Capítulo 13 - RIQUEZA NÃO TRAZ FELICIDADE... MANDA BUSCAR(?!)

2 0 0
                                    


"Quem ama a riqueza, ama a uma coisa ainda mais estranha que seu próprio corpo!" (Sócrates)

Há alguns anos atrás, eu acreditava que os homens (e as mulheres) não seriam capazes de sobreviver pensando somente na vida, nos bens materiais, no... (como o cancioneiro popular o dizia) "comer, beber e dormir e..." Mas, com o passar dos anos, finalmente eu o compreendi que não somente existem pessoas que se limitam somente a isso, mas, justamente, vivem somente para isso. E não só os traficantes e contrabandistas não! Também grandes empresários e... senhores e senhoras de... bem!

Se alguém compreende ou tenta compreender que há de fato um Deus no céu, há de convir que se ele admite a pobreza, permite a riqueza, é para que, na pior das hipóteses, essas classes se unam e façam bem um para com os outros... Nesse mundo?! Nessa vida?!

Em contrapartida se o pobre, por exemplo vive plenamente satisfeito com sua vida e possui uma existência exuberante de saúde, por que tanto cortejar a riqueza ?! E o milionário?! E se o milionário herdeiro ou detentor de bilhões se vê acometido de alguma doença gravíssima, que lhe tira a paz, que lhe tira o sono e o sossego, é feliz no final das contas?!

E por que o Filósofo diria que quem ama a riqueza, ama a uma coisa ainda mais estranha que o próprio corpo?!

"Do mesmo modo que não sabemos o que é um espírito, ignoramos também o que seja um corpo. Notamos algumas das suas propriedades., mas, em que sujeito é que tais propriedades residem?! 'Só existem corpos', diziam Demócrito e Epicuro. 'Não há corpos nenhuns', diziam os discípulos de Zenão e Eléia!" – Voltaire.

Logicamente porque ninguém de fato, nem os biologistas, nem os anatomistas, legistas, etc., aliás, nem os padres e nem os pastores, conhecem verdadeiramente o corpo e sua essência. Até podem asseverar os padres e os pastores que entendem lá de alma e de espírito (será?), mas do corpo...

Eu ouso dizer: não conhecem nem uns e nem outros! (Nem o corpo e nem o espírito).

Um certo Anatomista (Anatomista: aquele que fornece um conhecimento básico sobre o corpo humano, incluindo a estrutura e função dos sistemas e órgãos), após minucioso trabalho e estudo, debruçado sobre um cadáver que acreditava conhecer profundamente, "vitorioso" gritou: "NÃO HÁ ESPÍRITO! NÃO EXISTE ALMA!"

Excetuando-se tal ignorância quanto a alma e quanto ao espírito, alguém deveria ter dito a tal profissional, que ele simplesmente, ao manusear os órgãos internos do corpo humano, apenas vislumbrou praticamente, os efeitos! Quem fora lá que criou tais órgãos e os dispôs fantasticamente encadeados um ao outro, na mais perfeita harmonia, tornando o corpo dos seres humanos, a mais engenhosa máquina que existe sobre a face da Terra?! Ora, se chegou ao ponto de ignorar algo sobre alma, quiçá sobre o criador do corpo e daquilo que ignora e desdenha!

Vejo pelas ruas dos Jardins (Capital Paulista), por exemplo, pessoas desfilarem com seus carrões importados, exibindo riqueza e mostrando à plebe em geral, que segundo eles "se existe um Deus, esse foi sim, generoso consigo!" Pouco depois, distraídos, enfiam o carro lá num poste ou caem em algum precipício, e como qualquer outro ser humano... Morrem! Outro erro (?!) para serem de fato dono de suas riquezas e senhores de si mesmos, deveriam tê-la para sempre, não morrerem igualmente aos outros e deveriam também, saberem exatamente de onde vieram e para onde vão, para poderem, pelo menos... "levar consigo seu patrimônio!" E isso, de maneira alguma se dá! Então, ninguém possui absolutamente nada e os pobres deveriam se sentir privilegiados, por não terem nada para se apegar e nem dificultar seu desprendimento dos seus restos mortais...

"Sabemos, insistem os sábios, "que uma pedra não tem alma.' Assim o creio também. 'Sabemos que uma negação e uma afirmação não são divisíveis, não são partes da matéria.' Igualmente perfilho essa doutrina. Mas a matéria, aliás, desconhecida para nós, possui qualidades que não são materiais, que não são divisíveis. Tem a gravitação para um centro que Deus lhe destinou. Ora, esta gravitação não tem partes, não é divisível. Ora, a força motriz dos corpos não é um ser composto de partes. A vegetação dos corpos organizados, a sua vida, o seu instinto, também não são seres à parte, seres divisíveis. Não se pode cortar em dois a vegetação de uma rosa, a vida de um cavalo, o instinto de um cão, tal como não se pode cortar em dois uma sensação, uma negação, uma afirmação. O vosso belo argumento, extraído da indivisibilidade do pensamento, não prova absolutamente nada!" (Voltaire).

MILHARES DE CAMINHOS... UM SÓ DESTINO!Onde histórias criam vida. Descubra agora