Doce Pecado [Yeonbin+18]

𝟏: o demônio se apresenta

─ Papai, quando eu crescer quero ser igual você!

─ Oh meu filho, jamais diga isso. Seu pai é um pecador

─ Então eu quero ser um

Choi Yeonjun tinha o sonho de se tornar um padre assim como seu pai que drasticamente morreu lutando com forças maiores. Neste mundo, somente as pessoas escolhidas podem ter poderes para derrotar os monstros do submundo, e Choi Yeonjun foi um dos escolhidos.

─ Em nome do pai, do filho e do espírito santo. Amém! Que Deus os proteja.

Padre Choi encerra sua missa se despedindo dos fiéis com abraços e abençoando eles com a água pura. Com seus 27 anos de vivência ainda não sabia controlar seus poderes e sempre está usando suas luvas cinzas com um corvo desenhado no meio. Um dos ajudantes do padre veio até ele, retirando sua manta.

─ Padre Choi, recebemos uma ligação do palácio real.

─ Palácio real? O que queriam? - Yeonjun ajeitou suas luvas e bebeu um pouco de água.

─ Parece que... Tem coisas acontecendo por lá, coisas sobrenaturais - explicou o ajudante, se curvando após o padre se aproximar.

─ Do tipo?

─ Skuntin.

Skuntin, uma força sobrenatural incontrolável. Ela assombra as residências que contém energia pesada e consegue controlar suas mentes, encurralando as vítimas com seus próprios desejos fazendo morrer asfixiada. O padre jamais lidou com uma força tão forte como essa, somente com forças nível 1, como fantasmas pecadores. Um pedido da rainha não pode ser recusado, mas sua vida está em jogo.

O padre chega no palácio sendo recebido pela Majestade, a mulher tinha uma expressão de medo e alívio.

─ Padre Choi, obrigada por vim. Coisas estão acontecendo no Palácio e dois funcionários morreram! É... Horrível

─ Cadê os corpos?

─ No saguão

Yeonjun acompanhou a rainha até o saguão onde os corpos se encontram cobertos por uma manta de redução ao poder. Assim que Choi toca naquela manta pôde sentir o choque que ela proporciona ao ser tocada pelo escolhido. Analisou o corpo, o pescoço arroxeado e o rosto pálido, algo estava errado ali.

─ Vossa Majestade, realmente foi um Skuntin?

─ Se não é, o que causou a morte dessas jovens?

A mulher não conseguia ver os corpos de suas funcionárias, enquanto o padre anota pontos importantes que viu. Ele não consegue acreditar que uma força tenha matado aquelas duas damas, talvez um assassinato.

─ Alguém suspeito nesses dias?

─ Não, ninguém. A segurança aqui é reforçada Padre

─ Chame a polícia, quero uma autópsia dos corpos

─ Padre, precisamos de sua ajuda! O padre do palácio se encontra hospitalizado, por favor, fique aqui e mantenha o Palácio seguro

A rainha quase implora ajoelhada para o padre, este que suspirou analisando a situação. Poderá ser um assassinato, poderá ser uma força maior ou um suicídio. Não se sabe, mas vendo sua rainha implorar pelo seu poder é algo irrecusável. Como uma promessa, apertou a mão da rainha firmando que vai cuidar do palácio.

Recebeu um quarto e as chaves do santuário real, onde o garoto começou a passear tocando em casa parte das estátuas ali presente, quando um gritou foi ouvido. O padre correu para o corredor principal vendo um homem no ar tendo espasmos, sua mão segurava sua própria garganta como se alguém estivesse apertando o local.