mas que foi recentemente redecorada, os móveis não pareciam tão antigos assim.

Não fazia idéia de quem era aquela casa, e do que se tratava tudo aquilo, mas pela tensão que todos estavam sentido, coisa boa não era

Betão - Bora muleque, sai da porra do carro, de fininho

Fiz o que ele mandou sem nem contestar, me juntei a eles e fomos seguindo devagar até a lateral da casa, onde tinha menos seguranças, todos estavam reunidos fumando maconha e bebendo uma garrafa de whisky

Meu pai tratou de me entregar uma pistola na cor preto fosco, bonitona, mas nem sabia como usar essa porra

Drago - Pai eu não sei usar, vou acabar te decepcionado - Disse abaixando a cabeça

Betão - Você já me decepcionou o suficiente, agora vê se para de vitimismo e age feito um homem nessa porra, sua vida depende dessa missão, se não souber usar essa arma, não vai assumir o poder da favela, seu imbecil

Respirei fundo para não me estressar, meu pai tinha esse jeito filha da puta de me tratar, não sei porquê desse ódio todo que ele sente por mim, nunca entendi

Após alguns minutos parados na lateral, alguns homens do meu pai seguiram na frente abrindo caminho para a gente passar, dois dos seguranças avistaram nossa movimentação e já acertaram 5 tiros em nossa direção, acertando o braço de um dos meninos, mas ninguém parou, todos continuaram a diante, acertando tiros contra eles, depois de uma troca intensão de tiros entre eles e a gente, sim, até eu fui obrigado a atirar, não sei pra onde foi a minha bala, mas pelo menos não foi na minha cara, já era um bom sinal

- A barra ta limpa patrão, bora invadir

Assim que todos concordaram em entrar, fomos direto até a porta da frente e acertaram vários chutes contra a porta, fazendo com que ela caísse no chão, corremos para entrar e todos começaram a procurar alguma coisa, que até agora eu não sei o que é

Drago - O que estamos procurando pai, quem está aqui?

Betão - Qualquer movimentação você mata ouviu? é bala na cabeça

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