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O filme já tinha se encerrado, e saímos da sala de cinema. Nesse momento ainda não tinhamos visto a tal antiga amiga do Miguel.

Estávamos no estacionamento esperando a mãe de Miguel.
Desde então não trocamos uma palavra.

- está frustado, não é? -pergunto

- muito, aquela garota estraga a minha vida, as minhas amizades. E eu não quero que ela estrague a nossa, eu estou com uma leve sensação que ela vai fazer isso. Então por favor Hanna. -diz ele pegando em minha bochecha com suas duas mãos geladas.

- se ela dizer algo para você, não acredite nela. Pois tudo que ela fala é farsa, ela gosta de estragar amizades porque ela é infeliz.

- tudo bem, não vou esquecer o que você acabou de dizer.

- encontrei vocês! -diz uma garota se aproximando da gente.

- a pronto... Chegou a estraga momentos. -digo

- e essa dai, é a sua namorada? -pergunta ela

- ainda não. Então não estrague isso, agora saia daqui. -diz Miguel com um tom um pouco alto por estar frustado.

Eu fiquei sem reação por um momento quando Miguel disse "ainda não" eu não sabia se aquilo era um sinal do que ele sente por mim.
Hoje eu queria poder falar o que sinto por ele, mas ainda não consigo. Eu sinto que não consigo. E deve existir outras oportunidades para dizer.

- sinto muito por isso. Eu não queria poder comemorar o nosso aniversário no mesmo dia e acontecer isso.

- não se desculpe, você não sabia que ela estaria aqui. Hoje é o seu dia Miguel, então não deixe que nada estrague isso! -digo olhando nos fundos de seus olhos.

- e feliz aniversário, mais uma vez. -digo indo abraça-lo.

Sempre que eu abraço ele, eu agarro sua cintura e fico com a minha cabeça em seus ombros por ele ser alto. Enquanto ele fica com suas mãos entrelaçadas em meu pescoço, e sua cabeça apoiada na minha cabeça.

- olhe! Sua mãe chegou. -digo apontando.

Wendy aproxima o seu carro até a gente.

- oi lindos, se divertiram? -pergunta ela

- é... Sim mãe, se divertimos muito, foi ótimo. -diz Miguel entrando no carro.

[...]

chegamos em casa umas 21:30. Wendy estacionou o seu carro em sua garagem. E em seguida eu já estava indo embora.

- obrigada por ter nos levado mãe. -fala Miguel agradecido.

- de nada meu amor, hoje é o seu dia.

- foi incrível hoje... Obrigada Wendy e Miguel. Agora eu tenho que ir! -digo e abraço os dois.

Wendy olha Miguel com um sorrisinho em seu rosto e pergunta...

- eae, beijou ela filho?

- o que? Não mãe... Claro que não! Somos apenas amigos.

Miguel Mora

Mas como eu queria ter a beijado hoje, valia mais que um presente de aniversário.

- estou indo pro meu quarto mãe, tenha uma boa noite. -digo e dou um beijo em sua testa em seguida.

- boa noite filho, durma com Deus.

- você também mãe! -digo subindo as escadas.

Já eram 22:00h da noite, e eu estava olhando para o teto como sempre. Então decido mandar mensagem para a moreninha.

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Mi hermosa.

Hanna, topa ir comigo
observar o mar agora?

Mas tem que ser agora?

Sim, por favor. Não consigo dormir.

Tudo bem... Me encontra aí na
frente já estou indo.

Blz, te espero.

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Hanna Miller

Por que o Miguel queria ir na praia bem agora? Já estava tarde, mas como sou uma boa amiga eu fui com ele.

[...]

É tão bom observar o mar, não é?

- é mesmo...

- e afinal, por que estamos aqui? -pergunto

- minha cabeça está quente, e acho que aqui é o melhor lugar para esfriar a cabeça. Não acha?

- eu concordo com você, realmente é muito bom. -digo balançando a cabeça como um sinal de sim.

E mais uma vez aquela frase...

E o silêncio toma conta entre nós, apenas o barulho das ondas do mar.

- o que você tem?

- eu não sei, uma sensação ruim, mas você é a minha cura.

Escuto aquilo e abraço o moreno, ele precisava.

- podemos ficar assim o tempo que quiser, mas quando não quiser, apenas diga que não quer mais. Ok?

- eu poderia ficar nesse abraço para sempre Hanna.

- está chorando? -pergunto

- não... Porque?

- senti algo pingar em mim... Deve estar vindo uma chuva! -digo

- eu amo tanto a chuva, mas não tanto como você. -diz ele

- eu amo o mar, mas não tanto como você. -digo encarando ele, mas ainda no abraço.

Estávamos bem próximos um do outro. Estávamos fixado no olhar um do outro, mas algo faz nos desconcentrar imediatamente.
Mas cai um raio bem próximo da gente, e se assustamos.
E rimos um pouco da situação.

- não acha melhor irmos embora? A chuva está engrossando.

- não acho não, o seu abraço está quente. Não quero sair daqui.

- tudo bem, se for preciso eu fico com você até ao amanhecer aos seus braços.

- é brincadeira, vamos embora sim, a chuva já está ficando forte. -diz ele

- eu tinha levado um susto com aquele raio. -digo

- pois é, eu também levei um pouquinho de susto -fala ele com o seu belo sorriso.

- pois é, eu também levei um pouquinho de susto -fala ele com o seu belo sorriso

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Eita, eita. O que será que
Vai acontecer com esses dois?

Autora-Letícia
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O amor através das ondas -Miguel MoraOnde histórias criam vida. Descubra agora