Sapatinho vermelho, Sapatinho azul...

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"Marcelo Walter"

Olhando por essa janela de quarto de hospital, vendo que agora a unica coisa que separa eu e meu pai é apenas uma placa de vidro, e antes nada estava entre nos dois, apenas meu egoísmo e o orgulho do meu pai, ele... Lá acima da quela cama, quantas mas pessoas já se estalaram naquele mesmo local, quantas mas pessoas já passaram por isso, quantas mas pessoas já ficaram aqui do outro lado da janela vendo a pessoa amada deitado ali na cama, meu sofrimento se torna um fardo, meus medos são os mais temiveis, e o que me machuca mas é o simplis fato de eu não poder fazer nada, absolutamente nada! só olhar e tentar ver o lado bom da coisa, e tentar conter esse sentimento de impotência que nos sufoca, que nos fecha a garganta, que nos faz ficar com a respiração ofegante, que nos da uma impaciência, que simplismente não suportamos! Meu Deus eu não aguento mais, por favor! O que à de errado de me dizer o que fazer pelo menos um vez, sem imrrolação, sem sinais, apenas diga!
E em meio ao meu descomforto deixo escapar um grito!

- haaaaaaaaaa!!!! EU NÃO AGUENTO MAIS!!! *respirei fundo e escorrego minhas costas na parede me fazendo sentar no chão frio e desconfortavel do hospital, as lagrimas caíram sem eu poder segurar, minhas mãos tremian e estavam imprecionavelmente geladas, - por que? Por que minha vida é assim? Me diz Deus o que eu fiz? Meu erro foi nascer? Se for logo consertarei isso!

Peguei uma faca de mesa que inexplicavelmente estava bem ao meu lado, encima de uma mesinha com uma comida... Sei lá, segurei-a contra a minha barriga, minhas mãos tremian muito, e as lagrimas continuavam a decer dos meus olhos negros, Quando a estava preste a penetrar aquela lâmina no meu abdômen... alguém segura a minha mão me fazendo parar, antes que eu causace algum estrago, deichei cair da minha mão aquele objeto frio de metal retorcido, deixei escapar o ar dos meus pulmões, fechei os olhos, apertando-os com força, levemente apalpei minha barriga até encostar em uma mão gelada, à apertei mesmo sem saber quem era a pessoa por traz dela, me senti imediatamente confortável, desapertei meus olhos bem devagar e em seguida os abri... Naquele instante o silencio foi a palavra chave para o conforto, me apóiei en suas pernas, e ela masagiou meus cabelos.... Myllena...

- Obrigado....

- Pelo o que? Por eu ser sua amiga? Por amigos fazerem isso! Estar sempre um do lado do outro não importando as circunstâncias?

- Sim!!! * deixo escapar entre meus soluços. -porque? Porquê isso so acontece comigo?

- Não!! não só com você!

- O que você quiz dizer com isso?

- ham!! *ela respirou fundo e um lagrima solitaria escorregou sobre sua face, mesmo que ela tentace esconder eu percebi que se tratava de algo bem mas que eu! - Estava chovendo... Eu e meu irmão estavamos a beira da lareira, para nos esquentar, e a campainha tocou.... Era o carteiro trazendo uma má notícia!.... Meu pai acabara de falecer.... Hammm!! Eu não conseguia acreditar! Tudo parecia mentira... Eu só tinha seis anos cara... Eu me recusava a acreditar, Eu ficava repetindo e repetindo... Ham!! Meu pai me ensinou que quando eu ficasse com medo, e ele não estivesse lá pra me ajudar... Bastava Eu repetir... Santinho vermelho, Sapatinho azul... Sapatinho vermelho, Sapatinho azul... E tudo ficaria bem... Que meus medos iriam embora... * Ela faz uma pausa pra respirar e tentar parar de chorar, mas como eu... ela não conseguia, Depois de uns quatro segundos ela continua... - Pasei três dias repetindo isso... Por que... Eu achava que tudo aquilo iria passar e que meu medo iria embora! Eu achava que se eu repetice muito meu pai talvez votaria... Mas... Não foi o que aconteceu, cheguei a ficar rouca, sem foz alguma! Mas eu continuava susurrando... Sapatinho vermelho, Sapatinho azul... Sapatinho vermelho, Sapatinho azul... Eu chorei rios, sofri o bastante pra perceber que coisas boas não caem do céu, que um milagre não brota do chão! E que uma simplis pessoa não pode mudar o mundo, nem mesmo um país, por que não fomos feitos para sermos felizes, apenas feitos para viver, mas não será nem esse fato e nem um outro que me fará abaixar a cabeça, cruzar os braços e desistir! Não mesmo!!! *ela termina a ultima palavra enchugando as lágrimas se levantando e me puchando pra cima! - se levanta!! Não vamos ficar aqui parados sem fazer nada! Vamos?

- sim!!! *falo temendo o que ela iria fazer!

- Não!! Não vamos!!

Ela vai me puchando em direção à sala, e Eu... Eu estava me segurando, se não era capaz de cair!!

- espera!! Espera, espera!! * Eu gritava, vendo que meus gritos não adiantavam de nada!

Então ela freou quando um medico se posicionou bem em nossa frente, e ordenou que paracimos, perguntou quem eu era... Respondi!! claro!!

- Venha comigo rapaz!! * ele fala me puchando Depois de Eu dizer que era Marcelo Walter! Tudo mundo vai me puchar nesse hospital é? Eu não estava entendendo nada, Eu olhava para traz vendo a Myllena parada lá no fundo, ficava perguntando a ela em gestos o que diabos estava acontecendo? Ela me respondia tambem em sinais que não fasia idéia! Paramos em frete a porta do quarto do meu pai... Por que estavamos ali? Eu me perguntava sem entender nada...

A lua é a respostaOnde histórias criam vida. Descubra agora