How I met your mother

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Acordei na madrugada para ir ao banheiro e, ao retornar, percebi que o lugar de Jungkook na cama estava vazio. Confusa, saí à sua procura e o encontrei na sala, cantando alto num microfone, luzes de led acesas e uma caneca quase vazia ao seu lado.

"Jeon, não é tarde demais para karaokê com o som tão alto?" questionei ao me aproximar. Ele sorriu, olhos pequenos e bochechas coradas. Sua voz lenta revelava que estava visivelmente embriagado.

"Não me importo. Estava interagindo com o Army."

"O que?" balbuciei, sem entender.

"Estava 'conversando' com meus fãs, eles se chamam Army."

"Mas por que tão tarde da noite?" Pergunto por curiosidade.

"Não sei, não escolho um horário específico para abrir uma Live. Se sinto falta do Army, eu simplesmente apareço."

"Que autêntico. Eles devem ficar enlouquecidos." Rio levemente, lembrando da época em que era fã de One Direction. Com o tempo, as interações frequentes dos integrantes se tornaram raras.

"Eles são fãs apaixonados." Ele diz, os olhos brilhando.

Jungkook me convidou para me sentar com ele, e quase uma hora e meia se passou enquanto ele compartilhava histórias sobre seus fãs, seus olhos expressando um amor genuíno. Entre drinks, assistimos a vídeos dele com os membros do grupo, e ele confessou o quanto sentia falta de todos juntos, fazendo o que mais amavam.

Embora eu já tivesse pesquisado um pouco sobre eles quando descobri quem era meu namorado, nada se compara a ouvir diretamente da boca dele, conhecendo exclusivamente o ponto de vista de Jungkook.

Isso só fez com que eu o admirasse ainda mais, e nessa noite, conheci um pedacinho a mais dele. Entendi que ele faz o que faz por amor, não por fama ou dinheiro, mas pelo Army e pelos membros do grupo.

No dia seguinte, despertei com certa dificuldade, após uma noite que se estendeu até ver o nascer do sol. Decidi preparar o café da manhã para Jungkook, percebendo sua sensibilidade durante a madrugada, talvez devido à ingestão de álcool ou à saudade da da vida agitada com os outros membros.

Após fazer a higiene pessoal e arrumar o cabelo, vesti uma camiseta preta de Jungkook como um improvisado vestido. Sem vontade de escolher minha própria roupa, deixei o quarto e me encaminhei para a cozinha.

Ao chegar lá, deparei-me com uma senhora, não tão velha, mas também não tão jovem.

"Oh, meu Deus!" recuei, surpresa, levando a mão ao peito. "Quem é você?" A senhora, igualmente surpresa, tentou falar, mas não entendi nada.

"Nuguseyo?" (Quem é você?) ela disse, franzindo o cenho. "Nae adeul jib-eseo mwo haneun geoya?" (O que está fazendo na casa do meu filho?) Ela continuou, e comecei a entrar em pânico por não compreender suas palavras, era como se estivesse brigando comigo.

"Sinto muito, mas não falo coreano. Você fala inglês?" perguntei, gerando mais confusão em seu olhar. "Inglês?" ela negou com a cabeça. "Português?" tentei, prevendo a negativa. "Você espera um minuto? Vou chamar o Jungkook." Falei lentamente, esperando que ela entendesse algo.

"Jungkook?" ela repetiu.

"Jungkook, sim!" sorri, acenando com a cabeça.

"Jungkook-ineun nae adeul-iya!" (Jungkook é meu filho) ela continuou falando, e eu sorri sem saber o que fazer.

Tive a ideia de usar o Google Tradutor no celular, escrevendo que iria chamar Jungkook, e a senhora assentiu.

Corri para o quarto onde ele ainda dormia, talvez sendo um pouco brusca ao acordá-lo. Balancei seu ombro até que começasse a se mexer.

sᴛɪʟʟ ᴡɪᴛʜ ʏᴏᴜ - ᴊᴇᴏɴ ᴊᴜɴɢᴋᴏᴏᴋ Onde histórias criam vida. Descubra agora