Ali me ganhou, depois que você chegou
No meu mundo
Quase tudo mudouSunshine – Delacruz
📍01 de Maio de 2023
Rio de Janeiro, BrasilCatarina Sartori
Finalmente consigo entrar no condomínio, depois de cinco minutos tentando convencer o porteiro de que não sou nenhuma maluca querendo invadir um condomínio e perturbar a paz alheia.
Passo pelas ruazinhas do condomínio bem devagar, procurando o número da casa que Lucas me passou.
— Tem que ser muito rico pra morar aqui...—Mariane comenta, olhando ao redor— Isso aqui é quase um bairro.
— Ah, nem fala... só a mensalidade disso deve ser o valor de venda da casa dos meus pais e o apartamento juntos...
— E a gente se achando porque moramos sozinhas sem depender de ninguém...—ela ri, revirando os olhos.
— Ei, é uma conquista importante, tá!? Cabe na nossa realidade...
Paro o carro na frente de uma das casas–mansões. Provavelmente é aqui. Tanto pelo número 16 que está ao lado da porta, quanto pelo pagode alto que ecoa dos fundos da casa.
— Acho que chegamos...— digo, encarando o volante.
Ouço Mariane respirar fundo. Até ela está nervosa, quem sou eu pra não estar?
Desço do carro, ajeitando a calça de tecido larguinha. Pego o pudim que fiz de madrugada no banco de trás e minha bolsa, alcançando Mariane, que já havia apertado a campainha da porta da frente.
— To me sentindo esquisita.— comento, encarando a porta.
— Que? Como assim, tá passando mal?
— Não! A roupa... fiquei mais gorda do que já sou normalmente... você não acha?—olho para ela, que tinha uma expressão confusa, julgando cada palavra que saiu da minha boca.
— Catarina, você para!
— O que foi? Eu tô enorme!
— Você tá uma gostosa, isso sim! Para com isso se não te dou um tapa.
— Eu tô falando sério!
— Eu também!
Mariane não diz mais nada quando a porta é aberta. Gatito sorri, nos convidando a entrar, então jogo a insegurança pra um canto qualquer da minha mente. Depois lido com isso.
Cumprimentamos o goleiro reserva, que nos guia pela casa. Passamos pela sala, que está cheia de brinquedos em um dos cantos, e pela cozinha, onde deixei o pudim em uma geladeira cheia de desenhos coloridos e tortos feitos pelas filhas de Gatito.
Por fim, cá estamos, na área externa. O cheiro de carvão queimando na churrasqueira e o pagode quase me acalmam, mas fico zonza de novo vendo Lucas sair da piscina.
Nem preciso dizer nada, né?
Ele pega uma toalha na cadeira e joga por cima dos ombros. Lucas parece não se importar muito com o fato de estar todo molhado– nem eu me importo, na verdade– quando passa uma das mãos ao redor da minha cintura, me puxando para um abraço. É um abraço comum, jogo meu braço por cima de seu ombro e retribuo o cumprimento, mas isso me faz ficar um pouquinho mais nervosa.
— Que bom que veio!— Ele disse, se afastando.
— Obrigada pelo convite!— sorrio, tentando ignorar o gato de ele estar sem camisa bem na minha frente.
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𝐄𝐔𝐃𝐀𝐈𝐌𝐎𝐍𝐈𝐀 - 𝐿𝑈𝐶𝐴𝑆 𝑃𝐸𝑅𝑅𝐼 |ᶠᵒᵒᵗᵇᵃˡˡ ᶠᵃⁿᶠⁱᶜᵗⁱᵒⁿ|
Fanfiction𝐸𝑢𝑑𝑎𝑖𝑚𝑜𝑛𝑖𝑎 É como se chama a sensação de ser tomado por um sentimento bom sem explicação. [...] É aquela sensação de ano-novo de que tudo pode ser melhor. E é. Onde Lucas se apaixona perdidamente pela repórter Botafoguense. "Não posso esc...