Era difícil permanecer entre as paredes da liga por muito tempo, a romantização de familiaridade apenas se estendia até alguns, porém era inevitável perceber os olhares nocivos e maldosos de membros posteriores, instáveis e violentos. Aquela poderia ser uma organização superficial recém formada, algo a que se agarrar em esperanças, porém ainda era um local onde se olha para todos os cantos e se focando em vilões, que tiraram vidas com suas próprias mãos, que sentiram bem o sangue quente nas pontas de cada dedo.
E naquela noite fria, a garota se guiou por ruas silenciosas com uma pequena sacola entre dedos, uma compra que serviu como desculpa para aproveitar o ar fresco contra o rosto, tirando o fato de ser o ar de uma grande cidade repleto de poluição, ainda era um ar melhor do que as paredes abafadas daquele bar embora houvesse aquele que deveria a esperar sentado em uma cadeira.
Ela quase podia ouvir o som dos dedos batendo contra a madeira do balcão.
Quando voltou, ele se encontrava onde havia imaginado, porém em suas mãos um pequeno jogo, os olhos concentrados na pequena tela, uma visão que lhe arrancou um sutil sorriso ao ver o namorado tão centrado naquilo, como uma pequena criança. Ela colocou a sacola com calma sobre a mesa quando ouviu a voz percorrer as paredes do cômodo.
— Onde estava? — Uma simples pergunta, mas que fez o seu sorriso aumentar.
— Sentiu tanto assim minha falta? — A menina perguntou em tom zombeteiro, guiando os olhos amistosos para ele. — Estava se sentindo sozinho, hm?
Ela ouviu o ranger de dentes do outro, porém ao mesmo tempo também viu o rubor que tomou conta de suas bochechas.
— Esqueça. Não sei porque me dou o trabalho de lhe perguntar. — Ele completou, retirando as orbes vermelhas do jogo e as focando nela. Céus, como amava aqueles olhos.
— Porque eu sou a única que faz você estremecer com um simples selar meu, querido. E seu rubor prova isso. — A menina murmurou, enquanto se aproximava do outro em passos lentos, ele sem retirar os olhos da garota.
— Eu estou com frio, nada além disso. — Ela riu, ele não poderia inventar outra desculpa? Com frio em um local tão abafado?
— Bem… Eu conheço ótimas formas de lhe esquentar. — A menina murmurou ao parar bem em frente a ele, guiando seus lábios para o ouvido do de cabelos azuis, as mãos vagando de forma lenta em toques fantasmas pelo o corpo do maior. — Porém acredito que um cobertor também sirva bem.
E tão rápido quanto veio ela se afastou, deixando o garoto com um olhar frustrado e com um pequeno problema entre as pernas, enquanto a própria menina se sentava em um dos bancos em frente à sacola, em uma expressão impassível e discreta como se não houvesse acabado de sugerir algo tão obsceno para o homem em sua frente. Era algo que ela sabia irritar ele, seus métodos de flertes tão esguios que o levavam ao limite, ele não a tocava e ela não implorava por tal, embora avidamente sentindo o olhar sobre si não hesitasse em provocar o orgulho e ego de seu amado, vendo o belo rosto se contorcer em fúria.
— Pare de me olhar como se fosse me agarrar, porque convenhamos, você não possui essa dominância, Tomura. Não sabe dominar, e muito menos lidar. — Outro ranger de dentes, algo que fez seu divertimento se abranger antes que fosse pega de surpresa, seu banco sendo virado, suas costas contra o balcão e olhos avermelhados ardentes contra seu rosto, sem nenhuma escapatória presa contra seu corpo, mesmo que não quisesse fugir, jamais cometeria tal burrice.
— Repete. — Era uma ameaça, um aviso. Não uma ordem. Ele a desafia a ter lábios tão atrevidos em sua frente.
— Qual parte? A que eu digo para parar de me olhar ou que não possui dominância? Ou que não consegue lidar? — Ela soou confusa, piscando os olhos em expressões fingidas. — São tantas… Não me diga que se ofendeu com verdades, amor?
Ela apertou os lábios quando sentiu as mãos firmes e quentes do outro vagando pela superfície de suas coxas, firmes as apertando. Sentindo com rapidez os lábios dele contra o lóbulo de seu ouvido, mordendo ele sem o menor decoro, baixando os lábios para a extensão de seu pescoço e ombro, chupando e distribuindo selares que arrancavam suspiros da outra, antes de finalizar mordendo o ombro dela com força, deixando uma bela marca rosada no local, tendo um sorriso arrogante pairando em seus lábios ao ver como deixara a garota após pequenas provocações, enquanto a mesma exigia um autocontrole alto para se manter estável sem ceder ao calor do corpo alheio.
— Não entrarei em seus jogos no momento, garota, porém eu irei fazer você gritar, você irá sentir dor e irá gostar, vadia masoquista. — Ele sussurrou, tendo como satisfação o corpo dela estremecendo com as palavras. — Você irá implorar pelo mínimo toque, e irá engolir cada dor com extremo gosto, amor.
Ele deixou um pequeno selar contra seus lábios antes de se afastar, seguindo pelo corredor e deixando uma pequena garota no banco, em estado pior do que ela havia deixado ele, os olhos focados nas costas largas de seu namorado até que este sumisse de sua visão e restasse apenas os pensamentos intrusivos que invadiam a sua maldita mente.
— Babaca. — Ela sussurrou para si própria, embora fosse pura hipocrisia, afinal quem havia começado aquele jogo quente e intenso.
E tendo o gosto dos lábios dele, ela era tentada a implorar por mais.
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Adivinha quem está de volta?
Capítulo não revisado, então me desculpem por qualquer erro sobre tal.
(Estou percebendo que nunca dou o que ela realmente quer no final do capítulo, no próximo irei mudar isso.)
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𝐈𝐦𝐚𝐠𝐢𝐧𝐞𝐬|𝕭𝖔𝖐𝖚 𝖓𝖔 𝖍𝖊𝖗𝖔 - 𝕾𝖍𝖎𝖌𝖆𝖗𝖆𝖐𝖎 𝖙𝖔𝖒𝖚𝖗𝖆
Fanfiction"𝔖𝔢 𝔳𝔬𝔠ê 𝔮𝔲𝔢𝔯 𝔰𝔢𝔯 𝔲𝔪𝔞 𝔳𝔞𝔡𝔦𝔞, 𝔢𝔲 𝔦𝔯𝔢𝔦 𝔱𝔢 𝔱𝔯𝔞𝔱𝔞𝔯 𝔠𝔬𝔪𝔬 𝔲𝔪𝔞." ➼ 𝐂𝐨𝐧𝐭𝐞ú𝐝𝐨 𝐦𝐚𝐝𝐮𝐫𝐨 𝐞 𝐞𝐱𝐩𝐥í𝐜𝐢𝐭𝐨, 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐞𝐧𝐝𝐨 𝐦𝐚𝐬𝐨𝐪𝐮𝐢𝐬𝐦𝐨, 𝐬𝐞 𝐧ã𝐨 𝐠𝐨𝐬𝐭𝐚, 𝐧ã𝐨 𝐥𝐞𝐢𝐚. ➼ 𝐇𝐢𝐬𝐭ó𝐫𝐢𝐚 �...