Como mãe, tal filho...

Prólogo.

Narrador •

? - Oque foi, sua mamãe não vem te buscar?
K - Minha mamãe anda muito ocupada...

Diz kabukimono com a cabeça baixa, já nessa idade, ele sabia que sua mãe não era presente o suficiente em sua vida, ele voltava da escola sozinho, ele almoçava sozinho, ele ficava sozinho a tarde inteira, e depois, tarde da noite, sua mamãe voltava do trabalho, viciada em cafeína, olheiras gigantes, visivelmente cansada, emocionalmente ausente, essa era a sua mamãe.

Ele anda pelas calçadas carregando seu guarda chuva, estava chovendo muito, ele não tinha botas de borracha, molhou seus sapatos inteirinhos. Pega a chave em baixo do tapete de casa... ué? Mamãe deixou um bilhete?

"Chego às 11h, esquente a comida."

Como sempre, mamãe sendo direta, nem um te amo? Ou será que ele está sendo exigente? Mamães não deveriam dizer "Eu te amo" para os filhos? Enfim, ele tira seus sapatos e meias e seca os pés no pano que tem na entrada de casa.

K - Bom dia, Aka!

Deu bom dia a sua gatinha, ela se chama Aka por causa de sua coleirinha vermelha com sininho, ela é toda branquinha com olhinhos azuis! Ele sempre da comida e água para ela, parece que mamãe não se importa muito com Aka...

Ele pega a marmita que mamãe deixou para o na geladeira, pega um banco e coloca sua comida no microondas, és muito pequeno para alcançá-lo, bem, ele tem apenas 8 aninhos. Senta-se na mesa e come, sozinho, apenas com Aka sentada na cadeira vizinha, mais um dia se passa... sozinho.