Já era um domingo de manhã, e eu estava no meu quarto se matando de tanto estudar, eu fazia atividades que eu deixei para trás de duas semanas, e ainda faltava estudar mais para a prova.
- bom dia Hann- já está acordada? -pergunta Emma.
- sim, eu meio que passei a madrugada estudando.
- mas você está estudando desde ontem, e ainda passa a madrugada estudando? Você leva os estudos a sério mesmo hein.
- eu acho que perdi até às contas de tanta cafeína que tomei só hoje para amanhecer acordada.
- que coragem, eu não conseguia amanhecer estudando.
Emma se senta na minha cama e fica em silêncio.
- Algo para me contar? -pergunto
- na verdade sim...
- tipo o que? -pergunto olhando fixamente para ela.
- eu queria fazer algumas perguntas sobre o nosso pai, sobre o nosso passado.
- olha Emma, eu não sei... Mas não acho uma boa ideia te contar. -digo
- por favor Hanna, me conte sobre ele, onde ele está hoje.
- eu não me sinto confortável contando o nosso passado, mas eu acho que você também deveria saber né. Você estava presente na época, mas não se lembra muito.
- tudo começou quando a mamãe engravidou de mim, eles descobriram e ficaram muito feliz. E depois de um ano você nasceu, mas aí o pai começou a beber muito na época, que quando a mãe saia para trabalhar, ele chegava a me bater sem nenhum motivo. Mas ao passar do tempo a mãe começou a perceber os roxos em meu corpo, e então eu contei para ela tudo aquilo que eu não podia. O pai dizia que se eu contasse oque ele fazia comigo para a mãe, ele ia me bater em dobro. -explico.
- minha nossa. Eu não acredito nisso, você foi muito forte irmã.
- não foi só eu, fomos nós três! Eu você, e a mamãe. -digo
- mas vocês sabem onde ele está hoje? -pergunta Emma.
- sinto muito, mas nem a mãe deve saber. Talvez preso, ou morando em outro lugar? -digo
- saímos de lá muito tarde né?
- eu também acho, mas antes de virmos para cá moramos em outra casa em Shilton por cinco anos, se lembra? -pergunto
- claro que me lembro, disso sim.
- foi um alívio sair daquela casa, eu apanhava todo santo dia, e agora eu não quero nem saber onde o nosso pai está.
- ele não batia em mim? -pergunta Emma
- não, eu te defendia, eu falava para ele bater em mim em dobro de cinta. Mas que não encostasse um dedo em você, não se lembra? -pergunto
- ah é mesmo, lembrei! Você foi muito forte Hanna, muito mesmo.
- tudo por você, para te defender.
- obrigada Hanna, mesmo. -diz Emma vindo me abraçar.
- agora eu acho que já deu né, você soube de mais. Vamos mudar de assunto.
- simm! Vamos mudar de assunto. Me diz, como foi ontem na casa do Miguel? -pergunta Emma
- pedi outro assunto, mas não esperava logo esse né.
- me dizz!!! -fala ela ansiosa
- não aconteceu nada de mais, eu só cheguei no quarto dele e avistei uma guitarra azul nova dele. E perguntei se eu podia tocar, ele deixou e eu toquei uma música. Aí depois fomos estudar.
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O amor através das ondas -Miguel Mora
Dla nastolatkówHanna Miller, uma garota que após anos em Shilton, acaba se mudando para a Flórida. Flórida é um lugar conhecido por ter várias praias em diferentes regiões, e esse foi um dos motivos dela ter uma simples esperança que lá seria o lugar dela. A garot...