onde a 𝗺𝗲𝗻𝘁𝗲 𝗶𝗻𝗾𝘂𝗶𝗲𝘁𝗮 de minho parecia querer o levar a loucura constantemente.
ou
onde 𝗷𝗶𝘀𝘂𝗻𝗴 surgiu para expulsar os demônios da vida dele, isso apenas tendo um carrinho de vender 𝘀𝗼𝗿𝘃𝗲𝘁𝗲 e um sorriso bonito.
• concluída...
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"it's the connection, we can't explain."
a recomendação de música para esse capítulo é "those eyes - new west"
não esqueça de deixar seu voto! capítulo não revisado!
💐
minho esteve pensando no quanto o amor fez uma mudança completa em sua vida, ele foi surpreendido em como todo e qualquer medo sumia por completo na presença do outro, com uma simples conversa que preenchia o interior dele em níveis extremos.
minho amava ler, seu apartamento era repleto de livros por toda dobra, todo canto e toda curva. ele poderia ter uma biblioteca inteira em seu quarto, nenhum livro romântico descreveria o quanto o mais baixo fazia seu coração bater rapidamente e a sua mente inquieta relaxar por completo. já jisung que amava escrever e escutar todo tipo de música - ele era eclético, ia de rock até bossa nova, os discos de vinil em seu quarto, sua coleção cara que para si não importava nada além do valor emocional - nenhuma letra daquelas músicas poderia descrever o quanto minho fazia sua mente ficar inquieta e agitada, pensando em si o tempo inteiro.
música era a resposta na vida de jisung, era a gravidade das suas emoções e quem não o deixava divagar tão facilmente, era seu escape dessa realidade, música era seu primeiro amor.
"se perguntarem por mim, estou escutando música"
os livros eram a perdição de minho, que se perdia por completo em meio a tantas páginas, frases importantes, palavras tocantes, sentimentos que ele guardava naquele instante. as palavras nunca ditas, estariam guardadas no bloquinho de notas do grande escritor que um dia seria.
"se perguntarem por mim, estou lendo livros "
eles eram dois extremos e ambos foram mudados pelo amor.
a vida de jisung que sempre fora agitada, mas sua mente não era, ele não era. ele sempre teve a vida corrida, coisas diferentes que aconteciam sempre, mas ele sentia-se incompleto, vazio e sem um propósito.
a vida de minho era melancólica e também vazia, não havia agitação, seus dias sempre foram iguais e ele também sentia-se incompleto, afinal, eles eram alma gêmeas, não tinha argumento que pudesse ser uma contradição.
almas gêmeas existem e não só romanticamente, pode ser só aquele grande amigo que te acompanha em todo momento e coloca um sorriso do seu rosto com grande facilidade, alguém que você sente uma conexão surreal e não tem como questionar, é simplesmente perfeito, talvez seja ele tenha quatro patas e um focinho.
minho que sempre esteve estudando todos os planetas com suas belezas inconfundíveis, nunca encontrará um brilho mais bonito do que no sorriso quadrado de jisung.
jisung que perdia horas de sono escrevendo letras e encontrando melodias, nunca encontraria ou ousaria procurar musa melhor do que minho.
no agora, no presente, eles resolveram viver como se cada dia fosse o último, viver a vida de maneira certa, apreciando-a e atentando-se a cada detalhe. sem pensar no passado e sem pensar no futuro, o que tivesse que acontecer, aconteceria.
a câmera fora posicionada com cautela e configurada para tirar uma foto do momento que estavam vivendo, como se fosse o último. minho se posicionava ao lado do seu garoto e fazia uma pose bonita e desajeitada, jisung o surpreende colocando um buquê de belas tulipas vermelhas em frente ao seu rosto.
sua reação foi a mais genuína possível, ali realmente surpreso e caindo de amores por jisung, o barulho da câmera imprimindo a foto foi escutado por ambos, aquele momento tinha sido eternizado, para que seus futuros descendentes pudessem pesquisar no passado o que era amor verdadeiro.
- porque tulipas vermelhas? - os cantos da sua boca curvaram-se em um sorriso.
- elas simbolizam amor verdadeiro e eterno, você me disse uma vez que eu te lembrava a cor vermelha - suas bochechas atingiram o tom mais rosado possível - e eu quero que você lembre de mim o tempo inteiro...
- eu lembro de você até quando não é necessário - diz, com o sorriso de uma ponta a outra
- promete que vamos fazer playlists juntos em outra vida? - pergunta, encarando as mãos de ambos que estavam juntas, esquentando uma à outra naquela tarde bonita.
- só se você prometer que vamos provar todos os sabores de sorvete em outra vida - responde, estirando o dedo mindinho em direção ao loiro em sua frente.
- prometo, de dedinho. - diz, entrelaçando os mindinhos e selando a promessa com um selinho.
ali, duas almas se completavam e todas as possibilidades apontavam para um só futuro, dois velhinhos comendo seus sorvetes favoritos enquanto discutem sobre as músicas que não são mais tocadas nesses tempos. uma simples decisão da parte de minho, a decisão de expressar sua arte em linhas tortas numa folha de papel o levou até o seu garoto, seu primeiro e único amor. e também, da parte de jisung, que decidiu esforçar-se para que o bloqueio emocional não o vencesse.
- ei, quer ir lá em casa conhecer meus gatos e tomar sorvete? - pergunta minho, mesmo já sabendo que a resposta seria positiva.
fim.
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FUNDO DO POÇO | ROCK BOTTOM
no fundo do poço existem dois tipos de pessoas: as que sentam, choram e lamentam seu destino e as que usam o próprio fundo do poço como ferramenta pra sair dele. você escolhe qual quer ser.
