Almas solitárias -Ghost_ Simon Riley

Primeiro olhar

Cloe Parker

Tenho me sentido observada a algumas semanas, como se houvesse uma sombra pairando sobre mim. Minha insônia tem piorado e os pesadelos estão cada vez pior, o pouco que consigo dormi é graças aos remédios. Talvez sair um pouco seja bom, ir ao bar beber algo para deixar de lado essas paranoias tolas. Tomo um banho e avalio meu guarda roupa definitivamente eu deveria fazer compras, a maioria das minhas roupas estão sujas de tinta e não tenho muitas roupas de festa ou algo sequer parecido. Talvez no baú de minha mãe tenha algo, depois que ela morreu meu pai tentou se livrar de tudo que fosse dela, mas eu escondi essas aqui, são alguns dos seus vestidos e jóias favoritas. Olho com cuidado, procurando por algo que seja mais a ''cara'' da ocasião. Escolho um vestido de tubinho vermelho de alças finas com uma pequena abertura na perna esquerda, volto para meu quarto e escolho um salto vermelho não muito alto, arrumo meu cabelo o deixando solto e coloco o medalhão que minha mãe me deu um pouco antes de falecer. Passo meu perfume e saio de casa, sinceramente eu não faço ideia da localização de um bar, qualquer um que fosse então pego meu celular e pesquiso por um no google. Achei um que era um pouco longe então decido chamar por um táxi, quando chego a primeira coisa que noto é o movimento, ainda estava relativamente vazio, mas havia pessoas por todos os lados, talvez eu não devesse ter saido de casa.
Entro no bar e vou direto ao balcão

Barmen- Boa noite senhorita, o'que vai ser hoje?

Cloe- Qual a sua sugestão?- pergunto sorrindo

Barmen- Que tal uma margarita para começar

Cloe- Me traga duas então

O barmen se vira ficando de costas pra mim enquanto prepara a bebida e não posso deixar de notar como ele é alto, talvez uns 1,74, e definitivamente musculoso, cabelo preto e veias saltadas no braço, o'que eu acho muito sexy e excitante.
Minha missão dessa noite vai ser levar essa cara pra minha casa. No momento em que ele me entrega o drink eu começo a flertar e ele flerte de volta. Papo vai papo vem e essa maldita sensação de estar sendo vigiada, rodo meu olhar pelo bar e me deparo com um par de olhos castanhos me encarando quase como se pudesse ver meus pecados, o homem estava vestido todo de preto e usava uma balaclava também preta com o desenho da metade de um crânio.