"a sky full of stars and i
was staring at your eyes"a recomendação de música para esse capítulo é "apocalypse"
não esqueça de deixar seu voto!
capítulo não revisado!—
o amor é algo fora do normal, muitas pessoas julgam saber o que é o amor e também julgam realmente já o ter sentido, o amor é algo que percebe-se com tempo e muita cautela.
existem diferentes pessoas, com diferentes tempos, diferentes mentes, diferentes amores, nenhuma pessoa vai amar igual a outra, todo amor tem significado e sua própria identidade.
existem amores mais intensos e amores mais silenciosos, amores que podem ser escritos e amores que podem ser desenhados, amores mais doces e amores mais ácidos, muitos tipos, mas ainda sim, é amor.
o que eu sinto dentro de mim é difícil de explicar, por que é amor, mas ao mesmo tempo também é muito fácil descrever, é complexo mas também não é.
você sabe quando sente, é quando seu sorriso se torna inevitável e não deixa mais o rosto, é quando seus olhos brilham ao escutar aquele nome, é quando seu coração palpita e você sente-o falhar, é quando dói dentro do seu peito, mas não literalmente.
amor não dói, amor não deve ser sinônimo de angústia, não deve te fazer se odiar, não deve te fazer repensar suas decisões e pisar em ovos, não deve te fazer ansiar por alívio.
eu soube que era amor assim que jisung cantou para mim, quando tirou toda e qualquer armadura por inteiro e me mostrou seu eu artístico, seu eu lírico, me mostrou as letras que escreveu em seu momento mais frágil e me deixou entendê-lo.
e como amor não é unilateral, eu também mostrei-me inteiramente a ele, nas madrugadas onde a insônia perturba, ele me ouve tagarelar sobre as coisas que mais me afligem, mas também as que mais me confortam.
eu também soube que era amor quando jisung me beijou, quando confortou-me com seu calor, quando deixou que eu entrelaça-se meus braços na sua cintura bonita e olhasse em seus olhos.
e aquele olhar transparecia confiança e fazia com que meu limbo inquieto se agitasse ainda mais e aquelas personificações dos meus maiores medos ficassem elas mesmas com medo, medo da tranquilidade e paz que era a presença de jisung.
- você acalma meu mar agitado, jisung - digo, fazendo um carinho em seu rosto bonito, era tão bom admirá-lo por horas tão de pertinho.
- e você agita o meu, minho - murmura, deitado no meu colo em meio a tanta areia.
decidimos vir à praia ver o nascer do sol e tomar sorvete, é uma das melhores coisas que você pode fazer com alguém que ama, observar o sol começar a iluminar tudo lentamente, assim como todos os dias, mas nunca deixa de ser especial.
me pergunto se o sol sentia-se triste frequentemente por só poder ver sua lua de pertinho poucas vezes em décadas.
ainda estava escuro, o céu ainda estava estrelado e testemunhando nossas conversas sobre amor, esperaríamos bastante tempo para ver o sol.
- a lua está bonita hoje, não está? - pergunta ele, com as bochechas vermelhas e ainda deitado em meu colo.
eu sabia o que significava aquilo e não tinha modo mais bonito de dizer (in) diretamente que ama alguém, é discreto e é lindo. jisung sabia do meu amor por astronomia e fazia questão de abusar disso, eu não poderia ficar mais feliz, tem algo mais bonito que se declarar com os milhares de significados que um planeta pode ter?
- e as estrelas também - digo, sorrindo por sua vergonha repentina e bochechas tomando um tom avermelhado - se você virar uma estrela um dia, acho que vai ser a mais brilhante.
- tá querendo que eu morra, lino?! - levanta completamente indignado.
- tá doido?! eu acabei de dizer que você seria a estrela mais brilhante, a mais bonita! - começo a gargalhar por conta de sua reação, ele tinha esse dom de me fazer rir em momentos inesperados.
- se você quer que eu vire uma estrela, quer dizer que você quer que eu morra! - ele não aguenta e também começa a rir - me leva a sério!
- nem você se leva a sério! - me afasto um pouco de onde estamos e vou em direção ao mar que estava calmo - vem, vamos dar um mergulho!
e ele não pensa duas vezes antes de correr, me abraçar e jogar-se na água junto comigo, eu quis gritar pelo quanto a água estava gelada mas não liguei, não queria reclamar enquanto estivesse com ele, viver o momento era o certo a se fazer.
o que eu sentia por ele era definitivamente amor, não é raso e é intenso. eu amo o amor e amo o quanto ele me faz bem, me faz querer sair da zona de conforto ruim e do fundo do poço, nosso amor é arte.
- seus lábios são meu apocalipse, minho - diz ele, completamente encharcado pela água do mar, continuava lindo.
- você é minha ruína, meu império romano, jisung - digo e o puxo seu rosto em direção ao meu, todo sentimento sendo transpassado em meio a união de nossas bocas.
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amor(s.m.)é o resumo do infinito. é o laço entre dois corações. é um sorriso frouxo demais. é quando a gente escuta o mundo inteiro no silêncio de alguém. é o ópio do coração. é um cafuné bem feito. é encontrar um lar em outro peito.
às vezes tem quatro patas e um focinho. às vezes tem nome. e quando vai embora...
— JOÃO DOEDERLEIN
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recado da autora!
esse capítulo foi bem mais curtinho que o usual, é o penúltimo já, tô chorando, tenho apego emocional nessa história.
o último eu pretendo que seja bem grandão e muito depressivo (mentira, prometo que vai ter muita boiollisse também)
agradeço aqui a todas as pessoinhas que tiram um momento pra ler as coisinhas que eu escrevo, fico muito feliz em ler os comentários de vocês!!!
escrever rock bottom e outras mais, tem me feito muito bem psicologicamente falando, obrigado pelo apoio ;)
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𝗿𝗼𝗰𝗸 𝗯𝗼𝘁𝘁𝗼𝗺 | minsung
Romanceonde a 𝗺𝗲𝗻𝘁𝗲 𝗶𝗻𝗾𝘂𝗶𝗲𝘁𝗮 de minho parecia querer o levar a loucura constantemente. ou onde 𝗷𝗶𝘀𝘂𝗻𝗴 surgiu para expulsar os demônios da vida dele, isso apenas tendo um carrinho de vender 𝘀𝗼𝗿𝘃𝗲𝘁𝗲 e um sorriso bonito. • concluída...