Tom Kaulitz

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Não era uma casa, era a porra de uma mini mansão no estilo das casas praieiras de Malibu, simplesmente divina. Estacionamos ao lado de três carros que eram diferentes desse, um mais caro que o outro provavelmente. A porta da sala era de vidro, assim como as paredes, assim dava para olhar as ondas do mar.

Bill saiu rápido para vir ao meu lado do carro e abrir minha porta. Olhei estranho para a mão que ele estava estendendo, revirei os olhos e me segurei em seu braço, não me faria tanta diferença, mas se pra ele  fazia que mal  tinha.

— Caralho, parece que está sangrando mais, certeza de que não quer que eu te leve para o hospital?

— Se falar de hospital mais uma vez eu mesma me cuidar em casa.

Ele ficou tenso, mas logo me direcionou para entrar na casa. Sentado em frente a televisão grande de tubo estavam dois garotos sentados sobre o tapete felpudo, pareciam muito imersos no vídeo-game  já que nem mesmo notaram quando entramos.

Da escada com passos fortes descia alguém.

— Puta merda Bill, por que demorou tanto… — um menino parecido com Bill parou com a mão no corrimão da escada, ele parecia não gostar nada do que via por sua expressão carrancuda. — Quem é ela? E oque é isso no seu queixo?

Ai me lembrei da Camila dizer algo sobre ter dois garotos gêmeos nessa banda.

Os outros dois pausaram o jogo e se viraram para nos encarar. O gêmeo de Bill se aproximou do irmão para analisar o ferimento  em seu queixo, ele fez aquilo como uma mãe preocupada.

— Tom, meio que houve um acidente. — Os olhos de Tom arregalaram.— Não aconteceu nada comigo…

— Certeza? - Tom cortou.

— Sim, - ele afirmou para assegurá-lo. O outro deu um passo para trás mais tranquilo. — …já
S/n não teve tanta sorte, a perna dela acabou arranhando.

Tom logo mirou seus olhos para minhas pernas desnudas já que estava usando um vestido que deixava uma parte das coxas também amostra. Sua demora encarnada me deixou bastante constrangida.

— Nossa quanto sangue, devia ir ao médico - comentou um dos garotos da sala.

— Foi o que eu disse - murmurou Bill. Dei um apertão em seu braço. — Pode me ajudar a fazer um curativo na perna dela?

Como assim seria Bill que faria? Fiquei nervosa.

Tom fechou os olhos e apertou a região entre os olhos enquanto mordia o lábio inferior de nervoso. Não consegui evitar de olhar no seu piercing, combinava muito bem com seu rosto de traços delicados.

— É em cada uma que você me coloca Bill.

Bill coçou a parte de trás do pescoço, constrangido.

— Tudo bem, eu ajudo. - Tom concordou.

O quê?

— Perae, não tem nenhuma mulher aqui que possa fazer isso?

— Tá vendo alguma? - Tom perguntou ríspido.

— Como é que é, imbecil?

— Perguntei se está vendo alguma aqui - ele ficou muito próximo.

— Olha aqui garoto…

— Vamos fazer logo o curativo? - disse Bill me puxando pela mão, até a cozinha. — Georg, pode pegar a meleta de primeiros socorros por favor?

Então Georg passou a caçar a matela nos armários da cozinha, não demorou muito para que ele encontrasse e viesse em nossa direção. Bill pegou e agradeceu.

— Suba no balcão, — disse Bill a mim, enquanto organizava as coisas sobre o balcão de mármore  marrom.

Fiz oque o mesmo pediu… tentei, para falar a verdade, por que a altura era grande então eu não conseguia me colocar lá em cima. Tom que ria de minha desgraça se aproximou e me pegou de supresa ao envolver suas grandes mãos ao redor de minha cintura para me pôr sobre o balcão. Senti minhas bochechas esquentarem violentamente e ele se afastou um pouco para me evitar me olhar nos olhos.

Bill pegou um pano limpinho e molhou com um produto.

— Nossa eu nunca vi tanto sangue assim. - comentou Georg, como se aquele ferimento fosse algum tipo de hemorragia interna.

Bill até então estava confiante para começar, mas quando se aproximou sua mão para limpar o ferimento ele travou. Era como se houvesse uma barreira que o impedisse de tocar no sangue.

— Eu-eu…

— Dá aqui seu fracote - Tom o empurrou de leve e lhe tomou o pano da mão. Bill correu para abraçar Georg dizendo o quanto sentia agonia de ver aquilo.

Dei uma estremecida ao sentir a gelidez do produto, para limpar melhor com a outra mão ele segurou minha panturrilha. Eu o observava trabalhar, quieta. Seus dedos calejados tinham anéis chamativos envoltos. Cansados de ficar olhando os garotos voltaram a jogar o seu video-game e até Bill se juntou a eles, como se todo aquele fuzuê não fosse culpa dele.

   Agora Tom pegou um pedaço de gaze e o molhou no soro fisiológico, e ao redor da ferida ele começou a limpar. Sem querer deixei que um aí saísse.

— Desculpa. - Ele parou.

— Não, tudo bem. - Com mais delicadeza ele voltou a deslizar com a gaze.

Uma chuva começou, me deixando mais nervosa. Que horas eram? Minha mãe provavelmente estaria preocupada.

E só de pensar nela meu celular começou a tocar. Bill trouxe até mim e com Tom começando a fazer o curativo eu atendi.

— Oi mãe.

“ Onde está? “ sua voz não era nada boa. “ Disse que estaria em casa as 22 e ponto”

— Eu sei, eu sei, é que… - Olhei para a cara de preocupado de Bill. - Acabei passando aqui na casa de Daisy.

“ Oh céus, e eu aqui preocupada do coração “ ela murmurou algo que que eu não entendi. “ Na próxima vez, ligue avisando antes”

— Vou me lembrar.

“ Durma ai hoje. “ Tive um sobressalto. “ Mas quero que amanhã você vá direto para a escola…”

— O que disse mãe? - me mexi um pouco o que resultou em uma expressão de desaprovação vindo de Tom.

“ Disse para ir direto para a escola amanhã.”

— Não, mãe, e-eu não vou dormir aqui…

“ Vice sempre dormiu aí, por que hoje não pode?”

— É que…

“ Já viu a chuva que tá caindo? Eu é que não vou ir até aí pra te buscar.”

— Mas mãe…

“ Sem mãe S/n, já tranquei as portas. Amanhã vá direto para a escola. E manda um oi para a mãe da Daisy” E sem me deixar falar mais nada ela desligou na minha cara.

Tom já tinha terminado o curativo e estava guardando as objetos.

— Eu ahm…

— Precisa de um quarto? - riu Bill.

— Se não for muito incômodo, claro.

— Não se preocupe, eu quase te matei hoje, farei o que for preciso para te ajudar.

— Valeu.

Com uma força um tanto quando exagerada Tom fechou a maleta, havia ficado incomodado com a ideia de eu dormir ali, notei. Mas tentei não dar importância.

— Preciso fumar um cigarro — disse ele para si mesmo, deixando-nos.




Até o próximo capítulo…

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⏰ Última atualização: Dec 05, 2023 ⏰

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