As folhas secas ao vento

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"Myllena"

Meu deus como ele pode ser tam chato! Harr...
Liguei pro David, já que eu menti sobre o restaurante eu tinha que fazer isso direito, trilliiiiii... Trilliiiiii...

- Alô!

- Oi! É a myllena, eu estava pensando da gente sei lá ir pra algum lugar hoje, o que você acha?

- Há! Hoje?.... hoje não vai dar tenho que trabalhar, e... Eu vou ficar no trabalho até meia noite! Melhor combinarmos outro dia!

- Ata! Depois agente comversa!

Que droga, minha cabeça ta tam cheia... Já são [7:00] da noite, e não tem nada pra fazer! Vou dá uma voltinha no park, pra pensar um pouco, tudo ta tam maluco, talvez isso me ajude.
Coloquei meu casaco, e saí andando, chutando as pedrinhas das causadas, olhando para todas aquelas estrelas, uma noite escura e calma, eu podia ouvir umas vozes bem longe de pessoas comversando, de crianças brincando, dos gatos miando... As brisas geladas passavam pela minha nuca, me dando calafrius, eu coloquei minhas mãos que já estavam frias no bolso do meu casaco, numa tentativa inútil de esquentar um pouco os meus dedos, e então chego ao park, ninguem além de um casalzinho de namorados do lado mais escuro, sentei em um dos bancos de madeira que estavam vazios, escolhi um bem próximo a uma árvore, o inverno chegava tão rápido, que só avia percebido isso quando reparei que as folhas da árvore já estavam secas, e que boa parte delas estavam ao chão, ver aquelas folhas cairem levemente uma por uma, era realmente relaxante, meus problemas de algum geito se tornaram bem menores, eles estavam até mas levis.
E uma voz penetra nos meus ouvidos, uma voz familiar, eu não olhei pra traz, iguinorei ela, como se fosse uma daquelas folhas que caiam na minha frente, mais os passos que se aproximavam me mostraram insistentes, até alguem sentar ao meu lado no banco, passou uns minutos mas nenhum de nós falou alguma coisa, o silencio dominava, e o que tirou o trono do silencio foi aquela mesma voz, que agora estava mas leve e calma.

- desculpa!... Eu fui injusto com você, passei o resto desse dia pensando na nossa briga pelo telefone, e achei que deveria pedir desculpas.

- Eu que peço! Desculpa Marcelo, eu só fiquei preucupada, por quê você sempre retorna minhas mensagens e...

Ele tinha se aproximado de mim, nossos rostos estavam mas próximos, nossos olhares estavam cruzados, ele segurou a minha mão, aquelas mãos eram tam macias, aqueles olhos eram tão lidos, combinavam perfeitamente com a noite... eu podia ouvir sua respiração. Me deliguei rapidamente daquela fantasia e voltei pra vida real e percebi que eu estava me enganando, eu estava me apaixonado pelo meu melhor amigo, e tinha o David... Eu não podia fazer isso, tirei as minhas mãos do meio das dele, virei meu rosto e me levantei, as palavras estavam presas em meus labios, mas era a coisa certa a fazer, me esforcei e mesmo que as letras tenham sido meio distantes falei,

- Sinto muito... Eu não posso fazer isso!

Depois sai caminhando, mas meus passos estavam bem apressados e longos, a imagem do rosto dele sem entender nada, se repetia e repetia, varias e varias vezes, eu tentavá me forçar a acreditar que era um pesadelo, ou que eu tinha feito a coisa certa, eu passava as mãos sobre minha face triste e desorientada, mas tudo só piorava, e uma enorme vontade de voltar me consumia, mas os mesmo tempo minha vontade era de desaparecer, meus passos foram ficando cada vez mas curtos e menos apressados, até que voltei a andar, e foi nesse instante que senti uma mão agarrar no meu ombro, junto com ela um pedido pra ficar.

- Não vai!

Ele me virou, e ficamos outra vez de frente um pro outro, soltei o ar que estava preso em meus pulmões. E com aquelas mãos leves ele acariciou meu rosto, tirando uma mecha de cabelo da Minha face, eu não conseguia falar nada, e foi ele que acabou com o silencio constrangedor, mais uma vez.

- Não faz isso! não finja que não sente nada por mim, não fuja de algo inevitável, você sabe que isso só machuca ainda mais... Mas se você olhar nos meus olhos e falar cinceramente que o que senti por mim não é nada mais que amizade, eu vou embora e finjo que nada disso aconteceu, tento te esquecer, e se você quizer eu desapareço da sua vida pra sempre, Então me diz...

Parei por uns segundos, minha cabeça estava em uma bruta guerra, e nenhuma decisão conseguia tomar forma, ele continuava me olhando, segurando minhas mãos, e em fim eu respirei fundo e falei...

- Se você fosse embora por minha causa... eu nunca me perdoaria, e não fujo do que sinto, fujo do não vejo, fujo do medo de não saber o que me espera do outro lado da porta, fujo do desconhecido.

- Se foje de que não ver, te ajudo a enchergar o que a por trás da porta, se foje do que não conheces, te ajudo a conhecer o que te da medo... Por que eu não consigo mais esconder, fingir que não sinto nada por você, por que simplismente estaria mentindo, eu estou apaixonado por você Myllena...

- Eu não sei escolher as palavras pra descrever o que cinto, nem pra forma uma simplismente frase, mais... Estou apaixonada por você Marcelo!

Um sorriso brota do rosto do Marcelo, e ele parece não acreditar no que eu tinha acabado de falar, ele me segura pela cintura e me roda no ar, agente fica rodando e rodando, depois ele me coloca no chão, e fica me olhando, nossos rostos vam se aproximando até que nos beijamos, meus olhos se fecharam ivoluntariamente, quando percebe seus labios já estavam junto aos meus, e quando ele finalmente acabou, nossos olhares se encontraram mais uma vez, o doce toque das mãos dele no meu cabelo, eu já até avia me esquecido do frio, tudo era tão surreal e inacreditável, que não reparei que tinha começado a chover, as gotas eram finas, e caiam bem divagar, uma após a outra, depois de um sopro forte do vento a chuva almentou, corrimos de mãos dadas embaixo daquela chuva, não paravamos de sorrir um do outro, eu tentava mas aquele sorriso não deichava o meu rosto, paramos em baixo de uma varanda, uma varanda de um restaurante italiano por sinal, sentamos em uma das mesas de ferro desenhado a mão, que estava bem ali, em cima dela avia um pequeno carro de flores, dentro dele apenas uma rosa branca, minha preferida... Ficamos conversando bobagens, entre alguns beijos, esperando a chuva passar.
Depois de algumas horas a chuva passou, era hora de ir pra casa mais sinceramente minha alma não queria deichar aquele lugar, meu corpo estava nessecitando do dele, Minha mente não mudava de palavra apenas "Marcelo" ela se repetia, bem na minha frente, ele não podia ver mais eu sim.

A lua é a respostaOnde histórias criam vida. Descubra agora