Epílogo

296 72 22
                                    

Chegamos ao final de mais uma história, espero que tenham gostado desse gasal estranho. 

Beijos. 


Um ano depois

O chorinho manhoso do meu filho diz que o pai acabara de chegar. É sempre assim, ele pode estar sorrindo, brincando, fazendo o que for, basta o pai aparecer para ele se transformar em uma manteiga derretida.

— Papaaai...

Levanto a cabeça procurando por ele pelo parque. Logo a figura do meu marido surge por detrás de um monte de balões de ar coloridos.

— Olha o que o papai trouxe para você — Thomas deixa um beijo estalado no rostinho dele e entrega os balões, mesmo sabendo que ele irá soltá-los.

É exatamente o que acontece, Nicholas deixa os balões voarem pelo céu e começa a rir descontroladamente batendo palmas. Thomas o pega nos braços e gira seu corpinho no ar arrancando ainda mais risadas dele. Depois se abaixa e beija meus lábios docemente.

— Desculpe o atraso, amor. Richardson começou e emendar um assunto no outro e tive que dar um basta para finalizar a reunião.

Ele senta no cobertor sobre a grama do Central Park com o Nicholas nos braços. Fazíamos questão de termos esse tempo para o nosso filho. Thomas, desde que Nicholas nasceu, colocou como meta de vida, ter tempo de qualidade com ele. Isso implicava os passeios diários no Park, que ficava em frente ao nosso apartamento. Faltam poucas semanas para o aniversário de um ano.

— Sua mãe vai jantar lá em casa hoje — aviso entregando um copinho de água para ele oferecer para o filho.

— Outra vez?

— Não fale assim, ela é muito bem-vinda. Além do mais, sabe que eu adoro as visitas dela. E sabe que ela está organizando a festa de aniversário do Nicholas.

Conheci minha sogra ainda no Brasil na véspera de Ano Novo quando ela foi para lá só para conhecer a mãe do seu neto, nos demos muito bem, ela é um doce de pessoa, graças a Deus, ao contrário do meu sogro, machista e desagradável. Reese ficou comigo lá enquanto Thomas fazia ponte aérea de Nova York para o Brasil quase toda semana. Nosso filho nasceu dia 14 de fevereiro, Dia dos Namorados, e viemos embora quinze dias depois. Nós nos casamos em maio, na mesma data que a minha avó se casou com meu avô. Foi um casamento lindo, com poucos convidados, só aqueles que são mais próximos.

— Eu sei, meu amor. Por isso te amo ainda mais.

Recebo seu beijo doce de leve em meus lábios. Não sei como é possível ficar a cada dia mais apaixonada, mas é assim que me sinto, amando um pouco mais a cada dia.

— Mandei mensagem para a Lily, mas acho que ela não vai poder vir. Está sobrecarregando a sua irmã, Thomas.

Ele faz uma careta engraçada.

— Eu não, ela é a vice-presidente agora, precisa trabalhar tanto quanto eu fiz para merecer o cargo. Ela está feliz, isso é o que importa.

Lily foi visitar o sobrinho recém-nascido no Brasil. Tivemos uma conversa e apesar de ainda estar muito magoada comigo na época, ela me perdoou por ter escondido meu envolvimento com o irmão dela. Thomas ainda tem dificuldade com a nova assistente, Catherine anda sofrendo para agradar o chefe.

Eu voltei a trabalhar quando Nicholas estava com seis meses. Antes disso estava só no home office. Meus horários são mais flexíveis, e quando preciso ficar muito tempo no escritório, levo meu filho e sua babá comigo. Agora ele tem um cantinho no andar da presidência.

Perfeitamente InadequadoOnde histórias criam vida. Descubra agora