⚠️Menções a violência. Se for sensível não leia.⚠️
AS RUAS DOQueens podem ser bem tranquilas a maioria das vezes, mas as vezes, nem todos tem essa sorte de sair ileso das maldades do mundo.
Quando sua aula de Ballet atrasa pelo menos umas duas horas, e você fica presa tendo que ensaiar até altas horas, é difícil não chegar tarde em casa, e principalmente não ter medo de andar pelos becos escuros essa hora. Eu poderia muito bem ir para as ruas principais, iluminadas pelas luzes Neons da cidade. Mas eu queria chegar em meu conforto de casa o mais rápido possível, cortar caminho seria uma boa.
Mas seria uma boa se minutos depois de eu ter entrado em mais um beco escuro, não percebesse que estava sendo perseguida, muito provavelmente seria vítima de um assalto.
Eu ouvia os passos cada vez mais rápidos, acompanhando os meus que já estavam praticamente se tornando uma corrida. Quando senti um aperto tão forte em meu pulso que ele poderia quebrar.
Um homem encapuzado segurou o meu braço com firmeza, enquanto me prensava contra a parede, ele levou uma de suas mãos contra o meu pescoço e de um jeito meio atrapalhado começara a me sufocar.
A única coisa que se passava na minha cabeça era o porque, sendo que, em nem um momento, ele sequer olhou para a bolsa que estava caiada no chão. Seus olhos pareciam tão focados em tentar me matar que era assustador.
O ar já estava se esvaindo, eu me sentia totalmente tonta e meu corpo começava a amolecer. Mas em uma piscada sinto o aperto firme se desvencilhar do meu pescoço, fazendo com que eu caia as pressas no chão, tentando desesperadamente recuperar o ar.
Com as mãos no pescoço, sentindo a ardência horrível, olho para os lados, encontrando homem que quase tentou me matar, pendurado de cabeça para baixo, preso por teias? Sua boca e seu corpo inteiro estava enrolado com isso, parecia a mesma coisa quando um inseto cai na teia de uma arranha.
E em um pulo, um cara mascarado aparece em minha frente, sua "fantasia" era vermelha, detalhes de teias espalhados por todo local, e sua máscara de certa forma era intimidadora.
Mas oque o uniforme tinha de medonho, provavelmente a pessoa que estava escondida nele não tinha.
-Você está bem, moça? Ele te machucou?.- Ele parecia um pouco desesperado, pude notar que suas mãos estavam tremendo.- Deixe-me te ajudar.- Ele passou um de seus braços pelos meus ombros e me ajudou a levantar. Pegou a minha bolsa e colocou sobre meu ombro.
-Eu estou bem.- Respondi meia atordoada.- Obrigado por me ajudar.
-Como o amigão da vizinhança, é meu dever.- Ele parecia ter aberto um sorriso por trás da máscara.- Principalmente ajudar mulheres bonitas como você.
